Sua procedência remonta ao continente
europeu de forma não muito clara.
Um
mesmo autor Frei Agostinho de Santa Maria em sua obra relata duas origens do
seu surgimento em uma época onde estavam ocorrendo perseguições religiosas
feitas pelos luteranos, calvinistas e outros protestantes aos católicos.
Na
primeira invocação, trata-se de uma situação específica quando um peregrino
presenteia a Condessa D. Eyria de Brito em 1629 com uma imagem que passa a ser
venerada com o título do Bom Sucesso por revelação que teve uma religiosa
abrigada em seu convento junto com outras freiras em fuga da Irlanda devido a
perseguições dos hereges.
Outra situação encontrada na obra se refere ao
achado de uma imagem escondida na fresta de uma parede da sacristia de um hospital
em Lisboa. Sua devoção estava fortemente
ligada à morte feliz.
A Companhia de Jesus, Ordem dos Padres
Jesuítas tem uma participação chave na veneração a Nossa Senhora do Bom
Sucesso. O padre Inácio Mascarenhas, após o achado da imagem, funda a Irmandade
de Nossa Senhora do Bom Sucesso dos
Agonizantes e de Cristo Crucificado.
Foram eles, os padres jesuítas que se
encarregaram de trazer a devoção para o Brasil. Isso aconteceu inicialmente no
Rio de Janeiro, Depois em São Paulo onde fundaram o Colégio de São Paulo,
embrião da maior cidade brasileira.
Em
Minas Gerais, devido a atuação dos bandeirantes paulistas na atividade mineira,
a Santa passa a ser a “padroeira de felicidades terrenas” e a sua devoção passa
a ser em busca do bom sucesso nos negócios particulares.
Em termos de mundo, no final do século XVI
e início do XVII, Nossa Senhora previu no Equador, mediante uma série de
aparições a Madre Maria de Jesus Torres, catástrofes espirituais e materiais
para o século XX.
Também ordenou que mandasse esculpir uma
imagem sob a invocação de Nossa Senhora do Bom Sucesso.
A própria Nossa Senhora indica o escultor
na pessoa do Senhor Francisco Del Castilho que, ao termina-la, declarou que
faltava a ultima demão de pintura. Ao voltar com o material deparou com a
imagem milagrosamente acabada. Os traços tornaram-se mais suaves e a sua
fisionomia celestial. Estupefato ele declara: “ –Madre ! esta imagem não é obra
minha, mas angélica”.
São Francisco e os três
Arcanjos haviam refeito a imagem sob os olhos da própria madre.
A história de nossa cidade cita que é bem
provável que a nossa padroeira tivesse presidido as solenidades religiosas de
criação da “Vila.”
...“todavia podemos assegurar que Ela já
espargia a benção celestial ao seu povo que sempre a venerou com muito ardor,
desde o ano de 1777” como declara o nosso historiador Joaquim da Silva Mafra.
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