terça-feira, 15 de julho de 2014

15 de outubro - Dia do Professor

                                ORAÇÃO

             

SENHOR, estamos vivendo mais um dia do Professor.

Consequentemente mais um ano de atividade.
Queremos celebrar as nossas conquistas e  agradecer pois nada poderíamos desenvolver e realizar sem a Vossa presença e proteção.

A nossa responsabilidade pedagógica é árdua e ao mesmo tempo gratificante.

Nos frustramos muitas vezes pois o cenário profissional que vivemos hoje seria visualizado naturalmente sem surpresa mesmo por alguém de mais de dois séculos atrás, pois continuamos frente a uma lousa, com o giz e o apagador a disposição numa escola que se mantém fossilizada diante de um mundo que não para de mudar.

Assumimos uma postura  daquele que sabe, que manda e que avalia uma clientela subservente que deve se contentar em escutar, memorizar e transcrever.

Pedimos a Deus que ilumine as nossas mentes, clareie os nossos sentidos, toque os nossos corações, permeie o nosso espírito  e fortaleça o nosso dom para que vivamos a nossa vocação com talento, competência e, acima de tudo, com muito amor.

Aquele amor comprometido com o nosso aluno, com a nossa escola, com a nossa comunidade escolar e com o nosso tempo.

Sabemos que os percalsos são muitos.

Em prece Vos suplicamos SENHOR  que estes obstáculos desafiadores, não se tornem sabotadores do bem maior que temos a oferecer: a educação como suporte de vida aos nossos educandos.

Clamamos então SENHOR que vivamos com plenitude os nossos alunos, tratando-os com respeito e com afeto, acalentando-os  nas suas dificuldades, inseguranças, momentos depressivos ou sentimento de exclusão.

Que eles sintam em nós o carinho, o afeto, a dedicação e o amor incomensurável,
da nossa missão como educador.
                                                               AMÉM.     

 

     





Dia do Professor - Uma escola do lado de lá

                                       UMA HOMENAGEM AO DIA DO PROFESSOR
                                                UMA ESCOLA DO LADO DE LÁ
     Iraci Miranda Kruger, jovem bonita e talentosa. Trabalhou na Prefeitura de Guaratuba em tempos idos. Casou-se e foi morar no Porto de Passagem, pois seu marido era filho do dono das lanchas que faziam a travessia da baía antes do advento do Ferry Boat.
     Foi professora por tempo muito limitado, pois quis o destino lhe armasse um passeio de barco que culminou em tragédia a qual ceifou a sua vida nos idos de 1961 (25/07) com apenas trinta anos de idade.
     Sua função com certeza foi desempenhada com esmero, dedicação e amor pois em sua homenagem, hoje a escola da Prainha que outrora chamava-se Professor José Fernandes Loureiro passou a ser denominada  Escola Municipal Professora Iraci Miranda Kruger, Educação Infantil e Ensino Fundamental. Uma homenagem especial aos professores desta Escola e de toda a rede municipal.
      Um fator determinante é a continuidade dos estudos após a, hoje quinta série pois, devido a travessia do Ferry Boat, a preferência é dada ao município de Matinhos onde os alunos são assistidos por ônibus escolares  sendo este deslocamento mais seguro e confortável para crianças na faixa etária dos onze anos.
     A travessia, observada turisticamente, enche os olhos, pois as belezas naturais são realmente encantadoras: a dança dos botos, hoje raros; o vislumbrar ilhas, das marolas, dos barcos trafegando, o voo das aves marinhas, a beleza do por do sol, as noites salpicadas de estrelas e o luar que moldura todos os contornos. Mas, considerando a travessia no seu dia-a-dia: estudantes de todas as idades, mesmo os pequenos moradores da Prainha ou Cabaraquara que escolhem a continuidade dos estudos em seu município de origem, ou aqueles que cursam o ensino superior e optam pelas Faculdades públicas situadas em Paranaguá ou Matinhos ou mesmo trabalhadores que moram do lado de lá  e trabalham do lado de cá ou vice-versa, aí sim, a situação complica. Todos, sem excessão, são aviltados pelo desconforto. Situação esta ocasionada devido a circunstancias até desmotivadoras causadas em épocas de chuvas, muitas vezes pelas noites frias de inverno, pelos ventos cortantes na entrada da barra,  pela neblina que encobre toda a paisagem, o que muitas vezes obriga até o pouso no porto de passagem sem que os barcos atravessem em qualquer sentido;  isso sem falar no aperto das salas de passageiros, mau cheiro e umidade que penetra nos ossos. Fatores esses que tornaram e ainda tornam a travessia um ato de heroísmo para aqueles que dependem dela no seu cotidiano.
     Homenagem à aqueles professores que nos anos  70 em início de carreira, não mediram esforços para o aprimoramento desde quando a Empresa Sul Americana colocou a linha de ônibus de retorno de Paranaguá  para nossa cidade às 22:hs.00. Laboriosos estes professores aos quais ficou a gratidão de seus alunos que, hoje, muitos já papais e até avós ainda os tratam com muito respeito e carinho pois praticamente presenciaram todo o suplício vivido para a graduação de seus professores, o que só foi vencido com muita dedicação e força de vontade.
     A todos os professores a nossa homenagem e o desejo de um Feliz dia dos Professores.                                

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Professora da vida

 
     Na arte de ensinar estamos sempre competindo com a escola da vida. Minha mãe é a minha grande professora na escola da vida. Hoje com 89 anos, ela esbanja sabedoria mesmo quando as vezes sai "fora da casinha". Ela tem uma serenidade, uma força espíritual, uma tranquilidade que me emociona. Mesmo sozinha, ela nunca está só. Mesmo sem fugir de tantas situações dolorosas em sua vida ela hoje não sofre de dores emocionais pois criou uma forma de superá-las que consiste em apenas relembrá-las mas não mais fazer daquilo uma ferramenta de sofrimento. Não digo que não derramou lágrimas e creio que foram muitas. Nunca deixou de verbalizar aquilo que sentia. Nunca teve uma vida individualista pois a dor do outro, o frio do outro, a carencia do outro sempre a preocupou e, da forma que lhe cabia, tentava o conforto desse outro. Hoje seus sonhos são silenciosos. Não tem mais energia e nem vontade de sair, conversar. Seus filhos, netos e bisnetos - principalmente aquela fofura do Thomas Milton - são o seu mundo. Profissionalmente foi o braço direito de meu pai no comércio durante muito tempo. Foi sempre uma mestra para tentar resolver os problemas da vida que porventura surgiam na família. Sua cultura acadêmica foi muito limitada pois estudou até o quarto ano primário em escola rural naquele sistema de "decoreba" onde,até hoje ela discorre sobre as vilas e cidades do Paraná na época (nos idos de 1930) que consiste um uma listagem enorme. Lista grande também das capitais estaduais que ela discorre com maestria.Também tem uma forma toda especial de relacionar os meses do ano através de uma "decoreba" que é: "30 dias têm setembro,abril, junho e novembro. Fevereiro 28 tem. Se for bissexto,mais um lhe deem. E no mais que sete são: 31 todos terão".
      Sou professora aposentada e amo a profissão que abracei. Conciliar as nossas trajetórias como seres humanos no dia a dia com esta profissão é diante mão penosa e causticante. As dificuldades são muitas, tanto no exercício da cidadania como passar para os nossos alunos esse exercício de cidadania. Muitas vezes são priorizados apenas os direitos. Os deveres não são válidos dentro de uma perspectiva paranóica e individualista. A cooperação,o conhecimento, o respeito, os projetos tanto sociais como profissionais são postos de lado como se não tivessem importância alguma. A tolerância e o perdão se perdem dentro de um universo de total egoismo. A inteligencia torna-se uma ditadura que se encarcera diante da tecnologia e do mundo que emudece cada vez mais. A solidão prolifera bem como as doenças psicosociais.
     Que o maior mestre da escola da vida - Jesus - promova nas nossas novas gerações e em nós mesmos uma nova pessoa diante da capacidade de pensar, de ouvir e de se colocar sempre como aprendiz diante da vida.  
             
     
    

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mulher

     No Afeganistão não se festeja o nascimento de um bêbe quando se trata de uma menina. Os parentes não visitam a parturiante e nem a felicitam. As meninas não têm facilidade para frequentar as escolas, não podem sair as ruas sozinhas e muito menos a elas é dada a possibilidade de um emprego qualquer já na condição de mulher.
     Na India, os casamentos são arranjados pelas famílias e aos 13, 14 anos a menina ja esta com o pé no altar.
     Certas crenças religiosas também são peritas em considerar a mulher uma marionete sem dó nem piedade.
     A mídia incita e passa como verdade para a sociedade situações que transformam a mulher em um "trator avassalador" de possibilidades de indução aos mais degradantes atos de violência e transgressão a sua pessoa. Exemplo disso foi a pesquisa realizado pelo IPEA - quando da pergunta dúbia feita: "mulheres que usam roupas que mostram o corpo  merecem ser atacadas?" O resultado foi algo  assim em torno de 65% apedrejando as mulheres. Mais tarde houve a retratação da cáca feita.
     A poetiza Júlia da Costa, mulher inteligente e sensível vê seus sonho de independência chocando-se a toda hora  com valores e hábitos de uma sociedade patriarcal e conservadora. Viveu entre 1844 e 1911, mas pensava muito à frente de seu tempo. Em pleno século XIX já estava convencida de que a "inteligência é, de todos, o fardo mais pesado para uma mulher".
     Estamos no século XXI, (mudou-se a posição dos "xis" e do i) mas continuamos sem muitas mudanças em termos da dignidade da mulher.
     Sua condição emocional, afetiva é constantemente avaliada como se dependesse de uma confirmação civil para ser feliz. Sua condição profissional é regida por uma ferrenha disputa como se  a capacidade feminina fosse algo estabelecido por um medidor.
     Será que o Criador não usou a mesma potência no sopro de vida na mulher? Duvido pois como prova da intensidade do seu amor, herdamos, nós as mulheres, de Si a capacidade geradora da vida bem como a sua paciência pois precisamos muito dela diante de tantos disparates.  

terça-feira, 8 de julho de 2014

INDEPENDÊNCIA OU MORTE

     Em sete de setembro de 1822 com o famoso grito do Ipiranga o Brasil se liberta de Portugal e um novo regime surge: Monarquia onde o Imperador é D.Pedro I. Preço do processo: dois milhões de libras esterlinas que Portugal exige para reconhecer a independência de sua antiga colonia.
     Morre os laços com Portugal mas surge a dependência com a Inglaterra pois foi ela quem emprestou o dinheiro para pagar a dívida.
     A nossa história é composta  por muitos elos de dependência e também de mortes. A dependencia sempre está ligada a fatores nada altruistas e sem vínculos nenhum de cidadania devido a corrupção, mentira, falta de vergonha mesmo. Dizem que o voto é o único meio de combater tudo isso e até se dá prioridade de idade para se tornar eleitor aos 16 anos, mas um ato de insanidade cometido aos desseseis é "relevante" pois trata-se de uma "criança".
     A educação está em processo de inanição. Segurar um aluno dentro de uma sala de aula está difícil pois qual a motivação? escolas desabando, professores frustrados dentro de uma política salarial caótica e de perspectivas desconcertantes. Resultado; população de nivel educacional irrelevante fácil de ser manipulada. Morte das pessoas em termos de liberdade e poder de decisão.
     A saúde, outro fator que apresenta paradoxo. Deveria prezar pelo bem estar físico, mental e psicológico do cidadão determinando assim a sua independência e integridade, muito pelo contrário, ele torna-se um refem do sistema tanto no atendimento médico, como na estrutura hospitalar, sem falar na honeração na hora da compra do remédio.
     Segurança e justiça: o que dizer destes dois fatores? Os acontecimentos do dia a dia nos mostram a falência de todo o processo.
     Li certa vez que erguer a voz contra tudo isso é acabar isolado, considerado um alienado. Como  então combater todos esses desatinos? No livro que li e considero a real oportunidade de melhora de toda essa dureza é manter uma noção de dignidade pessoal. Por em prática os seus dons de forma perfeita. Fazer o melhor naquilo que voce pode se orgulhar.  Essa noção de dignidade pessoal vai se somando e teremos então: professores dando o melhor de si. Médicos conscientes do compromisso com o Juramento de Hipócrates, demais profissionais liberais, públicos, emfim uma rede do bem se forma e a morte se extingue ficando a independencia de cada um integrada como fator essencial de vida. Sei que é uma utopia, mas...quem sabe?  
                      

Assunção de Maria


     A Festa da Assunção é celebrada em 15 de agosto. Maria, terminando seu tempo de vida na terra, foi elevada à glória celeste de corpo e alma. Com a assunção se crê que o seu sagrado corpo não sofreu a corrupção do sepulcro, nem foi reduzido à cinzas. Esses privilégios elevaram-na a uma altura tão grande que não foi atingida por nenhum ser criado excetuado da somente da natureza humana de Cristo.
     Assunção é o reconhecimento e a recompensa com antecipada glorificação de todos os méritos da mãe. Maria tinha sofrido muito: as dúvidas de seu esposo, o abandono e a pobreza de Belém, o desterro do Egito, a perda prematura do filho, a separação no princípio do ministério público de Jesus, o ódio e perseguição das autoridades, a Paixão, o Calvário, a morte do Filho.
     Em Maria, a dignidadeda mulher é reconhecida pelo Criador. Quanto nosso mundo precisa caminhar e progredir para chegar a esse mesmo reconhecimento?
     Trazendo para os dias atuais, chegamos a conclusão que em pleno século XXI ainda a dignidade da mulher é algo tratado com desdém. Quantos atos de violência física - brutalidades que muitas vezes acabam em morte; violência psicológica -  coações, ameaças que tornam a mulher muitas vezes refém e até objeto de troca, isso sem falar nos assédios onde a mulher é classificada, dependendo da sua condição de vida, como disponível, ou seja, nivelada em um parâmetro nada  lisonjeiro em uma ótica machista que encarcera.     
     O grande tema da Campanha de Fraternidade da CNBB deste ano muito debateu sobre o desrespeito à dignidade humana sendo apontado para a esperança de libertação a entrega total de Jesus Cristo na cruz para vencer as situações de morte e conceder a liberdade a todos: ‘É para a liberdade que Cristo nos libertou’ (Gl 5,1).
     Maria, segundo São Francisco de Sales, morreu  de amor.  Ela, consola os apóstolos antes de sua assunção dizendo:" - Ficai com Deus filhos meus mui amados, não choreis  porque os deixo, e, sim alegrai-vos  porque vou para meu Querido."
     Que o amor de Maria abra as portas que aprisionam as mulheres em todas as situações de penúria tanto pessoal como profissional, emocional e afetiva.
                                                         Nossa Senhora da Assunção, Rogai por nós!