segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Agosto mes da família


 
                             
     A escolha em se formar uma família tem uma característica própria em nossos dias.

     Pensamos sempre na família tendo como componentes: o pai, a mãe e os filhos. Mas hoje o grande paradigma está justamente no paradoxo: famílias onde as mães são também pais; e pais que são mães. As vezes, pais do mesmo sexo ou simplesmente filhos sem pais criados pelos avós. Também, não muito raro, os filhos que são meio irmãos dentro de uma instituição onde a realidade genética está em: “os meus, os teus, os nossos” onde, muitas vezes, graças ao amor, todos se tornam “os nossos” na nova relação.

     O glamour do casamento, nem sempre se estende para o dia a dia do após, convertendo-se qualquer diferença de opinião em desentendimentos com dimensões drásticas.     

     A violência doméstica prepondera. O discernimento sempre, ou quase sempre, está diluído, sem possibilidades de entendimento.

    O que aconteceu com o ardor e a conquista? O ardor que acalenta a vontade de se estar juntos. A vivacidade ou o brilho da conquista que deve contínua dando a conotação da novidade numa relação que pode ser recente ou nem tanto. bAquela conquista de se estar atento ao que pode agradar o ser amado, aquilo que vai alimentar o ardor do relacionamento.

     O olhar que fica; a ternura que se externa; a atenção aos pequenos detalhes; o carinho e a sutileza na evocação. A delicadeza e a cumplicidade que norteiam o entendimento. O respeito que dá a extensão da liberdade. A certeza do ombro; a delícia do afago. A carícia do sorriso; a expressão do sentimento. A alegria constante que contagia; a partilha em todos os momentos. A leveza e a magia do querer bem. A constatação que “mesmo que chova canivete”, se pode contar com a parceria pois esta, sempre estará apostos com as energias renovadas.

     E onde buscar esta fonte de energia, de iluminação que irá determinar a paciência, sabedoria e a fortaleza para não perecer ante aos problemas do dia a dia?

     A resposta está na presença do Espírito Santo e na vivência do matrimônio que é o “sacramento do amor onde Deus abençoa e se faz presente”.                          

      

 


Acredito na Família


                                             

     Se o homem é capaz de criar tantas coisas “impossíveis”, por que não acreditar que a felicidade para todos nós está no alcance de nossas mãos? Está no seio de nossa família?

     Acredito na evolução do ser para um mundo mais humano, onde cada um de nós é a peça fundamental para a continuidade deste processo milagroso que é a vida. A vida gerada no seio da família e que na sua plenitude vem como benção para todos.

     Não temos compromisso com o impossível, com o improvável, com o impensável. Temos compromisso com a alegria, alegria contagiante, que lava a alma e oxigena o cérebro. Aquela alegria que une e sintoniza a todos no carinho e na ternura da família.

     Temos compromisso com a amizade onde o aconchego do lar se transforma em um ninho  feito fio a fio, palha a palha, folha a folha em um rochedo não solitário e íngreme, de difícil acesso  mas arborizado, iluminado e rodeado de outros ninhos que se interligam na certeza do “poder contar”. Todos os membros da família entrelaçados no amor e na confiança.

     Temos compromisso com a transformação. Aquela transformação de ideias, opiniões, valores que muitas vezes ficam encracadas em nosso ser, nos tornando pessoas “velhas”,  empedernidas, com vergonha que nossos filhos ou amigos observem que somos capazes de  amar, ensinar  e de falar sem que os valores nos entupam e escondam os tesouros de sentimentos que possuímos.

     Temos compromisso com a humildade. Podemos chorar quando sentirmos necessidade.

     Podemos e devemos considerar o trabalho imprescindível. Mas não tanto que aniquile as horas vagas para o lazer, para se passar em família. Para sorrir pelas coisas mais “bobas”, mas ao mesmo tempo tão importantes.                 

     Também podemos pedir ajuda de maneira natural e espontânea sem que o orgulho, o perfeccionismo e a arrogância nos tolhem.

     Agir por “decreto” é a maneira mais tola da existência. Agir com naturalidade, conscientes de que podemos errar, desculpar e começar de novo é a maneira mais sábia de existir e o caminho para a felicidade de todos os membros da família.

 

domingo, 10 de agosto de 2014

comprometimento - base da família

    
 O comprometimento é o fator primordial no sucesso de um casamento. Diferente de compromisso onde estar compromissado é assumir uma  obrigação, uma dívida. Em uma união não pode haver compromisso pois este não trás empatia, carísma, identificação.
Todo casamento é composto do juramento: "prometo ser fiel, amar e respeitar na alegria e na tristeza, na saúde e na doença por todos os dias de nossa vida, até que a morte nos separe." Algo meio abstrato, cruel, definitivo, repetido mecanicamente que nos remete a uma situação de puro compromisso de procriação, de referência e de posse onde a permissão cabia ao homem a toda e qualquer atitude de sua companheira mas a ele tudo era permitido. Uma união baseada na anulação emocional e amorosa. Apenas vigorando o compromisso propriamente dito.
No comprometimento a afetividade se faz presente acompanhada de vários fatores que atuam como elos de uma corrente tais como: integração, confiança, harmonização, aceitação, dedicação, cumplicidade, estabilidade emocional, dedicação, tolerância, respeito, humildade, partilha, perdão, fé e amor. Estes fatores, têm que estar completamente entrelaçados, fortalecidos de uma maneira tão sutil e terna e ao mesmo tempo segura e forte tornando o relacionamento perene, alegre e feliz.
É claro que nesta situação, dois elementos estão envolvidos, cada qual com suas singularidades, onde pensamentos, comportamentos e jeitos são diferentes mas aí é que está a questão: o ajuste. O pulsar do coração que se faz em sintonia.  As lágrimas são brotadas a dois quando necessárias.  A busca do olhar  que é a centelha do entendimento. A troca e a menção do sorriso expande a compreensão.  A garra nos momentos amargos se faz tirando "sangue" das circunstâncias que podem amortizar o sofrimento. A reciprocidade é uma constante. Aí eu acredito numa família plena. Um ninho aconchegante  onde, de igual para igual, o estar presente em todos os momentos é uma certeza. O contar e ter o ombro a disposição é uma constante e a sensação de se sentir protegido e aninhado é uma realidade que  anima e fortalece a relação cada vez mais.
Deus para nascer em uma família se fez homem. Isso só foi possível com o comprometimento de Maria e de José, da dedicação de ambos para com Jesus e do imenso amor de Deus para com a sua grande família que é a humanidade.
Que em todas as famílias sejam instrumentos de  alegria, amor e paz.