domingo, 23 de junho de 2013

CIDADANIA - Protestos


                                                  

     Passamos muito tempo escutando absurdos tais como: políticos que representam o povo recebendo 14º, 15º e até 16º salário. Auxílio moradia, paletó, combustível, passagens aéreas e telefone. Enriquecimento ilícito devido a falcatruas, corrupção de todos os portes e por aí a fora.

      Vereadores na maior gastança. Assessor para isso, para aquilo; cursos que não levam a coisa alguma pois o que vemos é sempre o mesmo discurso, a mesma postura. A vereança se torna uma profissão ao invés de representação. O vereador exerce o cargo de vereança que lhe é outorgado pelo povo para, de acordo com o Dicionário “vigiar sobre a boa política da terra, reger e cuidar do bem público”. Pelo que observamos, isso é o que menos acontece.

     Sabemos que a Câmara Municipal é “um poder democraticamente instituído para atuar em representação da sociedade na produção de leis, no exercício do controle externo da administração pública local, no julgamento das contas do prefeito e na deliberação das políticas públicas a serem instaladas no município.” Os vereadores são agentes de transformação e não tem ninguém melhor do que eles para saber as reais necessidades do município. Só que o que vemos é sempre: atitudes de assistencialismo, protecionismo, cabide de emprego, indulgência aos claramente “a favor”, aos que não opõe oposição; clemencia aos coligados; exploração eleitoral. As pessoas continuam a serem vistas como possíveis eleitores e não como cidadãos.

     Cidadãos, ou seja, exercício da cidadania. A presidenta Dilma em seu discurso sobre as manifestações declarou várias vezes que “as vozes da rua precisam ser ouvidas. As vozes das ruas querem mais cidadania, mais saúde, mais educação, mais transportes, mais oportunidades”. Como querem mais cidadania? Cidadania é cidadania. Não existe mais nem menos. Se considerarmos mais cidadania, estaremos falando de privilégios. Ninguém quer mais privilégios pois assim estaríamos tratando de desigualdade.  Isso já  temos . Uma grande parte da população totalmente carente e outra pequena parte gozando de todas as benesses. Queremos cidadania na sua plenitude. Aquilo que temos por direito. Saúde na sua plenitude. Educação na sua plenitude.  Oportunidades na sua plenitude.

     Outro item que está repercutindo muito nas manifestações é a violência. Esses atos devem ser coibidos. Não vamos rebater a violência que o sistema sempre nos impingiu como morte nas filas dos hospitais, tratamento desumano na espera pelo atendimento, escolas sem as menores condições de funcionamento, corrupção; chacota de políticos quando pegos com a “mão no jarro” ou “a boca na botija” e, por aí a fora. Depredação: NÃO. Vandalismo: NÃO. Desrespeito: NÃO.

     “Ô, Ô, Ô o gigante acordou, o gigante acordou.”

      Que Deus abençoe a nossa juventude que clama por justiça, transparência e acima de tudo: pela  cidadania plena a todos nós, povo brasileiro.      

                                                                          Margarida Miranda Corrêa

sábado, 15 de junho de 2013

Dia dos Avós


                         DIA DOS AVÓS – SÃO JOAQUIM E SANT’ANA
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     No dia 26 de julho comemoramos o dia de São Joaquim e Sant’Ana, pais de Maria e avós de Jesus.

     Em uma época que todas as famílias eram numerosas, Joaquim que era um rico fazendeiro de Nazaré, possuía um grande rebanho mas não tinha filhos. Por esse motivo foi censurado e humilhado pelo sacerdote ao levar sua oferta de  um cordeiro ao templo: “por que vens fazer ofertas, homem inútil? Afasta-te dos demais e não irrites a Deus com tuas oferendas e sacrifícios que não são gratos a Seus olhos.”   

     Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, Joaquim retira-se para o deserto para rezar e fazer penitência. Ali, um anjo do Senhor lhe apareceu dizendo que Deus ouvira suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a mãe de Jesus e, consequentemente se tornarem avós de toda a humanidade.

     A chave do universo, com certeza está nas mãos dos avós.

     Essa chave só se conquista com o tempo. Tempo onde a vivência que vai se transformar em experiência, resultando em uma bagagem onde a  confiança, a paciência, a tolerância, entre outros fatores  vão compor todo um arsenal de ajustes levando ao amadurecimento, à complacência, à conexão milagrosa que é a sabedoria e à vida em sua plenitude. 

     Tudo isso é coisa de avó e de avô. Experientes, preocupados não mais no provento do dia a dia mas com o olhar voltado ao conhecimento que se renova cada vez mais. Com a  natureza que cada vez mais é agredida, com seu semelhante que em todas as fases enfrentam situações desrespeitosas: desde os embriões que em seus tempos seminais sofrem situações de aborto; as crianças que são violentadas, agredidas e abusadas; os jovens que muitas vezes se acham imortais e estão aí a mercê das drogas, da violência desenfreada; os adultos no seu afã de conquistas materiais muitas vezes passam por cima de tudo desrespeitando direitos a serem conquistados e deveres a serem vivenciados. E, os idosos que lutam pelo respeito e convivência em igualdade.       

      Mas, voltemos aos avós: doces, bondosos, pacientes, companheiros, deixam lembranças em seus netos para uma vida inteira. Quem não tem boas lembranças de aventuras de infância acobertadas pelos avós “que atire a primeira pedra.”

  

                                                                                    Margarida Miranda Correa