Em época festiva é muito comum relembrarmos fatos pitorescos de épocas marcantes.
Ainda sobre o quadro "Vila de Guaratuba" e as recordações que evoca.
As tardes quentes frente à Baia eram magníficas. O por do sol, o vislumbrar das embarcações que iam e vinham em movimentos vagarosos e tranquilos onde o remar ou a vela içada do caiçara, de acordo com as condições da maré ou direção do vento, determinavam a hora da partida e da chegada.
Os botos em bandos subindo para respirar e descendo em mergulhos rítmados atrás dos cardumes de manjuvas que nadavam rapidamente como se estivessem voando sobre as águas.
O catar de conchas, castanhas, sementes coloridas ou simplesmente molhar os pés na água que, com sua marola nunca deu a dimensão do grande vazio que estava abaixo e que um dia tudo ruiria.
Outra lembrança gostosa era o movimento do casario onde: lojas de roupas, tecidos, bazar, bares, lanchonetes, padaria, restaurante, pensão, loja de ferragens; tudo isso concentrado em uma área comercial e ainda o lado cívico pois alí se situava a Prefeitura e a Câmara Municipal.
Os carros da época estacionavam e as pessoas permaneciam no local por longo tempo, dando a dimensão da paz e tranquilidade que reinava.
O antigo mercado com seus variados estabelecimentos onde: lojas de artesanato, cafés, secos e molhados, açougue, bares e principalmente a amizade que reinava dando uma conotação familiar a todos que ali frequentavam.
E, fechando todas essas recordações, o Clube do Ypiranga,onde muita festinha rolou e a mocidade da época se divertiu. E, fazendo parte destas recordações; os amigos da época. Um deles do qual leio consternada a notícia do seu falecimento: DAZINHO. Dançamos muito no Ipiranguinha na década de sessenta. Que Deus o tenha Dazinho.
BONS TEMPOS AQUELES.
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