sexta-feira, 11 de julho de 2014

Mulher

     No Afeganistão não se festeja o nascimento de um bêbe quando se trata de uma menina. Os parentes não visitam a parturiante e nem a felicitam. As meninas não têm facilidade para frequentar as escolas, não podem sair as ruas sozinhas e muito menos a elas é dada a possibilidade de um emprego qualquer já na condição de mulher.
     Na India, os casamentos são arranjados pelas famílias e aos 13, 14 anos a menina ja esta com o pé no altar.
     Certas crenças religiosas também são peritas em considerar a mulher uma marionete sem dó nem piedade.
     A mídia incita e passa como verdade para a sociedade situações que transformam a mulher em um "trator avassalador" de possibilidades de indução aos mais degradantes atos de violência e transgressão a sua pessoa. Exemplo disso foi a pesquisa realizado pelo IPEA - quando da pergunta dúbia feita: "mulheres que usam roupas que mostram o corpo  merecem ser atacadas?" O resultado foi algo  assim em torno de 65% apedrejando as mulheres. Mais tarde houve a retratação da cáca feita.
     A poetiza Júlia da Costa, mulher inteligente e sensível vê seus sonho de independência chocando-se a toda hora  com valores e hábitos de uma sociedade patriarcal e conservadora. Viveu entre 1844 e 1911, mas pensava muito à frente de seu tempo. Em pleno século XIX já estava convencida de que a "inteligência é, de todos, o fardo mais pesado para uma mulher".
     Estamos no século XXI, (mudou-se a posição dos "xis" e do i) mas continuamos sem muitas mudanças em termos da dignidade da mulher.
     Sua condição emocional, afetiva é constantemente avaliada como se dependesse de uma confirmação civil para ser feliz. Sua condição profissional é regida por uma ferrenha disputa como se  a capacidade feminina fosse algo estabelecido por um medidor.
     Será que o Criador não usou a mesma potência no sopro de vida na mulher? Duvido pois como prova da intensidade do seu amor, herdamos, nós as mulheres, de Si a capacidade geradora da vida bem como a sua paciência pois precisamos muito dela diante de tantos disparates.  

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