Acontecimentos detonados, canhões de lazer apontados, exposição mais que ruidosa: tudo indicando que há algo de podre no reino.
Que reininho teimoso que mesmo infestado de inescrupulosidade, mentiras, todo o tipo de animais rasteiros e pestilentos alardea honestidade, dever acima de tudo, profissionalismo e amor aos súditos.
A podridão interna sendo atribuida a terceiros ou a brechas na lei que tornam toda a malandragem política, judicial e administrativa do reino algo legal, lícito e até ético dizem. Êta reininho danado de sacana.
Propinas onde impera a "mão no jarro" na hora da compra de produtos para abastecer os hospitais, as escolas; enfim, as instituições públicas; assim como também nossos parlamentares usam e abusam de notas fiscais de empresas que, por "companheirismo" fornecem essas notas para encobrir filmagens, eventos e outra promoções que na realidade nunca aconteceram mas que renderam quantias vultuosas aos nossos "carentes" políticos paranaenses.
Mensalão, décimo quarto, quinto, sexto, sétimo e até décimo oitavo salário fazem parte da rotina de Deputados e Senadores que, unificando todos esses salários instituiram o vigéssimo salário. E ainda, em tom sarcástico dizem: "Dá prá viver". Cambada de "jaguara" como diria meu pai, que Deus o tenha.
Esses amados parlamentares também contam com ajuda extra como auxilio paletó, auxilio gasolina, alimentação e muitos outros auxílios que nem morrendo e voltando outra vez a gente veria tudo. Fonte de tudo isso: Diário Pernambucano - o Cupim que roi a Madeira da Lei. Enquanto isso nós cantamos sorrindo, até gargalhando e com olhar terno ainda por cima: "Paraaaaa Noooossa Alegriaaa"
Tudo isso nos transporta para o fim da Idade Média onde os reinos estavam se organizando e os governantes passavam o tempo entretidos com banquetes, requintes, caça ao perdiz, festas clássicas e o povo... dormia com os animais para se aquecer. "Magestade, o povo não tem pão! Há se não têm pão, eles que comam brioches". Reino da França na época de Maria Antonieta.
Neste reino também vigora aquele sistema absolutista onde o Rei se punha na posição de Deus e tudo que ordenava era executado sem questionamento. Senadores votando leis como se fossem os responsáveis pela Criação. Deus disse: " Sede fecundos e multiplicai-vos". A concepção é pois um ato verdadeiramente sagrado. João em seu Evangelho diz: o nascimento do ser humano na face da terra não resulta "nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (Jo. 1-12,13). Daí vem o incrível: nossos senadores, se reunindo - isso por que não existe no reino situações realmente alarmantes que são do "metier" destes ilustres parlamentares - para discutir como assunto relevante: A VIDA, a legalidade do aborto. "Daí a Cesar o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus".
Essa sim deveria ser a preocupação dos nossos queridos administradores, deste magnífico e lindo reino: o sofrimento de seu povo nas filas dos hospitais e o atendimento precário e até muitas vezes desumano. Alôo, este povo é gente e gente merece respeito. É gente que ama, que se emociona, que se alegra e que vê, mesmo nas tristezas, motivos para ir adiante. E é gente que ....vota hein!
Outra prioridade que eles, aqueles engravatados deveriam zelar: os miseráveis que perambulam pelas ruas, drogados, crianças abandonadas enfim, seres que para Deus são prioridades e que para os administradores deveriam ser também pois é para isso que eles estão lá no poder; para por em prática o que a nossa lei maior prega: "todas as pessoas são iguais perante a lei".
Agora, quando questionados, tudo é respondido em nome da lei, eles têm o respaldo da lei. Nada está fora da lei. Mas quando o povo precisa recorrer à Lei, usando das prerrogativas às quais têm direito como cidadão, aí "o caldo entorna". Fica somente a indiferença e o pouco caso. Safados.
Por que tanta desigualdade social e desrespeito total? Uns com tantas benesses e usufruindo dessas regalias com arrogância, favoritismo e até crueldade discriminando assim os súditos como se fossem servos com a função de apenas produzir, trabalhar e manter toda essa "farra" através do pagamento de impostos, pedágios e outras tarifas mais.
"Não andamos muito éticos nestes tempos loucos".
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