terça-feira, 1 de maio de 2012
SONHO DE UM TRABALHADOR
Era uma vez seis números. Números que representam datas gostosas. Números marcantes em época de escola. Datas específicas de natalícios. Placas de carros que fizeram parte de nossa vida.
Foram sempre evocados, lembrados, festejados. Já faziam parte do cotidiano, do imaginário e das festas aguardadas.
Pela sua representatividade, eles estavam sempre presentes na fézinha de toda a semana na tentativa de "se tirar o pé da lama". Cartelas e cartelas apostadas. Reais e reais investidos sempre por uma boa causa. Apostas feitas, expectativas levantadas e...frustradas.
Quando se resolvia dar um tempo nos números de sempre para deixá-los "fertilizar" um pouco, a idéia era fazer combinações tipo: pegar um número inical e a partir dele, dobrando-o, somando-lhe mais dois, multiplicando, dividindo: enfim, "doidera" é o que não falta na hora de se preencher a cartela. Ainda mais quando a acumulada é uma tentação.
Depois disso tudo, continua acumulada. "Oh vida, Oh azar".
Ou então, toda essa bolada fica nas mãos de um sortudo cujas datas natalícias, placas de carro, combinações "os cambau" interpretação de sonhos, cujas previsões "deram a dica" e foi realizado o sonho tão sonhado. E um ou dois, três, sei lá vão repartir a tão sonhada fortuna. E, milhões de trabalhadores que sonharam em faturar a "bufunfa"começam tudo outra vez..
Castelos no ar, viagens mirabolantes, sonhos de grandes realizações. Cruzeiro marítimo com musica ao som de piano, instrumentos de corda; festas, aquisições, colocar as contas em dia e não fazê-las nunca mais.
Mas... de repente, vira-se na cama, acorda-se e a realidade aparece nua e crua. Não foi desta vez. Mais uma vez.
Mas, e daí? É só partir para o trabalho e continuar tentando. Quem sabe na próxima a sorte vira e as coisas acontecem!
Talvez na outra "fézinha" Quem sabe. Um dia talvez. Mas não esqueça: tem que jogar.
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