quarta-feira, 20 de março de 2013

SER MÃE - "SEDE FECUNDOS E MULTIPLICAI-VOS"


                  

   A condição de ser mulher é algo maravilhoso, pois a dota de feminilidade e todos os sentimentos elevados a uma potencialidade máxima.

   A condição de mãe vai mais além. É a opção ou a decisão onde vai imperar a doação total. É uma vontade manifestada a partir da Criação quando Deus em uma explosão de amor, ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos”.

   A concepção é pois um ato verdadeiramente sagrado. João, no seu Evangelho consta: o nascimento do ser humano não resulta “nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.(Jo.1-12,13)

   E ainda: as preocupações de mãe com a sua prole, é um atestado da presença de Deus  em nossas vidas.

   Bem, vamos agora a fatos de nosso dia-a-dia em todos os lugares do planeta: a mulher sempre foi alvo de assédio, desrespeito, mentiras, promessas, violência e estupro; ou seja, atrocidades que muitas vezes resultaram em gravidez o que a tornou vulnerável, insegura e temerosa diante do acontecido. Seu corpo foi violado. Suas entranhas estão comprometidas não por um ato de amor, mas de terror. Sua fertilidade lhe pregou uma peça e agora o seu emocional está abalado. Estraçalhado. Como recolher os cacos do seu ser e levar a vida adiante com uma nova vida gerada nas trevas do horror descabido?

   Mesmo no amor, sua fertilidade outra vez lhe pregou outra peça: exames médicos comprovam a fecundação de um ser com uma anomalia rara do tipo anencéfalico, ou seja, aquele feto que é gerado com má formação do tubo neural ou sem o cérebro. O que fazer? Sabe-se que a saúde da mãe corre risco: pressão arterial alta, risco da perda do útero e em casos extremos, a morte da mulher.

   Aí entra toda uma polêmica onde o Supremo Tribunal Federal passou a votar uma lei de descriminalização do aborto neste caso, ou seja, permitindo o aborto desde que seja comprovada a situação de anencefalia.

   O grande motivo para tal impasse está voltado para a condição de sofrimento da mãe; de uma gravidez que está gerando apenas tristeza e sofrimento segundo eles.

   MARIA foi uma mãe que sofreu muito. Que padeceu muito. Amou, sabemos disso. Amou com tanta intensidade que não titubeou ao dizer sim a uma maternidade complicada de explicar em um tempo em que se apedrejava mãe solteira. Quando lhe foi apresentado o projeto de Deus para a vinda de Seu filho para a remissão dos pecados da humanidade através da morte na cruz, Maria, mesmo ao dizer o SIM concordando em ser a mãe de Nosso Senhor, já sabia de toda a  angústia que a afligiria. 

   Quando da apresentação de Jesus no templo após os quarenta dias de seu nascimento, a previsão transmitida por Simeão renovou outra vez a sua dor. A fuga para o Egito  devido a perseguição de Herodes, ainda em fase de seu resguardo em um tempo totalmente sem conforto algum. A ansiedade sentida quando do esquecimento de Jesus no templo, toda a via crucis do Calvário, a Crucificação e finalmente a sua deposição da Cruz onde, na imagem da PIETA, todo este sofrimento o artista tentou estampar.

   Que Maria interceda junto a Seu filho Jesus por todas as mulheres mães, vítimas de crueldade e em situações de sofrimento e angústia e lhes dê a força e a serenidade que Ela teve ao estar em pé aos pés da cruz com o coração dilacerado mas na certeza que a sua dor seria coroada pela Ressurreição.     

                                                             FELIZ DIA DAS MÃES                         

 

 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Santa Clara Clareou

            11 DE AGOSTO – DIA DA TELEVISÃO E DA SUA PADROEIRA: SANTA CLARA

     Falou em televisão já se pensa nas novelas : Avenida Brasil, Cheias de Charme e outras mais que estão “bombando” no momento. Mas vamos nos reportar a uma que além rememorar a imigração italiana para o Brasil, se refere a terra onde nasceu, viveu e se tornou, juntamente com São Francisco,  a Santa poderosa  da cidade de Assis que foi canonizada pelo Papa Alexandre IV no ano de 1255.

    Santa Clara de Assis é considerada a protetora e padroeira da televisão porque um ano antes de sua morte, ela assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair de seu leito. O fato é atribuído às dificuldades de diversas naturezas, sendo uma de crucial importância que resultaria na destruição do mosteiro onde ela se encontrava como também no estupro e morte de todas as Irmãs da Ordem. Com bravura e fé, resistiu a tentativa de invasão do Convento pelos soldados maometanos que estavam em guerra contra o Papa. Clara que se encontrava doente, no leito pediu que fosse colocada diante da porta principal que estava fechada e mandou trazer o Ostensório de marfim com Jesus Sacramentado que estava na Igreja. Com o Ostensório na mão, e as monjas ao seu redor, rogou uma fervorosa súplica ao Senhor Deus pedindo que livrasse suas filhas da investida do maligno. Decorrido um pequeno espaço de tempo suas súplicas foram atendidas onde, com “uma voz de criança” o Menino Jesus lhe disse: -“Serei sempre o Seu Guarda”. Logo a seguir, ouviu-se o trotar dos cavalos que se retiravam do local.

      Quanto a novela, trata-se de uma trama cheia de amores e percalços que também colocou o IBOPE da TV Globo nas alturas: TERRA NOSTRA é a dita. Será que ele casa com ela?

     Mateo ama Juliana que perde Mateo para Rosana e se casa com Marco Antônio e mais tarde, volta para Mateo e Marco Antonio casa com Rosana que é irmã de Angélica que queria casar com Cristo mas acaba casando com o Dr. Augusto  que também vivia com Paola  que fica com Francesco, marido de Janete que está de olho no cocheiro  branco mas, arrastou asas para Gumercindo que no tempo da escravidão dormiu com a nega Naná, mas é casado com Maria do Socorro.

     Socorro, é isso que assistimos como forma de entretenimento a partir das 21hs.15min. e nos deleitamos  pois a trama é mais um dramalhão que, segundo o enredo se passa nos fins do século XIX em um Brasil escravista.

     Os dramas vivenciados nas novelas; não importando o cenário, a época, o pano de fundo usado como: economia , ambiente rural ou urbano;  sempre têm artistas, peso pesado encarnando o par romântico, centro das atenções. A heroína na pele de uma Cinderela “esfarrapada”, isolada em uma prisão de autocompaixão. O galã por sua vez, torna-se sapo durante longo período, fica a espreita, observando o que acontece a sua volta. Como ele é prudente, sabe esperar.

     Haja imaginação para o telespectador pois no final as coisas acontecem rapidamente , encerrando mais uma novela  onde todos vão viver felizes para sempre.         

Corpus Christi


                                  

SENHOR, eu comunguei. Foi uma comunhão especial onde, convidada pelo sacerdote a me servir da Hóstia Consagrada que é o Seu Corpo e molhá-la no vinho que é o Seu Sangue, eu comunguei.

Comunguei Convosco, mesmo sabendo que julguei o meu semelhante, que fui orgulhosa, intolerante, rompante, impaciente, omissa.

Comunguei Senhor porque preciso da energia que a Sua Hóstia me passa. Aquela energia que revigora, vitaliza, que inova, que impulsiona nas horas de agonia, de tristezas, incertezas.

Comunguei Senhor porque preciso da força que emana de Vós no meu ser. Aquela força que me acode nas horas de fraqueza, de medo e de situações conflitantes.

Preciso Senhor da paz que sinto quando após comungar, recolhida no meu refletir, ao abrir meu coração, ponho para fora todas as agruras que o dilaceram, o oprimem.     

Aquela paz que me faz sentir próxima de TÌ quando, ao questionar e apresentar o meu caminho percorrido a Vós, vejo as minhas pegadas as vezes mais profundas na areia devido a carga de descontentamento, protestos e tristezas provocadas pelas situações do dia-a-dia.

Aquela paz que consola quando sinto os espinhos que teimam em ferir e cutucar os meus pés e me deixar exposta às angústias, raivas e ansiedades.

Preciso sempre comungar Senhor pois a minha fragilidade me impõe que eu sempre renove as minhas forças que se esvaem como a areia na tempestade do deserto tornando o meu ser árido e tempestuoso.

Ao comungar me sinto revitalizada plenamente na Vossa complacência. Amém.                        

                          

                     http://cronicasdamargarida.blogspot.com/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nossa Senhora de Guadalupe

                                         
     Virgem Morena pois possui as feições mestiça do povo latino; Patrona das Américas, denominação dada pelo Papa João Paulo II; “Senhora do Céu” – como foi chamada pelo índio  Juan Diego em suas aparições e finalmente: “Aquela que esmaga a Serpente”, como Ela mesmo se denominou ao índio devoto na sua língua nativa, nas aparições em Tepeyac, em uma montanha a noroeste da cidade do México em 1531.

     Provavelmente esta denominação se referia ao costume anual do povo azteca de oferecerem em sacrifício milhares de pessoas geralmente cativas a seus deuses na maioria das vezes em forma de serpente, sempre sedentos de sangue. Certamente, Nossa Senhora esmagou a serpente e milhares de nativos foram convertidos ao Cristianismo. 

     Foram necessárias quatro aparições a Juanito – como Ela se referia a ele – para que a igreja atendesse o pedido.  Instruído a dizer ao bispo Frei Juan de Zamarraga, da necessidade de se construir um Santuário para honra e glória de Deus naquela região tão carente.

     Na quarta aparição, quando o índio estava a procura de um sacerdote para a unção de seu tio que se encontrava gravemente enfermo, Nossa Senhora, lhe encarrega de levar para o Bispo a “prova” que este lhe havia pedido e, Juan Diego se prostra falando sobre a sua preocupação com o seu enfermo. Consolado, ele é incentivado a colher rosas no penhasco onde o frio era intenso e a época não era propícia para tal. Mas mesmo assim as rosas estavam lá, exuberantes. Elas foram acomodadas cuidadosamente em sua “tilma”- espécie de manto grosseiro feito de fibras a partir do cacto – e deveriam ser depositadas somente na presença do Bispo. Ao desenrolar o manto, as flores se espalham e eis que na “tilma” está estampada a imagem da Virgem Santíssima com todo o seu esplendor. Os presentes ficam estupefatos e, a partir daí a Virgem de Guadalupe passa a ser venerada. Ao retornar, o índio toma conhecimento do restabelecimento da saúde de seu tio.

     Os maiores milagres se encontram no próprio manto confeccionado com tecido de pouca qualidade. A “tilma” em questão não mostra nenhum sinal de desgaste depois de 480 anos. Para a coloração não existe explicação em termos da tinta e do método de pintura utilizado. Mesmo o ácido derrubado acidentalmente no manto, o prejudicou. As estrelas estampadas no manto retratam as constelações do céu da cidade do México na época; a lua aos pés da Santa está na fase minguante como se encontrava no dia da aparição. Nos olhos da Virgem, após apurados estudos de ampliações feitos por cientistas renomados, estão refletidos as imagens das pessoas que se encontravam no momento em que ao manto foi desenrolado: o índio Juan Diego, o interprete e o Bispo, retratados na retina de forma impossível de se fazer por mãos humanas. Outro fator que chama a atenção: se as estrelas no manto forem transformadas em notas musicais na forma em que elas se encontram posicionadas, resultarão em uma harmoniosa música que é considerada a melodia do universo. 

    Anualmente, Ela é visitada por 10 milhões de fiéis, fazendo a sua Basílica no México o Santuário Católico mais popular do mundo depois do Vaticano.

    “NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, ROGAI E INTERCEDEIS POR NÓS.”
        

Nossa Senhora do Bom Sucesso


    Eis a nossa padroeira.

   Sua procedência remonta ao continente europeu de forma não muito clara.

   Um mesmo autor Frei Agostinho de Santa Maria em sua obra relata duas origens do seu surgimento em uma época onde estavam ocorrendo perseguições religiosas feitas pelos luteranos, calvinistas e outros protestantes aos católicos.

     Na primeira invocação, trata-se de uma situação específica quando um peregrino presenteia a Condessa D. Eyria de Brito em 1629 com uma imagem que passa a ser venerada com o título do Bom Sucesso por revelação que teve uma religiosa abrigada em seu convento junto com outras freiras em fuga da Irlanda devido a perseguições dos hereges.

      Outra situação encontrada na obra se refere ao achado de uma imagem escondida na fresta de uma parede da sacristia de um hospital em Lisboa.  Sua devoção estava fortemente ligada à morte feliz.

    A Companhia de Jesus, Ordem dos Padres Jesuítas tem uma participação chave na veneração a Nossa Senhora do Bom Sucesso. O padre Inácio Mascarenhas, após o achado da imagem, funda a Irmandade de  Nossa Senhora do Bom Sucesso dos Agonizantes e de Cristo Crucificado.

     Foram eles, os padres jesuítas que se encarregaram de trazer a devoção para o Brasil. Isso aconteceu inicialmente no Rio de Janeiro, Depois em São Paulo onde fundaram o Colégio de São Paulo, embrião da maior cidade brasileira.

     Em Minas Gerais, devido a atuação dos bandeirantes paulistas na atividade mineira, a Santa passa a ser a “padroeira de felicidades terrenas” e a sua devoção passa a ser em busca do bom sucesso nos negócios particulares.

    Em termos de mundo, no final do século XVI e início do XVII, Nossa Senhora previu no Equador, mediante uma série de aparições a Madre Maria de Jesus Torres, catástrofes espirituais e materiais para o século XX.

     Também ordenou que mandasse esculpir uma imagem sob a invocação de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

     A própria Nossa Senhora indica o escultor na pessoa do Senhor Francisco Del Castilho que, ao termina-la, declarou que faltava a ultima demão de pintura. Ao voltar com o material deparou com a imagem milagrosamente acabada. Os traços tornaram-se mais suaves e a sua fisionomia celestial. Estupefato ele declara: “ –Madre ! esta imagem não é obra minha, mas angélica”.

São Francisco e os três Arcanjos haviam refeito a imagem sob os olhos da própria madre.

    A história de nossa cidade cita que é bem provável que a nossa padroeira tivesse presidido as solenidades religiosas de criação da “Vila.”

    ...“todavia podemos assegurar que Ela já espargia a benção celestial ao seu povo que sempre a venerou com muito ardor, desde o ano de 1777” como declara o nosso historiador Joaquim da Silva Mafra.

 

                                                                                

domingo, 10 de março de 2013

TEMPO DE PASCOA


                                                

Sempre que novos tempos se aproximam, esperamos grandes transformações, mudanças e efeitos milagrosos  que venham minimizar todos os infortúnios que marcam os nossos dias.

Nos tempos descritos pelo Velho Testamento, Deus respondia  às situações de seu povo. Desde a desobediência  de Adão e Eva e a conseqüente expulsão do Paraíso, avisos eram feitos, conselhos eram dados  e situações divinas eram criadas para resguardar o Seu povo dos castigos que estavam por vir. O Dilúvio; destruição de Sodoma e Gomorra; as  dez pragas do Egito. Aliança com Abrãao, Isaac e Jacó  onde Deus manifesta a sua identidade dentro do processo de formação de Seu povo. Manifestações divinas a Moisés como a sarça que queimava sem se consumir e a abertura do Mar Vermelho  para a passagem dos israelitas em fuga do Egito para a Terra Prometida. Trombetas que ecoaram no céu quando   do encontro de Moisés com Deus para a entrega da Tábua dos  Dez Mandamentos no Monte Sinai.

Já mais adiante, no Novo Testamento, anjos anunciam a José e Maria a vinda de Jesus Cristo, filho de Deus. A manifestação do Espírito Santo em forma de línguas de fogo aos apóstolos.

Todo este enunciado acontece devido a aliança deste povo com Deus onde a grande prioridade está em ”considerar só Deus como o Absoluto para que as relações entre as pessoas possam ser fraternas  e ter como centro a liberdade, a dignidade e a vida”.

E hoje, nos novos tempos em pleno ano 5 do terceiro milênio,  o que priorizamos?

 Justamente são as prioridades  dos novos tempos  as causas das mazelas, e fontes inesgotáveis  de tragédia, sofrimento e morte.

“Nações se abatem pela loucura de seus governantes”, pois os valores políticos  que deveriam nortear toda uma estrutura baseada  na ordem, moralidade e na justiça, descambam  num poço de lama  onde “chafurdam” todos estes valores.

Povos se reduzem  disputando riquezas  onde os valores econômicos estão em: “quem pode, pode; quem não pode se sacode”. E como tem gente se sacudindo.

Pessoas se aniquilam diante dos valores sociais, pois o que vigora é: “quem pode mais, chora menos”.

Jovens se anulam e famílias se estraçalham diante do poder das drogas.

Valores culturais se mesclam pois povos rechaçam o poder a paus e pedras com outros avançados em tecnologia. Estes valores se tornam obscuros pois grande parte não têm acesso a cultura, sendo totalmente lesados  nos seus direitos a cidadania  e manipulados por seus governantes de acordo com os interesses vigentes.

Endeusamos a comodidade, o consumo,  o prazer, o luxo, a posse, a beleza, a riqueza, o poder, certos hábitos e costumes e nos recolhemos dentro de nós mesmos como se nos bastássemos. Não nos conscientizamos de nossa fragilidade. “Nos enxergamos como heróis do universo”.   

  “Guarda-me, Deus, pois eu me abrigo em Ti. Os deuses e senhores da terra  não me satisfazem. Eles multiplicam as estátuas de deuses estranhos. Tu me ensinarás  o caminho da vida, cheio de alegria em tua presença, e de delícias a tua direita para sempre”.(Salmo 16-3,4,.11).

  Passemos outra vez a “considerar Deus Pai e Deus Filho para que as relações entre as pessoas  possam ser fraternas  e ter como centro a liberdade e a vida” nestes novos tempos, em pleno ano 5, aurora do Terceiro Milênio neste momento em que vivenciamos a Páscoa que é tempo de libertação, amor e vida.

“Eis que Eu estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo.”( Mt 28,20)

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sexta-feira, 8 de março de 2013

FESTA DA VIDA E DA PÁSCOA



   Imagine uma grande festa. Um cenário todo decorado com os mínimos detalhes sendo priorizado. Tudo é milimétricamente planejado, organizado, idealizado para fazer feliz alguém que você ama e que será o centro desta festa.
   Pode ser  uma festa de 15 anos, debutantes, casamento, Bodas. Enfim, uma motivação que serve como mola propulsora voltada para o deslumbre, para algo cujo objetivo é marcar por toda uma vida. Ficar na lembrança como  algo maravilhoso.
   Um teto todo iluminado.Paredes decoradas com o tema escolhido. Personagens da decoração em uníssono com os trajes; candelabros, pratarias, cristais. Cardápio idealizado com antecedência; orquestra para que todos se divirtam ao som de afinadas canções do mais puro requinte.
  Bebidas de todos os tipos onde o que se preza e a euforia e a animação. De certa altura em diante, a bebida torna uns alegres demais; outros quietos demais. Alguns exaltados, outros afoitos e desinibidos.  Aqueles que passam para o assédio desenfreado, outros para a agressão; enfim a confusão se instala e o que era para ser pura alegria termina em frustação.
   A Criação é uma festa para a vida.
   A luz se instalando se sobrepondo as trevas.  As estrelas tornando o teto da grandiosa festa algo magnífico. Luzeiros para marcar os dias e as noites. Por aí concluimos que esta festa não tem data para terminar.
   Águas cristalinas brotando de fontes com abundância de vida em uma dança sincronizada onde seres imensos dividem espaço com seres menores.
   Água doce nos rios, lagos e lagoas também fervilhando de vida.
   Abundância de vegetais com os mais variados tamanhos desde os rasteiros como as gramíneas, até árvores imensas. Cada uma com vida animal fazendo festa com ruídos específicos de cada espécie.
   E as flores? As cores ressaltando em várias tonalidades onde pétalas macias, com formas variadas competem com a pluralidade de folhas. Desde as mais lizas e claras, até as mais enrugadas, com ferpas e acolchoadas com tons escuros e amarronzados.
   No céu, pássaros de toda espécie. Seres alados que planando, se encarregam de dar o detalhe à grandiosa decoração do espaço. Nada amarrado. Nada pendurado. Nada engaiolado. Tudo livre, solto em comemoração a vida que se instala e é festejada.
   Na relva, pequenas criaturas, algumas rápidas, outras ágeis alçando voos; outras mais lentas.  Também aquelas que se arrastam sobre o próprio corpo; outras saltitando numa dança não ensaiada mas perfeita na sua coreografia.
   E finalmente o grande homenageado. Aquele que foi criado a imagem e semelhança de seu Criador. Aquele que pensa, que sorri, que ama, que afaga. Que pondera, que divide, que compartilha. Que se comunica  e que recebeu todo o domínio para tudo que o cerca. E a festa da vida está plena.
   A música harmoniosa da criação está perfeita. O vento rossando a relva no seu entoar melodioso.  Os pássaros com seus cantos distintos; os animais com seu vozerio inquieto e traquino; as águas com as leves marolas e as ondas pesadas no seu ribombar se espalhando na areia num epocar de espumas.
   Os insetos num alvoroço de sons que irradiam as enúmeras atividades desempenhadas. Desde o chiar das cigarras até o zumbir das abelhas beijando as flores, retirando assim o seu  néctar competindo com o beija-flor, na sua dança estática farfalhando frenéticamente suas asas para, em seguida alçar voo rápido em direção as outra flores num cenário multicolorido. 
   As árvores  zoando ao vento, o respingar da chuva  em suas  folhas, tornando-as douradas pois o refletir da luz do sol se encarrega do efeito resplendoroso.
   De repente parece que algo distoa no cenário. Um ruido e toda a melodia se torna desconexa. O que está acontecendo nesta festa organizada para ser perfeita? Barulho de machado, de moto- serra. Em seguida árvores que tombam abrindo verdadeiras feridas na mata. Tiros de armas de fogo que ferem, matam e mutilam. Barulho de explsivos que abrem crateras no solo em busca de pedras preciosas; metais preciosos. Chumbo jogado nos rios para separar o ouro do cascalho. Esgoto, sujeira, lixo, espumas poluentes; tudo descambando em direção aos rios tornando-os escuros, mortos e fedidos.
   E o ar? Fumaça que saem dos escapamentos dos carros; fumaça que sem das chaminés das fábricas; fumaça da degradação das florestas. Enfim, é uma fumaceira só e coitado do ar: torna-se irrespirável.
   Os pássaros que antes voavam soltos agora estão engaiolados, trancafiados e seu canto já não tem a melodia da liberdade. Muitos animais abatidos pela busca desenfreada de: não sei o que. Enfim, tudo foi pro beleléu, como se diz.
   O festejado perdeu a noção de sua importância e do seu lugar de protagonista da festa. Confundiu quando lhe disseram que podia dominar sobre tudo. Dominar, mas não destruir tudo.
   Resta-lhe reconhecer que se embriagou na grande festa. Não da fonte da vida que é o amor do Criador mas da fonte da morte que é o orgulho, a prepotência e a sede de poder. Um poder destrutivo, avassalador que corrompe, distorce, compromete sua própria existência.
   Nova festa se aproxima. É a FESTA DA PÁSCOA. Festa da mudança, da transformação. Festa do amor e do perdão.
   Eis aí a grande chance de pedir perdão ao Criador pois Ele que está com os braços abertos para nos abraçar. Pedir uma vida nova cheia de amor. FELIZ PÁSCOA                    
  

quarta-feira, 6 de março de 2013

TRIBUTO A UM GUARATUBANO


   Pessoas que se tornam folclóricas, são personagens constantes em todos os lugares. Elas deixam marcas pelas características peculiares de displicência, insensatez, excentricidade e, muitas vezes escabrosidades.
   Uma destas figuras que marcou popularidade pela sua irrevência, foi o inesquecível Lionço Jaques. Este, muito trabalhou em lanchas que transportavam cacheta dos confins da baía para o pequeno trapiche de Guaratuba, enquanto era sadio, novo e forte.
   Dotado de desiquilíbrio mental, além de gostar de uma "caninha", sempre estava as voltas, aprontando alguma. São ou bêbado, era atiçado por todos como "Lancha Velha", apelido do qual ele tinha ogiriza. Sua reação era imediata. Saía xingando em altos brados, jamais se preocupando com os impropérios proclamado aos berros; comportamento que despertava mais ainda a intenção da provocação tanto por parte de adultos como de crianças que se encontravam por perto.
   Suas galhofas eram tão comprometedoras que mesmo as pessoas  que estavam simplesmente passando pelo local da ocorrência, levavam as sobras, sujeitando-se a ouvir os mais terríveis palavrões.   
   O Lionço despertava o carinho nas pessoas quando ria e fazia brincadeiras inocentes ou quando cantava, sonorizando  a propria canção com a mão fechada ritimando  ao peito. A música tão repetida comunicava a proximidade da Festa do Divino, exaltando-a como um evento muito grande.
    Despertando escárnio quando bêbado, pedindo comida nas portas e exigindo o que queria comer. Se não fosse atendido: sai de baixo. Jogava tudo e saia fazendo o maior escândalo.
    Provocando risos e chamando a atenção quando, de posse de um molho de chave pendurado no bolso, andava nas ruas dirigindo seu carro invisível, um "Ford" como ele dizia e parando os transeuntes com a sua sinalização de guarda de trânsito.
   Provocando a indiferença quando na sarjeta, pés enrolados em panos sujos o que veio a lhe criar grandes trantornos. Imagine que um cabeça ruim, ou vários, sei lá, se deram ao prazer mórbido  de jogar alcool em seus pés e colocar fogo. Se as coisas já não eram fáceis, imagine a partir daí.
   Nos últimos anos, já velho e doente pela vida ao relento, andava triste; não aprontava tanto escarcéu com as pessoas  que propositadamente o provocavam só para assistir os escândalos do pobre Lionço de linguajar forte e baixo, mas que também não era de ferro e não levava desaforo para casa..

ANO ZERO


    A chegada do ano 2000 causou muita expectativa em relação ao que estaria por vir.
    Falou-se em fim de mundo: os fanáticos do bug do milênio, a previsão do Calendário Maia.  Falou-se em "reveillons" fantásticos: as socialites, os empresários e administradores de cidades turísticas; enfim, passamos último ano do milênio em suspense; rezando para que Deus nos desse vida para vermos todo esse agito que marcaria a estaca zero de uma nova era.
   Deu-se a virada e...continuamos aqui. Como diz a propaganda do Fusca 2013 apresentado nos anos 60 quando a moça pergunta: -  "Ano 2013? Mas o mundo não acabou?"
   Não, o mundo não acabou. O bug do milênio foi só um susto. E o "reveillon"... Paris, cidade-luz que fez propaganda internacional foi varrida por um temporal. O blecaute foi inevitável e a cidade passou a virada na escuridão.
   Chuva em todo o planeta deram o toque de refresco a um evento que tomava proporções avantajadas. O carnaval deu  mostra de seios recheados de silicone.
   A festa dos 500 anos do Brasil - "fiasco via satélite"- onde o índio recebeu pancada; a caravela do Ministro não funcionou  e o MST se rebelou.
   Foi uma simples virada de calendário com as mesmas polêmicas:  CPI disso, daquilo; escândalos políticos em famílias famosas, Caso Color e Caso Pitta.
   Inundações devido as chuvas em abundância e lixo exagerado que não permite o seu escoamento. Mortandade de peixes devido a poluição desenfreada das águas provocadas pela caca de uma população esnobe; o derramamento de óleo onde manguezais, flora e fauna de toda uma orla foi atingida e depois, simplesmente pediram desculpas pela destruição  generalizada.
   Esperamos algo mágico deste novo milênio. Por mais que pareça algo puro, ingênuo, simples ou puro glichê, mas vale a pena repetir o que afirmavam os hippies dos anos 60: Paz e Amor para a humanidade.               

UM GRANDE PROJETO



    Sempre que temos uma idéia e a queremos por em prática, o primeiro passo é montar um projeto. Neste projeto, esmiussamos a maneira de tornar viável aquilo que está em nossa cabeça e que deverá ser exteriorizado para que a nossa proposta seja entendida.
   De maneira  estratégica e gradativa o nosso projeto vai tomando corpo e as etapas possibilitarão a sua concretização. Muitas vezes, ela ocorre de forma lenta, em tempo longo ou de forma acelerada, em tempo curto e as possibilidades deixam de serem possibilidades, se tornando assim uma realidade onde tudo se transforma, se modifica e se enriquece diante daquilo que foi proposto. Uma certeza acontece: nunca sairemos de uma ação sem uma transformação.
   Imagino o Projeto de Deus na Criação. Claro que nem precisou pois Deus certamente tinha tudo na  cabeça e estava criando o esplendor que seria o ninho da humanidade.
   Em Genesis (1;1,11) está narrada a Criação do mundo e dos homens por Deus: ja é a realização do projeto. Passo a passo, dia a dia tudo vai sendo criado até chegar no ápice, ou seja, a criação do homem.
   ..."Então Deus disse: Façamos o homem a nossa imagem e semelhança. Que ele domine os peixes do mar, as aves do céu, os animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra. Tudo isso Ele fez e entregou ao homem para dominar e viu que era muito bom."
   E agora vejamos como o homem responde a este grande projeto divino, abençoado e santificado para que a humanidade seja o centro da criação: Carl Sagan, astrônomo compara todo o processo, se este fosse concentrado no espaço de um ano, os seres humanos teriam surgido na terra há apenas sete minutos. Neste período, se desenvolveu ao máximo de acordo com o que vivenciamos no dia-a-dia. Mas, foram também os sete minutos em que a natureza foi mais agredida em todos os tempos.
   É como se a espécie humana estivesse em uma campanha suicida pois está pondo em risco os seus bens mais preciosos como a água e o ar.
   Nestes tempos que antecedem a Páscoa, façamos nós também um projeto de vida: Um projeto com o objetivo geral direcionado para o amor. Amor para conosco mesmo, para com aqueles que nos cercam; para com o nosso próximo.
   Amor pelo planeta que habitamos cuja situação de sustentabilidade é preocupante.
   Que o mandamento  de amor nos deixado por Jesus ilumine nossas mentes e seja o ponto alto de nosso projeto. Essa proposta irá iluminar a busca que fazemos hoje em relação a nossa própria sobrevivência ameaçada com os problemas ecológicos ocasionados por quem não pensa na vida humana, ou seja, nós mesmos, e em nossa responsabilidade comum pelo planeta.
   Enfeite o seu projeto e o ponha em prática. Não se esqueça  Fomos abençoados e santificados por Deus, agora só está faltando a nossa parte.                 

terça-feira, 5 de março de 2013

PRIMEIRO DE JANEIRO - DIA MUNDIAL DA PAZ


                                        
     Falou-se muito em apocalipse neste final de ano. Eu quero entender o apocalipse não como o final de tudo. Eu quero entender o apocalipse como a grande transformação. A valorização da consciência, da concórdia. O entendimento prevalecendo.

     O orgulho, a soberba, a pretensa superioridade simplesmente não existindo. A serenidade prevalecendo.

     Quero entender o apocalipse como a aura de uma nova era onde as pessoas se olhem como irmãos. O amor prevalecendo.      

     Quero entender o apocalipse como o vivenciar do dia a dia de forma cidadã onde os deveres que cumprimos tanto na família como no trabalho e no lazer, engrandeçam assim os direitos que adquirimos como cidadãos do mundo. O respeito prevalecendo.

     Quero entender o apocalipse de forma onde os processos de difamação, injúria, calúnia, humilhação não precisarão ser advogados pois advogar a causa de alguém não será necessário porque as pessoas se respeitarão mutuamente. A justiça prevalecendo.

     Quero entender o apocalipse como o abalizar das guerras. Que as pessoas não paguem pela intolerância de seus governantes. Que as crianças não sofram pela impertinência das opiniões; pelas decisões defendidas com o poder de fogo sem fronteiras onde o caos, o sofrimento e a miséria se instalam. A paz prevalecendo.        

    Procuro entender o apocalipse ao pensar nos grandes cientistas nos laboratórios estudando, pesquisando a causa e a cura das doenças; nas pessoas que se doam na busca de uma grande transformação para um mundo melhor. A saúde, a felicidade e a harmonia prevalecendo.

     Procuro entender o apocalipse quando ao folhear a Bíblia e me deter no Livro de Gênesis, leio a consideração de Deus ao criar o homem: Ele “viu que tudo era muito bom”. Daí eu me pergunto: Se para Deus somos bons, por que sermos maledicentes com o nosso semelhante? Que a humildade e a sabedoria se instalem em nossos corações. FELIZ ANO NOVO. 

                                           FRASES INSPIRADORAS

“...então eu pergunto: por que não dar uma chance para a paz?” John Lennon

“ Não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho.” Mahatma Gandhi

“ Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por uma religião. Par odiar, as pessoas precisam aprender. E se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.” Nelson Mandela

” A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos.” Albert Einstein

“ A paz do coração é o paraíso dos homens.” Platão

“AME AO TEU PROXIMO COMO A TÍ MESMO.” JESUS CRIST0
                                                                PRI

SERRA DO MAR


        Na minisérie "A muralha"  da Rede Globo, a Serra do Mar é apresentada como o grande obstáculo entre o mar e o planalto, principalmente para se atingir a Vila de São Paulo  de Piratininga.
         Essa vila, na época: início do século XVII, se constituia  de apenas algumas choupanas em torno do Colégio de São Paulo: uma  construção tosca, feita de varas amarradas com cipó e cobertas de palha. Ali, crianças indígenas, pequenos curumins como eram chamados, aprendiam com os padres  jesuítas a fé cristã para deixarem de serem "pagãs", uma das imposições do rei de Portugal. Aprendiam também a língua portuguesa, juntamente com os filhos de alguns poucos colonos.
         Essa serra era transposta a pé por caminhos e trilhas indígenas, por onde os bravos bandeirantes se embrenharam serra a dentro, cobertos por grossas vestimentas acolchoadas, largos chapéus  e longas botas. Proteção necessária devido aos pernoites feitos ao relento, as picadas de insetos, roçar de vegetação e flechas indígenas.  Eles eram alvo constante, uma vez que caçavam os índios e os  trocavam por mercadorias a serem utilizadas  pelos paulistas. Escravizados, esses nativos iriam suprir a deficiência de mão-de-obra na produção de riqueza para a metrópole.
        É claro que esta intenção não se concretizou  pois os índios  não se sujeitaram  nem se adaptaram a esse trabalho servil.
       Hoje, essa mesma Serra do Mar é transposta em apenas alguns minutos, dependendo da condução em estradas que serpenteiam as encostas.
       Ela se apresenta  salpicada de casas  e plantações e demoradores solitários que do seu solo retiram o sustento. Mas, mesmo assim  continua majestosa e imponente com sua cobertura vegetal, córregos, olhos d'água e cachoeiras emolduradas  pelos altos, agudos, arredondados e irregulares cumes  das várias montanhas  que na sua totalidade formam essa grande muralha.                  

segunda-feira, 4 de março de 2013

Guaratuba e suas belezas


Guaratuba nos enche os olhos e o coração com sua beleza. Algumas estratégicas como a nossa avenida que liga o mar à baía; as nossas Igrejas, cada uma com o seu potencial. Uma representa a historicidade desde os primórdios de nosso município e a outra a modernidade em uma adaptação necessária aos novos tempos.

 As fontes que outrora serviram como abastecimento de água e que supriram essa pendência por muitos anos. Várias atividades eram realizadas nas localidades das fontes em épocas passadas: a lavação de roupas onde as mulheres, literalmente se instalavam ao seu redor com todo o aparato para essa atividade; banho nas crianças no final da empreitada; pessoas recorriam ao local para abastecer as moringas de barro e assim garantir a água sempre fresca encima da mesa.  Dentre outras situações corriqueiras, houve sempre a crença de bênçãos recebidas pelas pessoas que bebiam de suas águas, claro que com a devida fé. Esse fator perdura até nossos dias com relação à Fonte de Nossa Senhora de \Lourdes só que com o cuidado necessário no consumo da água devido a divulgada notícia que esta se encontra contaminada. Podemos citar também a nossa praça central e de uma forma mais tímida estão os sambaquis resultantes do nomadismo dos povos carijós que habitaram nossas paragens em tempos remotos. Hoje, esses sambaquis estão praticamente desaparecendo devido a ação das marés e do assoreamento dos rios em cujas encostas eles estão situados.

Agora, a grande “sacada” é mesmo do Criador. Verões irresistíveis onde pessoas de longe simplesmente sonham com uma estadia aqui na nossa querida Guaratuba. O tempo decorrente de todas as estações e em especial o do início do milênio marcando o primeiro verão do século XXI. Quanta emoção ter vivenciado algo tão especial. No contexto observamos a energia chuvosa que acontece e o calor prevalece.

Na sequência, a característica especial do litoral que é a sua geografia e a sua vida marinha rica e magnífica.

A reentrância da baía em sentido oeste rasgando o litoral e o pontilhando de ilhas. Braços de rios que descem da serra e desaguam na baía com o seu turbilhão de água doce. Os peixes, os botos, os cardumes de manjuvas, os cardumes de tainhas no início do inverno; que outrora povoavam este reduto.

As aves marinhas na sua pluralidade de espécies; os manguezais como berço para todo este estuário que também correm sério risco de desaparecimento.

E o nosso marzão com seu espetáculo a parte. A variação da cor das águas, dependendo das correntes marítimas, conotação do tempo e atuação dos ventos. Esses ventos que se encarregam também da apresentação da sua superfície que pode ser totalmente lisa quando só temos brisas leves e refrescantes. Ligeiramente onduladas quando da vazante e dos ventos mais fortes ou, totalmente agitado com ondas fortes que quebram em toda a sua extensão não esperando chegar ao quebra-mar para se precipitarem em ruidoso barulho.

Os morros com a vegetação característica da Mata Atlântica e em especial a proliferação do Ipê Roxo ou jacatirão como é conhecida pelos  “antigos”. Arvore que embeleza e complementa o verde das paisagens e decora toda a obra do Criador em uma época muito especial que é a proximidade do Natal.            

A grande luminosidade do nascer e do por do sol. Aí o colorido se multiplica, se intensifica, se prolifera como se fossem lâminas sobre o lençol de água. Deus na sua sapiência, não deixou este maravilhoso espetáculo para exaltar somente um fator de nossa cidade. Não, muito pelo contrário a beleza acontece no nascer do dia no horizonte do Oceano Atlântico onde, sua águas ficam espelhadas de um dourado intenso e terminam com o poente transformando as águas da baía num brasil arrochado de dar inveja a qualquer pintor de grande projeção. Agora, só nos resta o anoitecer e a exuberância do céu noturno com o seu esplendor e magia.