quarta-feira, 14 de março de 2012

NÃO MATAR III - VIOLÊNCIA URBANA

               
                 
      Conversando com a vizinha, ela muito perturbada, nos conta que a sua loja foi assaltada por dois meliantes armados, que na espreita, esperam o movimento acalmar e dão voz de assalto à funcionária que fica sem alternativa.
      Dias depois, um casal de Maringá que estava passando uns dias em nossa cidade, comenta que foi à praia às dez horas e quando voltaram, sua casa tinha sido assaltada. Levaram dinheiro, documentos, jóias e pertences. Quem foi? Não se sabe. Outras situações semelhantes se repetem no dia a dia colocando uma população  em sobressalto e polvorosa.
      Características que são marcantes: geralmente tem menores envolvidos, muita violência é utilizada, porte de arma de fogo, e na maioria das vezes os malandros estão chapados.
      Do que resulta tudo isso? Um sistema político onde a corrupção é estardalhosa? Um sistema  educacional complicado? Estruturas familiares  cheias de problemas? Afinal, o que está acontecendo?
      Uma coisa é certa. A vida entrou em colapso. Qualquer tipo de reação, por menor que seja, põe tudo a perder. São assassinatos que ocorrem em tempo diminuto mas com a extensão grandiosa que é a desestruturação de famílias com perdas irreparáveis. Nâo sabemos mais o valor da vida. É um desrespeito total.
      A face do crime mudou. Teve tempo que o assalto se dava até com aviso onde seus pertences eram tirados como forma de cobiça mas, de maneira geral, o acontecido era feito com um certo discernimento, com um objetivo focado: se apossar de tudo o que é seu agindo rápido, fazendo o menor estrago possível e procurando não chamar muito a atenção,
      Hoje, o delírio tomou conta e a recomendação é: não reaja, não olhe nos olhos do assaltante, avise se for fazer qualquer movimento; tenha sempre algum dinheiro para o assaltante e se for no carro e tiver alguma criança na cadeirinha; muita calma nesta hora pois pode-se botar tudo a perder, uma vez que demora-se e movimentos são executados o que pode irritar o agressor. Muita presença de espírito é exigida pois o desespero pode tomar conta devido as circunstâncias da situação.
      O criminoso que antes era temido, agora teme também e para tirar-nos a vida, muitas vezes basta apenas um piscar de olhos.
      Rousseau, grande filósofo  do final do século XVIII, já defendia a idéia da felicidade plena, da igualdade de direitos, da não escravidão, do Contrato Social entre os semelhantes pois era um homem que vivia à frente de seu tempo. Suas idéias são as mesmas que defendemos hoje: direito a cidadania, justiça e paz para todos.
      JESUS CRISTO, há dois mil anos atrás já pregava o amor na sua mais ampla extenção para com o próximo, para com a vida.
      Tomara que nossos dias se tornem mais amenos e o respeito e a dignidade se sobreponham numa aurora onde se fará "misericórdia aos que Me amam e guardam os meus mandamentos"Ex.6-7. 
                
  

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