FAISCAS DE NATAL II – APRESENTAÇÃO DO SENHOR
O Menino Jesus
crescia e uma nova situação de adoração e profecia se realiza. Nova sim, pois
anteriormente os pastores e os reis magos foram os grandes protagonistas de
adoração e difusão que o Filho de Deus estava entre nós na pessoa de um recém
nascido envolto em panos em uma manjedoura. Situação de muita humildade, mas ao
mesmo tempo de grandiosidade e excelência pois o universo todo estava ali e
acima de tudo, o projeto do Pai e da sua infinita bondade se concretizava.
Cumprindo o que
determinava a lei judaica da época, aos quarenta dias do nascimento de Jesus,
José e Maria vão ao templo para o ritual de purificação da Mãe do Senhor e
apresentação de Jesus. Desta vez, novos adoradores se manifestam nas pessoas de
Simeão e da profetisa Ana, traçando toda uma trajetória que vai deixar o
coração de Maria apertado quanto ao futuro de seu filho, mas a sua fé e a
certeza da realização do projeto de Deus a conforta e ela se aquieta na sua
emoção. A entrega e abnegação estavam ali.
Simeão, homem
profundamente religioso, a quem o Senhor prometera ver o Messias antes de
morrer, reconhece-O no colo de Maria. Tomando o Menino nos braços, bendiz a
Deus:”Agora Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar o teu servo partir em
paz; porque meus olhos viram a tua salvação”. Mas faz a seguinte declaração a
Maria: “Quanto a ti,uma espada te transpassará a alma”. Já profetizando a
paixão de Cristo.
Quanto a Ana,
com a força das grandes mulheres de fé do Antigo Testamento, reconhece o Senhor
e O louva, espalhando a melhor de todas as notícias.
Em harmonia com
a lei judaica que denota a idéia de que a mulher que dá a luz fica impura,
pureza que só vai ser recuperada através de ritos, Maria se submete a esta lei,
ou seja, a lei da Purificação, levando a oferta dos pobres: dois pombinhos;
demonstrando assim toda a humildade e a total ausência de privilégios mesmo se
tratando da mãe de Deus. A magnanimidade e a candura estavam ali.
A norma de
apresentação ou consagração do recém-nascido ao Senhor era para lembrar aos
hebreus o prodígio, acontecido em favor de seus pais, quando o anjo
exterminador feriu de morte, em uma noite todos os primogênitos dos egípcios
sem ferir os dos judeus. Foi a última das dez pragas que Deus enviou, devido a
dureza do coração do Faraó, ao permanecer na decisão de não permitir a saída do
povo judeu que estava no cativeiro no Egito.
A festa de
APRESENTAÇÃO DO SENHOR no templo (2/2), mostra-O como o Primogênito pertencente
ao Senhor. Com Simeão e Ana, Jesus é conhecido como o Messias tão esperado. O
Redentor prometido, o Ungido de Deus.
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