Castro Alves na sua súplica, poema Vozes D'África exclama:
"Deus! Ó Deus! Onde estáis que não respondes!
Em que mundo, em que estrela Tú te escondes embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito
Que embalde, desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?...
Basta, Senhor! Do teu potente braço
Role através dos astros e do espaço
Perdão p'ra os crimes meus!
Há dois mil anos eu soluço, um grito...
Escuta o brado meu lá no infinito,
Meu Deus! Senhor, meu Deus!!..."
Exaltado, suplicado, temido, reverenciado, personificado e amado principalmente. De uma coisa temos a certeza: é uma fonte de energia infinita de onde sentimentos simples e ao mesmo tempo grandiosos como humildade, amor, caridade jorram nos dando a dimensão de que não passamos de simples grãos de areia diante de sua generosidade.
Somos tão insignificantes, tão medíocres diante de sua grandeza mas ao mesmo tempo, sabemos que é a sua força que nos conduz, a sua luz que nos direciona e a sua deslumbrância que nos dá a noção da nossa pequenez.
Como não amá-Lo, não respeitá-Lo e ao mesmo tempo sentí-Lo como parte de nós? Somente a barreira do orgulho, da soberba, da malediscência, do desamor é que anula essa certeza porque "Deus é caridade" e "na caridade não há temor e o que teme não é perfeito em caridade."Jo 4-8,18.
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