Guaratuba
nos enche os olhos e o coração com sua beleza. Algumas estratégicas como a
nossa avenida que liga o mar à baía; as nossas Igrejas, cada uma com o seu
potencial. Uma representa a historicidade desde os primórdios de nosso
município e a outra a modernidade em uma adaptação necessária aos novos tempos.
As fontes que outrora serviram como
abastecimento de água e que supriram essa pendência por muitos anos. Várias atividades
eram realizadas nas localidades das fontes em épocas passadas: a lavação de
roupas onde as mulheres, literalmente se instalavam ao seu redor com todo o
aparato para essa atividade; banho nas crianças no final da empreitada; pessoas
recorriam ao local para abastecer as moringas de barro e assim garantir a água
sempre fresca encima da mesa. Dentre
outras situações corriqueiras, houve sempre a crença de bênçãos recebidas pelas
pessoas que bebiam de suas águas, claro que com a devida fé. Esse fator perdura
até nossos dias com relação à Fonte de Nossa Senhora de \Lourdes só que com o
cuidado necessário no consumo da água devido a divulgada notícia que esta se
encontra contaminada. Podemos citar também a nossa praça central e de uma forma
mais tímida estão os sambaquis resultantes do nomadismo dos povos carijós que
habitaram nossas paragens em tempos remotos. Hoje, esses sambaquis estão praticamente
desaparecendo devido a ação das marés e do assoreamento dos rios em cujas
encostas eles estão situados.
Agora, a
grande “sacada” é mesmo do Criador. Verões irresistíveis onde pessoas de longe
simplesmente sonham com uma estadia aqui na nossa querida Guaratuba. O tempo
decorrente de todas as estações e em especial o do início do milênio marcando o
primeiro verão do século XXI. Quanta emoção ter vivenciado algo tão especial. No
contexto observamos a energia chuvosa que acontece e o calor prevalece.
Na sequência, a característica
especial do litoral que é a sua geografia e a sua vida marinha rica e magnífica.
A reentrância da baía em sentido
oeste rasgando o litoral e o pontilhando de ilhas. Braços de rios que descem da
serra e desaguam na baía com o seu turbilhão de água doce. Os peixes, os botos,
os cardumes de manjuvas, os cardumes de tainhas no início do inverno; que
outrora povoavam este reduto.
As aves marinhas na sua
pluralidade de espécies; os manguezais como berço para todo este estuário que
também correm sério risco de desaparecimento.
E o nosso marzão com seu
espetáculo a parte. A variação da cor das águas, dependendo das correntes
marítimas, conotação do tempo e atuação dos ventos. Esses ventos que se
encarregam também da apresentação da sua superfície que pode ser totalmente lisa
quando só temos brisas leves e refrescantes. Ligeiramente onduladas quando da
vazante e dos ventos mais fortes ou, totalmente agitado com ondas fortes que
quebram em toda a sua extensão não esperando chegar ao quebra-mar para se
precipitarem em ruidoso barulho.
Os morros com a vegetação
característica da Mata Atlântica e em especial a proliferação do Ipê Roxo ou jacatirão
como é conhecida pelos “antigos”. Arvore
que embeleza e complementa o verde das paisagens e decora toda a obra do
Criador em uma época muito especial que é a proximidade do Natal.
A grande luminosidade do nascer e
do por do sol. Aí o colorido se multiplica, se intensifica, se prolifera como
se fossem lâminas sobre o lençol de água. Deus na sua sapiência, não deixou
este maravilhoso espetáculo para exaltar somente um fator de nossa cidade. Não,
muito pelo contrário a beleza acontece no nascer do dia no horizonte do Oceano
Atlântico onde, sua águas ficam espelhadas de um dourado intenso e terminam com
o poente transformando as águas da baía num brasil arrochado de dar inveja a
qualquer pintor de grande projeção. Agora, só nos resta o anoitecer e a exuberância
do céu noturno com o seu esplendor e magia.
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