A condição de ser
mulher é algo maravilhoso, pois a dota de feminilidade e todos os sentimentos
elevados a uma potencialidade máxima.
A condição de mãe
vai mais além. É a opção ou a decisão onde vai imperar a doação total. É uma
vontade manifestada a partir da Criação quando Deus em uma explosão de amor, ao
criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança disse: “Sede fecundos e
multiplicai-vos”.
A concepção é pois
um ato verdadeiramente sagrado. João, no seu Evangelho consta: o nascimento do
ser humano não resulta “nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas
de Deus.(Jo.1-12,13)
E ainda: as
preocupações de mãe com a sua prole, é um atestado da presença de Deus em nossas vidas.
Bem, vamos agora a
fatos de nosso dia-a-dia em todos os lugares do planeta: a mulher sempre foi
alvo de assédio, desrespeito, mentiras, promessas, violência e estupro; ou
seja, atrocidades que muitas vezes resultaram em gravidez o que a tornou vulnerável,
insegura e temerosa diante do acontecido. Seu corpo foi violado. Suas entranhas
estão comprometidas não por um ato de amor, mas de terror. Sua fertilidade lhe
pregou uma peça e agora o seu emocional está abalado. Estraçalhado. Como
recolher os cacos do seu ser e levar a vida adiante com uma nova vida gerada
nas trevas do horror descabido?
Mesmo no amor, sua
fertilidade outra vez lhe pregou outra peça: exames médicos comprovam a
fecundação de um ser com uma anomalia rara do tipo anencéfalico, ou seja,
aquele feto que é gerado com má formação do tubo neural ou sem o cérebro. O que
fazer? Sabe-se que a saúde da mãe corre risco: pressão arterial alta, risco da
perda do útero e em casos extremos, a morte da mulher.
Aí entra toda uma
polêmica onde o Supremo Tribunal Federal passou a votar uma lei de
descriminalização do aborto neste caso, ou seja, permitindo o aborto desde que
seja comprovada a situação de anencefalia.
O grande motivo
para tal impasse está voltado para a condição de sofrimento da mãe; de uma
gravidez que está gerando apenas tristeza e sofrimento segundo eles.
MARIA foi uma mãe
que sofreu muito. Que padeceu muito. Amou, sabemos disso. Amou com tanta
intensidade que não titubeou ao dizer sim a uma maternidade complicada de explicar
em um tempo em que se apedrejava mãe solteira. Quando lhe foi apresentado o
projeto de Deus para a vinda de Seu filho para a remissão dos pecados da
humanidade através da morte na cruz, Maria, mesmo ao dizer o SIM concordando em
ser a mãe de Nosso Senhor, já sabia de toda a
angústia que a afligiria.
Quando da
apresentação de Jesus no templo após os quarenta dias de seu nascimento, a
previsão transmitida por Simeão renovou outra vez a sua dor. A fuga para o
Egito devido a perseguição de Herodes,
ainda em fase de seu resguardo em um tempo totalmente sem conforto algum. A
ansiedade sentida quando do esquecimento de Jesus no templo, toda a via crucis
do Calvário, a Crucificação e finalmente a sua deposição da Cruz onde, na
imagem da PIETA, todo este sofrimento o artista tentou estampar.
Que Maria interceda
junto a Seu filho Jesus por todas as mulheres mães, vítimas de crueldade e em
situações de sofrimento e angústia e lhes dê a força e a serenidade que Ela
teve ao estar em pé aos pés da cruz com o coração dilacerado mas na certeza que
a sua dor seria coroada pela Ressurreição.
FELIZ DIA DAS MÃES