quarta-feira, 2 de abril de 2014

EXERCÍCIO DO AMOR


                                         

                                            Em Mc. 12,30 Jesus disse: - Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força!  O Segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
     Em Mt. 5,44-45 Jesus disse:  “Amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está no céu, porque ele faz nascer  o sol sobre maus e bons, e faz cair a chuva sobre os justos e injustos.”   
     Em Oséias  (Os.1-3): ele amava de todo o coração a sua esposa  mas ela era infiel e o traía. Esse amor não correspondido ultrapassou o nível de frustação pessoal para ser uma enorme forma de anúncio: o profeta apresenta a relação entre Deus, sempre fiel e cheio de amor, e seu povo que o abandonou e preferiu correr ao encontro dos ídolos, da idolatria. Ao amor fiel, Israel responde com a infidelidade. Javé, porem, não abandonará o seu povo, um dia este cairá  em si e voltará ao seu Deus.
     Em Jonas, o amor de Deus se propaga até nos povos pagãos como no caso dos ninivitas. Nínive, capital da Assíria representa um dos maiores e encarniçado inimigo de Israel. Por isso Deus ordenou a Jonas: “Levante-se e vá a Nínive, a grande cidade e anuncie aí que a maldade dela chegou até mim.” Após alguns percalços e desobediência, Jonas entrou na cidade e começou a percorre-la dizendo:” Dentro de quarenta dias Nínive será destruída.” Os pagãos se arrependeram e  se converteram , participando da penitência inclusive os animais. Deus viu o que eles fizeram e como se converteram de sua má conduta; então desistiu do mal com que os tinha ameaçado, e não o executou.
     Na quaresma somos chamados ao exercício do amor e da reconciliação. A nos voltar para Cristo que com tão grande amor, deu sua vida em morte na cruz e nos trouxe à graça e à vida.
     Em Coríntios 13-4,5 “Acima de tudo o amor” diz: “ O amor é paciente, o amor é prestativo ; não é invejoso, não se ostenta , não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.”
     O amor é fonte de qualquer comportamento verdadeiramente humano, pois leva a pessoa a discernir as situações e a criar gestos oportunos capazes de responder adequadamente aos problemas. Os outros dons dependem do amor, não podem substitui-lo, e sem ele nada significam. O amor é a força de Deus e também a força da  pessoa aliada a Deus.           
    


GUARATUBA SEMINAL


                                           O semen de Guaratuba está lá em Portugal, mais precisamente em Lisboa quando esta foi violentamente sacudida, em 1º de novembro de 1755, por um terremoto considerado até agora a maior catástrofe natural europeia devidamente registrada.

O Rei José I e sua família escaparam da tragédia por estarem fora da cidade. O primeiro-ministro Sebastião José de Carvalho e Melo chamou a responsabilidade da reconstrução da cidade para si. Mais conhecido por seu título de nobreza - Marques de Pombal - comandou esforços a começar pela determinação em mostrar a mão forte do Estado. Nesta época a economia portuguesa vivia uma fase de depressão: entre 1750 e 1770.

O Brasil, a mais rica de suas colônias foi o seu alvo. Suas ideias sempre estavam voltadas para o domínio, poder, ocupação, defesa (contra a ocupação espanhola e com as minas de ouro da Serra do Mar) e soberania no território assim como o simbolismo da representatividade e do poder público.

     Partindo deste princípio, foram fundadas várias vilas no litoral do Brasil mais ou menos 60 dentro de um padrão quase militarista, onde o arranjo das casas em fileiras sem delimitação dos lotes em torno de uma praça retangular evoca práticas de aquartelamento, com uma Igreja como construção dominante .

     Temos os primórdios da “Vila de Guaratuba” na planta que consta em uma folha das Cartas Corográficas e Hidrográficas de Toda a Costa e Portos da Capitania de São Paulo, onde aparecem as construções em torno de uma praça retangular, tendo como objetivo específico abrigar as povoações dispersas tornando-as populações civis, ou seja, uma vila sob o domínio português. A nossa baía considerada como uma miniatura da baía do Rio de Janeiro segundo o viajante francês, naturalista e historiador Auguste Saint-Hilaire, ganha destaque na época da fundação por se adequar como porto de comércio abrigado dos ventos e voltado para o sol, fator pertinente para a “saúde dos povos”.

              Devido as condições de isolamento e sem recursos, a população era totalmente dependente daquilo que lhes era fornecido pelo governo tais como: ferramenta e utensílios para as construções da moradias e até o alimento: “farinha para comerem enquanto não produzem lavouras”. Eis aí Guaratuba: na época, apenas um embrião.