Mês de abril, entre outras coisas é o mês de Guaratuba. Já discorremos um monte sobre as suas paisagens, reentrâncias e saliências; sobre a Baía, Por do sol, Praias, vida marinha, pássaros marinhos e até sobre os bichos estranhos que por aqui apareceram.
Mas, como nunca é demais falar sobre este torrão natal, vamos escrever, escrever e descrever tudo que vier a cabeça. Vamos usar também colaborações pois afinal somos apaixonados por este pontinho no leste do mapa do Paraná.
Vamos começar por uma colaboraçâo que vem de meu irmão, feito como tarefa de escola nos idos de 1967. Faz tempo mas continua atual como nunca.
G U A R A T U B A
Óh! Marques de Pombal
Que assessorastes o Rei de Portugal
A fundar uma cidade
Congregastes as pessoas que andavam errantes
Juntastes o povo disperso, ou em sítios volantes
Formando uma só coletividade
Para uma pequena enseada
Mandaste Afonso Sampaio em disparada
Trazendo 200 casais
Cultivando a terra e pedindo a Deus
Eles formaram, não para si mas para os filhos seus
Um lugar para se viver em paz.
A natureza qual beleza não há
Fêz "habitat" do pássaro GUARÁ
Tal enseada apontada
Juntou-se TUBA, palavra indígena exuberante
Que quer dizer muito, grandeza abundante
E fundiu-ae o nome como és chamada.
Atualmente, o guará já não habita essas aparagens
Mas o seu nome, como o de todas as imagens
É lembrado com devoção
Cada canto, cada pedaço de terra
Lago, monte, mar ou serra
Demonstra-lhe a gratidão
GUARATUBA, tua vida ainda está no princípio
Mas tão logo, hás de ser um grande município
São Luis, teu protetor
Outra Santa, Nossa Senhora do Bom Sucesso
Que cubra todos os teus passos para o progresso
Com glória, fé e amor.
Todoano, no dia 29 de abril
O natalício festejas com garbo juvenil
Feliz seja este dia
Desde 1771que se procede esta comemoração
Todo povo se eleva em humilde oração,
Rezando junto "Ave Maria."
Ecoa pelos quatro cantos da cidade
Desde onde te fechas, o sol da claridade
A brisa ressoando o teu candor
Do Brejatuba, estendendo a mão para o nordeste
Evocando ao céu, a Ti Pai Celeste
Cristo Redentor.
Como o vôo calado da andorinha
Enchendo o céu, as praias de conchas marinhas
È o cálido verão.
Corre o turista afoito ao teu prazer
Enche a cidade, perfumes de mil lazer
Férias, aqui passarão.
Cai a noite! Passa a lua pelas águas
Seu brilho luzidio afasta as mágoas
Bálsamo que alivia os corações.
Já o poeta te cobrindo de galanteios
Escorre a tinta o pintor, teus mil anseios
Fala de ti belas canções.
Nunca lastimes se caminhas por espinhos
Nunca chores se te faltas carinho
Sorri mesmo na dor.
Não colhas promessas de quem só as diz
Trabalhas, só assim serás feliz
Come o fruto laborioso do teu suor.
MILTON MIRANDA 1967
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