sábado, 15 de junho de 2013

Dia dos Avós


                         DIA DOS AVÓS – SÃO JOAQUIM E SANT’ANA
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     No dia 26 de julho comemoramos o dia de São Joaquim e Sant’Ana, pais de Maria e avós de Jesus.

     Em uma época que todas as famílias eram numerosas, Joaquim que era um rico fazendeiro de Nazaré, possuía um grande rebanho mas não tinha filhos. Por esse motivo foi censurado e humilhado pelo sacerdote ao levar sua oferta de  um cordeiro ao templo: “por que vens fazer ofertas, homem inútil? Afasta-te dos demais e não irrites a Deus com tuas oferendas e sacrifícios que não são gratos a Seus olhos.”   

     Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, Joaquim retira-se para o deserto para rezar e fazer penitência. Ali, um anjo do Senhor lhe apareceu dizendo que Deus ouvira suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a mãe de Jesus e, consequentemente se tornarem avós de toda a humanidade.

     A chave do universo, com certeza está nas mãos dos avós.

     Essa chave só se conquista com o tempo. Tempo onde a vivência que vai se transformar em experiência, resultando em uma bagagem onde a  confiança, a paciência, a tolerância, entre outros fatores  vão compor todo um arsenal de ajustes levando ao amadurecimento, à complacência, à conexão milagrosa que é a sabedoria e à vida em sua plenitude. 

     Tudo isso é coisa de avó e de avô. Experientes, preocupados não mais no provento do dia a dia mas com o olhar voltado ao conhecimento que se renova cada vez mais. Com a  natureza que cada vez mais é agredida, com seu semelhante que em todas as fases enfrentam situações desrespeitosas: desde os embriões que em seus tempos seminais sofrem situações de aborto; as crianças que são violentadas, agredidas e abusadas; os jovens que muitas vezes se acham imortais e estão aí a mercê das drogas, da violência desenfreada; os adultos no seu afã de conquistas materiais muitas vezes passam por cima de tudo desrespeitando direitos a serem conquistados e deveres a serem vivenciados. E, os idosos que lutam pelo respeito e convivência em igualdade.       

      Mas, voltemos aos avós: doces, bondosos, pacientes, companheiros, deixam lembranças em seus netos para uma vida inteira. Quem não tem boas lembranças de aventuras de infância acobertadas pelos avós “que atire a primeira pedra.”

  

                                                                                    Margarida Miranda Correa

 

 

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