"Oh! o Natal! Oh! o Natal!" Pronunciando essas palavras a alma de Francisco ficou profundamente comovida. "Essa é a festa das festas, dia de alegria e de regozijo porque um Menino muito amado e muito santo nos foi dado, nasceu por nós, no caminho, e foi posto em um presépio, pois não havia lugar para ele na hospedaria."
"Gostaria de celebrar o Nascimento do Senhor de uma forma especialíssima . Por isso, Irmão João vai preparar para mim, naquela gruta grande, ali em frente, um presépio verdadeiro, igual ao presépio em que comem vacas e cavalos. Leva para lá, um boi e um asno, para termos a impressão exata de como aconteceram as coisas na gruta de Belém. Anuncia esse acontecimento aos habitantes de Grecio e convoca-os solenemente para a noite feliz."
Chegou o grande dia. Todos os irmãos dos eremitérios circunvizinhos de Grécio estavam na gruta. A alegria que reinava entre eles era inexplicável. Francisco não parecia cidadão deste mundo.
"Deus virá esta noite, arrancará as raízes do egoismo e as sepultará nas profundidades do mar. Deus virá esta noite e nos indicará os caminhos, e nós avançaremos por suas sendas. O Senhor está para chegar com resplendor e poder. Virá com a bandeira da Paz e nos infundirá Vida Eterna. Já está chegando."
Caíra a noite. Poucas horas depois os Irmãos contemplavam, na gruta, um espetáculo nunca visto. A montanha estava em chamas. Os habitantes de Grécio, homens, mulheres e crianças, empunhando tochas desciam a montanha, entre cânticos de alegria.
Tinham preparado na entrada da gruta um enorme presépio com feno e palha. De um lado, em pé, um burrinho comia o tempo todo. De outro lado, um boi não menos manso. Junto ao presépio, de pé, repleto de consolação e felicidade, o Pobre de Assis esperava o começo da liturgia. A Missa começou. Quando chegou o momento, anunciou, com voz sonora, a "boa nova" do Nascimento do Senhor. Fechou o missal. Saiu do altar. Aproximou-se do povo. Começou a falar. O Irmão ficou completamente sereno, começou a dirigir a palavra a alguém que, supostamente encontrava-se em cima do presépio, como se não existisse ninguém mais no mundo. Inclinava-se para o presépio, como se fosse beijar alguém ou tomá-lo nos braços, como se fizesse as carícias que as mães fazem para com seus filhinhos.
Foi uma noite, inesquecível. Todos os habitantes de Grecio tiveram a impressão de que sua gruta tinha sido transformada numa nova Belém, e contavam milagres."
Era o ano de 1223. Feliz Natal a todos.
(Texto pesquisado no Livro O Irmão de Assis do autor Inácio Larrañaga)
Margarida Miranda Correa
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
SÃO FRANCISCO DE ASSIS E A VISÃO DA MORTE
São Francisco de Assis, maravilhoso. Voltado a Deus simplesmente, em tudo via a Sua obra. Não valorizava a morte de jeito nenhum. Tanto que dizia que todos amassem a tudo o que se apresenta no mundo desde os seres minusculamente visíveis e insignificantes, aos horripilantes, asquerosos, repulsivos como os sapos, ratos, moscas, baratas, lagartixas, cobras, aranhas etc. dizia que por trás de cada criatura está escondida a imagem do Senhor. Também não aceitava que se cortasse os troncos das árvores. Em uma época em que se dependia de lenha para o fogo que aquece, ele dizia que só se usasse os galhos e gravetos pois assim não estaria pondo em risco a vida da irmã árvore. Não aceitava que se cortasse as flores.
Mas na eminência da morte, bendisse a dor: "Bem aventurado o homem a quem a dor surpreende armado pela fé e pelo amor. Infeliz do homem que, na hora da dor, está desarmado e sem fé. Será certamente aniquilado."
Em seu Cântico do Irmão Sol, tudo louvou alcançando paz e serenidade.
Dizia:" Que se ganha agredindo a escuridão?Basta acender uma luz e as trevas fogem espavoridas. Se pretender destruir uma guerra com outra guerra, terás uma conflagração mundial. Embora pareça mentira, a paz é mais forte que a guerra, como o bem é superior ao mal, porque Deus é o sumo bem."
Na eminência da morte, já cego e prostrado, nas últimas; quando sentiu a proximidade da morte disse: "Bem-vinda sejas, minha irmã morte. Não sei por que todo mundo tem tanto medo de ti, amável irmã. És a Irmã libertadora, cheia de piedade. Sem ti, que seria dos desesperados, dos desaparecidos no cárcere da tristeza? Livras-nos deste corpo de pecado, de tantos perigos de perdição. Fecha-nos as portas da vida e nos abres as portas da Vida." E ao render cortesia a Senhora Irmã Morte disse: Ela "acaba de chegar para me livrar do cárcere do corpo e levar-me para o paraíso imortal."
São Francisco de Assis, rogai por nós.
Pesquisa feita no livro O IRMÃO DE ASSIS do autor Inácio Larrañaga
Nossa Senhora do Rocio - poesia
Em meio a grande festa eis o estupor
No amanhecer do dia 9, segunda feira
O que era para ser devoção e oração
Virou choro, tristeza e furor.
A celebração ao alvorecer
Como forma de louvar e agradecer
A alegria, o entusiasmo da graça a acontecer
Foi quebrada pela insanidade de enlouquecer
De poucos, muito poucos graças a Deus
Que está sempre voltado aos filhos seus.
A espera do ano todo pela romaria
Onde tudo se espera, tudo se pede, tudo se agradece
E a veneração nos aquece
No pedido da intercessão da Virgem Maria.
Senhora querida, Imaculada do Rocio
Nossa Mãe, que nos acode e nos seduz,
Nos toma no braço direito nos indicando a luz
Na dor, na falta, na escassez, no desvio do falso reluz
Nos aconchegando na alegria da prece, da promessa
Nos mostrando a felicidade ao nosso lado
Em seu braço esquerdo está: o Menino Jesus
Nossa Senhora do Rocio
Comemoramos dia 15 de novembro o dia de Nossa Senhora do Rocio.
Ela acontece em Paranaguá, no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio. Este ano será a 201a, entre os dias 1o a 16 de novembro cujo tema central será "Com a Mãe do Rocio, semeamos a Paz".
Marcando 366 anos de devoção desde quando o pescador "Berê", por vola de 1648, a trouxe em sua rede das águas da baía de Paranaguá, após uma frustante e desanimadora pescaria.Somente a sua força de vontade e o intuito de sanar a fome de seus familiares foi que o fez insistir na pesca que culminou com grande fartura de peixe depois da prece feita pelo humilde senhor ao se deparar com a imagem retirada das malhas de sua rede: "Mãe do Rocio, intercedei por nós".
A tradição da festa do Rocio teve início por volta de 1813, depois da construção da primeira capela de Nossa Senhora do Rocio. Naquele tempo, a pequena população de Paranaguá já saía às ruas para homenagear e venerar a Virgem do Rocio, que tantas vezes socorreu a cidade e seus filhos de doenças, naufrágios e grandes tristezas.
Em 1648, a população da Vila de Paranaguá, sofreu uma grande peste..."a mais espantosa onde denominaram de PESTE GRANDE. Esta peste era tão ativa e mortífera que em breves dias, dava à morte famílias inteiras sem que desse tempo a experimentar remédios da medicina, os doentes não tinham um só instante de repouso."
Nossa Senhora socorreu o povo do litoral paranaense neste momento de aflição. Assim como Ela agiu na proteção de seus filhos na cura da peste bubônica em 1901 e da terrível gripe Gripe Espanhola, em 1918, Ela continua protegendo seus devotos.
São graças e milagres atribuídos a Nossa Senhora do Rocio onde pescadores e marinheiros a Ela recorrem em momentos de aflição e de mar revolto. É o caso do navio "Raul Soares" no dia 26 de junho de 1931 e do navio "Maria Matarazzo" que encalhou num baixio, na entrada da barra, na Ilha do Mel. Prestes a naufragar em meio a violência dos ventos e das ondas do mar, quase sem esperança de socorro, os marujos invocaram o auxilio de Nossa Senhora do Rocio. Depois de treze dias de esforço sobre humano, já sem água e sem mantimentos, com o navio partindo ao meio, foram salvos.
No dia 23 do mesmo mês, acompanhados de todo o povo, dos tripulantes de embarcações de socorro, estivadores e funcionários do porto, os marinheiros foram em romaria ao Santuário do Rocio render graças à querida Mãe que salvara suas vidas.
Nossa Senhora do Rocio é Nossa Senhora do Orvalho Matutino, Nossa Senhora do Amanhecer. Rocio significa orvalho. E como o orvalho que cai fartamente na madrugada, a pesca de Berê tornou-se farta. Desde então, muitas são as bençãos que Deus derrama sobre aqueles que recorrem à intercessão de Nossa Senhora do Rocio.
V I V A N O S S A S E N H O R A D O R O C I O
Ela acontece em Paranaguá, no Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio. Este ano será a 201a, entre os dias 1o a 16 de novembro cujo tema central será "Com a Mãe do Rocio, semeamos a Paz".
Marcando 366 anos de devoção desde quando o pescador "Berê", por vola de 1648, a trouxe em sua rede das águas da baía de Paranaguá, após uma frustante e desanimadora pescaria.Somente a sua força de vontade e o intuito de sanar a fome de seus familiares foi que o fez insistir na pesca que culminou com grande fartura de peixe depois da prece feita pelo humilde senhor ao se deparar com a imagem retirada das malhas de sua rede: "Mãe do Rocio, intercedei por nós".
A tradição da festa do Rocio teve início por volta de 1813, depois da construção da primeira capela de Nossa Senhora do Rocio. Naquele tempo, a pequena população de Paranaguá já saía às ruas para homenagear e venerar a Virgem do Rocio, que tantas vezes socorreu a cidade e seus filhos de doenças, naufrágios e grandes tristezas.
Em 1648, a população da Vila de Paranaguá, sofreu uma grande peste..."a mais espantosa onde denominaram de PESTE GRANDE. Esta peste era tão ativa e mortífera que em breves dias, dava à morte famílias inteiras sem que desse tempo a experimentar remédios da medicina, os doentes não tinham um só instante de repouso."
Nossa Senhora socorreu o povo do litoral paranaense neste momento de aflição. Assim como Ela agiu na proteção de seus filhos na cura da peste bubônica em 1901 e da terrível gripe Gripe Espanhola, em 1918, Ela continua protegendo seus devotos.
São graças e milagres atribuídos a Nossa Senhora do Rocio onde pescadores e marinheiros a Ela recorrem em momentos de aflição e de mar revolto. É o caso do navio "Raul Soares" no dia 26 de junho de 1931 e do navio "Maria Matarazzo" que encalhou num baixio, na entrada da barra, na Ilha do Mel. Prestes a naufragar em meio a violência dos ventos e das ondas do mar, quase sem esperança de socorro, os marujos invocaram o auxilio de Nossa Senhora do Rocio. Depois de treze dias de esforço sobre humano, já sem água e sem mantimentos, com o navio partindo ao meio, foram salvos.
No dia 23 do mesmo mês, acompanhados de todo o povo, dos tripulantes de embarcações de socorro, estivadores e funcionários do porto, os marinheiros foram em romaria ao Santuário do Rocio render graças à querida Mãe que salvara suas vidas.
Nossa Senhora do Rocio é Nossa Senhora do Orvalho Matutino, Nossa Senhora do Amanhecer. Rocio significa orvalho. E como o orvalho que cai fartamente na madrugada, a pesca de Berê tornou-se farta. Desde então, muitas são as bençãos que Deus derrama sobre aqueles que recorrem à intercessão de Nossa Senhora do Rocio.
V I V A N O S S A S E N H O R A D O R O C I O
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