domingo, 10 de março de 2013

TEMPO DE PASCOA


                                                

Sempre que novos tempos se aproximam, esperamos grandes transformações, mudanças e efeitos milagrosos  que venham minimizar todos os infortúnios que marcam os nossos dias.

Nos tempos descritos pelo Velho Testamento, Deus respondia  às situações de seu povo. Desde a desobediência  de Adão e Eva e a conseqüente expulsão do Paraíso, avisos eram feitos, conselhos eram dados  e situações divinas eram criadas para resguardar o Seu povo dos castigos que estavam por vir. O Dilúvio; destruição de Sodoma e Gomorra; as  dez pragas do Egito. Aliança com Abrãao, Isaac e Jacó  onde Deus manifesta a sua identidade dentro do processo de formação de Seu povo. Manifestações divinas a Moisés como a sarça que queimava sem se consumir e a abertura do Mar Vermelho  para a passagem dos israelitas em fuga do Egito para a Terra Prometida. Trombetas que ecoaram no céu quando   do encontro de Moisés com Deus para a entrega da Tábua dos  Dez Mandamentos no Monte Sinai.

Já mais adiante, no Novo Testamento, anjos anunciam a José e Maria a vinda de Jesus Cristo, filho de Deus. A manifestação do Espírito Santo em forma de línguas de fogo aos apóstolos.

Todo este enunciado acontece devido a aliança deste povo com Deus onde a grande prioridade está em ”considerar só Deus como o Absoluto para que as relações entre as pessoas possam ser fraternas  e ter como centro a liberdade, a dignidade e a vida”.

E hoje, nos novos tempos em pleno ano 5 do terceiro milênio,  o que priorizamos?

 Justamente são as prioridades  dos novos tempos  as causas das mazelas, e fontes inesgotáveis  de tragédia, sofrimento e morte.

“Nações se abatem pela loucura de seus governantes”, pois os valores políticos  que deveriam nortear toda uma estrutura baseada  na ordem, moralidade e na justiça, descambam  num poço de lama  onde “chafurdam” todos estes valores.

Povos se reduzem  disputando riquezas  onde os valores econômicos estão em: “quem pode, pode; quem não pode se sacode”. E como tem gente se sacudindo.

Pessoas se aniquilam diante dos valores sociais, pois o que vigora é: “quem pode mais, chora menos”.

Jovens se anulam e famílias se estraçalham diante do poder das drogas.

Valores culturais se mesclam pois povos rechaçam o poder a paus e pedras com outros avançados em tecnologia. Estes valores se tornam obscuros pois grande parte não têm acesso a cultura, sendo totalmente lesados  nos seus direitos a cidadania  e manipulados por seus governantes de acordo com os interesses vigentes.

Endeusamos a comodidade, o consumo,  o prazer, o luxo, a posse, a beleza, a riqueza, o poder, certos hábitos e costumes e nos recolhemos dentro de nós mesmos como se nos bastássemos. Não nos conscientizamos de nossa fragilidade. “Nos enxergamos como heróis do universo”.   

  “Guarda-me, Deus, pois eu me abrigo em Ti. Os deuses e senhores da terra  não me satisfazem. Eles multiplicam as estátuas de deuses estranhos. Tu me ensinarás  o caminho da vida, cheio de alegria em tua presença, e de delícias a tua direita para sempre”.(Salmo 16-3,4,.11).

  Passemos outra vez a “considerar Deus Pai e Deus Filho para que as relações entre as pessoas  possam ser fraternas  e ter como centro a liberdade e a vida” nestes novos tempos, em pleno ano 5, aurora do Terceiro Milênio neste momento em que vivenciamos a Páscoa que é tempo de libertação, amor e vida.

“Eis que Eu estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo.”( Mt 28,20)

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