terça-feira, 10 de novembro de 2015

SÃO FRANCISCO DE ASSIS E A VISÃO DA MORTE


     São Francisco de Assis, maravilhoso. Voltado a Deus simplesmente, em tudo via a Sua obra. Não valorizava a morte de jeito nenhum. Tanto que dizia que todos amassem a tudo o que se apresenta no mundo desde os seres minusculamente visíveis e insignificantes, aos horripilantes, asquerosos, repulsivos como os sapos, ratos, moscas, baratas, lagartixas, cobras, aranhas etc. dizia que por trás de cada criatura está escondida a imagem do Senhor. Também não aceitava que se cortasse os troncos das árvores. Em uma época em que se dependia  de lenha para o fogo que aquece, ele dizia que só se usasse os galhos e gravetos pois assim não estaria pondo em risco a vida da irmã árvore. Não aceitava que se cortasse as flores.
     Mas na eminência da morte, bendisse a dor: "Bem aventurado o homem a quem a dor surpreende armado pela fé e pelo amor. Infeliz do homem que, na hora da dor, está desarmado e sem fé. Será certamente aniquilado."  
     Em seu Cântico do Irmão Sol, tudo louvou alcançando paz e serenidade.
     Dizia:" Que se ganha  agredindo a escuridão?Basta acender uma luz e as trevas fogem espavoridas. Se pretender destruir uma guerra com outra guerra, terás uma conflagração mundial. Embora pareça mentira, a paz é mais forte que a guerra, como o bem é superior ao mal, porque Deus é o sumo bem."
     Na eminência da morte, já cego e prostrado, nas últimas; quando sentiu a proximidade da morte disse: "Bem-vinda sejas, minha irmã morte. Não sei por que todo mundo tem tanto medo de ti, amável irmã. És a Irmã libertadora, cheia de piedade. Sem ti, que seria dos desesperados, dos desaparecidos no cárcere da tristeza? Livras-nos deste corpo de pecado, de tantos perigos de perdição. Fecha-nos as portas da vida e nos abres as portas da Vida." E ao render cortesia a Senhora Irmã Morte disse: Ela "acaba de chegar para me livrar do cárcere do corpo e levar-me para o paraíso imortal."
                                              São Francisco de Assis, rogai por nós.

Pesquisa feita no livro O IRMÃO DE ASSIS do autor Inácio Larrañaga

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