Sempre que novos tempos se
aproximam, esperamos grandes transformações, mudanças e efeitos milagrosos que venham minimizar todos os infortúnios que
marcam os nossos dias.
Nos tempos descritos pelo
Velho Testamento, Deus respondia às
situações de seu povo. Desde a desobediência
de Adão e Eva e a conseqüente expulsão do Paraíso, avisos eram feitos,
conselhos eram dados e situações divinas
eram criadas para resguardar o Seu povo dos castigos que estavam por vir. O
Dilúvio; destruição de Sodoma e Gomorra; as
dez pragas do Egito. Aliança com Abrãao, Isaac e Jacó onde Deus manifesta a sua identidade dentro
do processo de formação de Seu povo. Manifestações divinas a Moisés como a
sarça que queimava sem se consumir e a abertura do Mar Vermelho para a passagem dos israelitas em fuga do
Egito para a Terra Prometida. Trombetas que ecoaram no céu quando do encontro de Moisés com Deus para a
entrega da Tábua dos Dez Mandamentos no
Monte Sinai.
Já mais adiante, no Novo
Testamento, anjos anunciam a José e Maria a vinda de Jesus Cristo, filho de
Deus. A manifestação do Espírito Santo em forma de línguas de fogo aos
apóstolos.
Todo este enunciado acontece
devido a aliança deste povo com Deus onde a grande prioridade está em
”considerar só Deus como o Absoluto para que as relações entre as pessoas
possam ser fraternas e ter como centro a
liberdade, a dignidade e a vida”.
E hoje, nos novos tempos em
pleno ano 5 do terceiro milênio, o que
priorizamos?
Justamente são as prioridades dos novos tempos as causas das mazelas, e fontes
inesgotáveis de tragédia, sofrimento e
morte.
“Nações se abatem pela loucura
de seus governantes”, pois os valores políticos
que deveriam nortear toda uma estrutura baseada na ordem, moralidade e na justiça, descambam num poço de lama onde “chafurdam” todos estes valores.
Povos se reduzem disputando riquezas onde os valores econômicos estão em: “quem
pode, pode; quem não pode se sacode”. E como tem gente se sacudindo.
Pessoas se aniquilam diante
dos valores sociais, pois o que vigora é: “quem pode mais, chora menos”.
Jovens se anulam e famílias se
estraçalham diante do poder das drogas.
Valores culturais se mesclam
pois povos rechaçam o poder a paus e pedras com outros avançados em tecnologia. Estes
valores se tornam obscuros pois grande parte não têm acesso a cultura, sendo
totalmente lesados nos seus direitos a
cidadania e manipulados por seus
governantes de acordo com os interesses vigentes.
Endeusamos a comodidade, o
consumo, o prazer, o luxo, a posse, a
beleza, a riqueza, o poder, certos hábitos e costumes e nos recolhemos dentro
de nós mesmos como se nos bastássemos. Não nos conscientizamos de nossa
fragilidade. “Nos enxergamos como heróis do universo”.
“Guarda-me, Deus, pois eu me abrigo em Ti. Os deuses e senhores da
terra não me satisfazem. Eles
multiplicam as estátuas de deuses estranhos. Tu me ensinarás o caminho da vida, cheio de alegria em tua
presença, e de delícias a tua direita para sempre”.(Salmo 16-3,4,.11).
Passemos outra vez a “considerar Deus Pai e
Deus Filho para que as relações entre as pessoas possam ser fraternas e ter como centro a liberdade e a vida”
nestes novos tempos, em pleno ano 5, aurora do Terceiro Milênio neste momento
em que vivenciamos a Páscoa que é tempo de libertação, amor e vida.
“Eis que Eu estarei com vocês
todos os dias até o fim do mundo.”( Mt 28,20)
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