segunda-feira, 12 de março de 2018
CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2018 -Fraternidade e Superação da Violência
Verônica e o Santo Sudário
Em uma das últimas passagens da Via Sacra, uma mulher enxuga o rosto ensanguentado de Jesus e a imagem perfeita que ficou impregnada no pano ressoa fazendo eco nos dias atuais.
Imagem do rosto de Jesus com todos os traços de iniquidade. Quais foram essas iniquidades? perversidade, traição, indiferença, violência, crueldade, malevolência, arrogância, soberba, ganância e por aí vai.
Tais iniquidades atravessaram os tempos e, ei-las ai na nossa realidade: corrupção, desvio de verbas, violência explícita dentro e fora das famílias, desrespeito, discriminação, ódio. Crianças expostas aos mais cruéis malefícios. Idosos maltratados. Tudo isso estampada naquele tecido de dois mil anos atrás onde as mães velam seus filhos mortos com balas perdidas; os veem destruídos pelas drogas ou ainda tendo a sua formação educacional comprometida por uma série de infortúnios no sistema educacional desde: dificuldade de acesso às escolas (caso estampado no Fantástico de crianças que atravessam o rio em boias por falta de ponte), escolas depredadas, verbas desviadas, esqueletos de escolas abandonadas, professores feridos na sua dignidade etc. e tal.
A saúde é palco dos maiores disparates onde a indiferença com a dignidade e cidadania se torna fator marcante.
A relíquia do Sudário está guardada na Basílica de São Paulo em Roma mas, o que ela representa é algo do nosso cotidiano de maneira nua e crua.
Que o respeito e o amor prepondere porque afinal somos todos irmãos.
"Vós sóis todos irmãos". (Mt28,8)
"LAVA PÉS"
SENHOR o que querias nos dizer quando lavastes os pés de teus apóstolos?
Como Tu, filho de Deus, grandioso como és, fizestes isto?
Como quer que entendamos tal atitude se somos prepotentes, egoístas e mesquinhos?
Lavar os pés de alguém e ainda por cima beijá-los? Nunca! É muito para nossos neurônios. Nesta hora a conexão que já estava difícil, falha.
Falamos de amor mas não entendemos o amor. Não conseguimos olhar o nosso semelhante como nosso irmão.
Falamos de paz mas não a propagamos. Falamos de humildade mas confundimos os canais.
Tu que fizestes de tudo para nos mostrar a grandiosidade destes sentimentos, se fazendo pequenino numa humilde manjedoura, se fazendo pequenino na Eucaristia para que o comunguemos, se deixando julgar por atos que só refletiam amor, se deixando flagelar por excesso de carinho; crucificar, ser perfurado para nos garantir a vida eterna. Pra que mais provas de amor? E nós? como retribuímos tudo isso? Não temos a consciência que somos grandes aos seus olhos, ao seu coração. Que somos a criatura mais importante em todo o processo. Não atinamos que só a conscientização de tudo isso é que nos faria lavar os pés de nosso semelhante e olhá-lo como irmão.
SENHOR, que um dia consigamos entender tudo isso. AMÉM
terça-feira, 2 de janeiro de 2018
DIA 1º DE JANEIRO – DIA MUNDIAL DA PAZ
Nosso Terceiro Milênio ficou adulto: dezoito anos, A fase rebelde passou.
Tomara que nossos tempos ruins também silenciem e prevaleça daqui pra frente a coerência.
Que floresça nos corações a paz, o respeito, a união, a tolerância.
Que a cor da pele seja vista somente como uma tonalidade com mais ou menos quantidade de melanina. Que os cachos resistentes dos cabelos, sejam vistos apenas como uma cobertura mais ou menos espessa de proteção do couro cabeludo. Que os estudos sejam prioridade de desenvolvimento num mundo “googlerizado”. Que os recursos destinados ao bem viver do povo sejam vistos pelos governantes como instrumentos para a garantia de cidadania e vida plena.
Por tudo isso, façamos um pedido ao Senhor nosso Deus:
”SENHOR, dá-nos a capacidade de entender o amor, aquele amor pregado por Ti em todos os momentos. Em nossas limitações, ele é transformado em algo que exige troca; prende, cobra, cerceia e sonda as nossas reações acompanhado de um ciúme sufocante. Também é preconceituoso: amamos somente aqueles a quem temos carinho e amizade.
SENHOR, dá-nos a capacidade de entender a humildade. Aquela humildade da alma sem que o ego prepondere, sem que o rancor se estampe, sem que a mágoa corroa.
SENHOR, dá-nos a capacidade de entender a paz. Aquela paz verdadeira, profunda, inabalável, que nos dá condições de enfrentar o dia-a-dia com naturalidade e alegria.
SENHOR, dá-nos a capacidade de entender a fé. Aquela fé que acessa a esperança, a confiança, a plenitude na vida e a busca de Ti.
Que consigamos SENHOR, neste novo ano que se inicia, pelo menos vislumbrar a pontinha brilhante de todos esses sentimentos grandiosos e nos tornemos criaturas mais fraternas, amáveis, sensíveis e próximas de Ti.
FELIZ ANO NOVO
Margarida Miranda Correa
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