sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Salve a Virgem de Guadalupe


Nossa Senhora nas suas várias versões, sempre primou em ser nossa mãe.
Em estado de angústia e aflição. Lugares diversos mas despertando sempre muita emoção.
Em Lisboa -Do Bom Sucesso: fortemente ligada à morte feliz em oração
Portugal -De Fátima: um apelo à devoção e o alerta ao mundo pelo pão
Pois o “grande sinal “ visto por Lúcia mostrava que a guerra ressoava como um trovão.

Brasil - De Aparecida: com sua cor de terra e situação de resgate da imagem
das águas do rio Paraíba, primeiro a cabeça depois o resto do corpo que condiz
com a relação das escravas com os senhores varões
que as decapitavam e as lançavam no rio para se resguardarem de uma situação infeliz.
Desta penúria mas, o povo em época de escassez, tem a vontade de ofertar aos irmãos  
Eis o milagre do alimento em abundância tirado das águas para o banquete ao conde pavão.  

França – De Lourdes onde Bernadete a viu e conversou na gruta bendita de onde água jorrou.
Local de milagres e cura que a muitos proporcionou.
México – De Guadalupe onde o índio Juan Diego nela confiou e seu tio de um mal se libertou.
Rosas dos penhascos íngremes e nevados se acomodaram em sua “tilma” –
 manto grosseiro que o abrigava do frio, da neve, das intempéries que o assolavam.

A Virgem Morena pedia oração e uma igreja para a glória de Deus em uma  região tão carente
Onde  muitos nativos eram dizimados em atos  insanos de culto às serpentes.
Na humildade e levando a prova pedida, o índio se prostra diante do Bispo ostentoso.
Esplendor de luz, brilho e fulgurância se instala na sala
 vindo da “tilma” onde a imagem da SENHORA DO CÉU está estampada
Quando esta se desenrola e as rosas caem aos pés do soberano religioso.

Provas magníficas ali permanecem já há  480 anos pois a “tilma” permanece inalterada
E na estampa da VIRGEM DE GUADALUPE: seu olhar, sua luz, posição das estrelas entre outros
Têm desígnios de milagres que só pelo sinal da FÉ podem ser explicadas.               

                                                                        Salve a Virgem de Guadalupe 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nossa Senhora do Rocio - Gratidão


     Minha lembrança é de uma foto amarelada onde eu estou com roupa para retrato o que na época era uma raridade mas, se tratava do pagamento de uma promessa. Por aí já se tem uma idéia da preparação para se tirar o retrato que, na época só com profissional. Eu imagino a ansiedade da situação, pois morávamos em uma vila e não havia ônibus de acesso ao centro da cidade onde se localizava o dito estúdio. O que importa é que, modesta à parte, estou "biiita"aos meus tres ou quatro anos, deve ser.
     A pose é de modelo: como a foto é em preto e branco, não me deterei nas cores da roupa mas que devem ser específicas para criança. Sapato, meia dobradinha na borda. Vestido à baixo do joelho e, devia estar frio pois estou com um casaco que se for o do qual eu tenho lembranças, era um verdinho, verde água peludinho, abotoado na frente.
    Estou em pé, com a mão direita segurando o espaldar de uma cadeira que devia ser própria para o local pois é de madeira roliça, envernizada, bem acabada e almofadada, coisa com a qual eu não convivia pois nossa casa era muito modesta.  O olhar fixo na câmara. Os cabelos bem cortados a altura do pescoço, lisinho e, pela cor clara, devia ser amarelinho. Por aí, imagine: já fui loira.
     E a promessa? Bem, quando eu era criança "lá em Barbacena" (mentira) meus olhos estavam sempre inflamados e isso me incomodava muito. Lacrimejavam, tinham dificuldade de abrir devido as secreções que criavam e estavam sempre vermelhos. Segundo minha mãe, eu chorava muito porque coçavam. Era benzimento com a Dona    e finalmente a promessa à Nossa Senhora do Rocio. Não é que sarei! Meu Deus que benção.
     Como morávamos em Paranaguá, na Festa do Rocio a promessa foi paga. Uma via do retrato foi colocado na sala dos milagres com as preces de agradecimento devido a Mãe do Rocio e com o compromisso de assistir as novenas que antecedem a festa.
    Não é sem motivo que Nossa Senhora está sempre presente em minha vida.
                                             NOSSA SENHORA DO ROCIO, ROGAI POR NÓS.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Dia de Ação de Graças


                          Obrigado Senhor pelo sêmen que me gerou
                          Pelo gene que me formou
                          Pelo genoma que eu sou

                          Obrigado Senhor pelo lugar onde eu nasci
                          Pelos caminhos que percorri
                          Pelos recantos onde vivi.
                          Pela minha infância na Vila Guarani.

                          Obrigado Senhor pelas mudanças que o Senhor me ofertou
                          Pelas andanças onde o Senhor sempre me acompanhou
                          Pela bonança que resultou
                          Em uma prole com filhos e netos
                          que uma maravilhosa família formou.

                          Obrigado Senhor pelo primeiro torrãozinho
                          Mesmo que não lembre nada lá do meu São Joãozinho
                          Onde roças de mandioca ficaram para os vizinhos
                          Pois com um ano e sem nada mesmo, nem um tiquinho
                          Saimos em busca de um novo ninho.
                         
                         Obrigado Senhor pela epopéia em busca da estrela
                         Para transformá-la em sol e faze-la
                         grandiosa, próspera, com muita beleza
                         Com trabalho árduo em caminhos de muita dureza
                         Todos os dias na labuta de muita aspereza.
                         Mas com o amor sempre a mesa.

                         Obrigado Senhor pela vinda em socorro ao varão
                         Pela nova vida no casarão
                         Frente à praça e tendo a visão
                         Da cruz do Senhor no alto do pavilhão
                         Que é de Vós para estarmos sempre em oração.
                         Obrigado Senhor por tanta transformação
                         Sem falar na erosão.

                         Obrigado Senhor pela minha vida profissional
                         Pelas escolas, alunos, amigos, pelo arsenal
                         Que carreguei nos 25 anos de atividade magisterial.

                        Obrigado Senhor pelos amores e desamores que tive
                         Pelas afeições, carinho, apreço, deslize
                         Pelas alegrias, saudades, recordações de todas as matizes
                         Por querer meus entes queridos sempre felizes.

                         Obrigado Senhor pelas vezes que me carregou
                         Eu sei Senhor, não foram poucas, contudo
                         Eis-me aqui alegre ao seu dispor
                         Com muito amor eu Vos adoro,Vos louvo. Vos saúdo
                         Obrigado meu Deus, meu Senhor, meu tudo.
         

                                

domingo, 23 de junho de 2013

CIDADANIA - Protestos


                                                  

     Passamos muito tempo escutando absurdos tais como: políticos que representam o povo recebendo 14º, 15º e até 16º salário. Auxílio moradia, paletó, combustível, passagens aéreas e telefone. Enriquecimento ilícito devido a falcatruas, corrupção de todos os portes e por aí a fora.

      Vereadores na maior gastança. Assessor para isso, para aquilo; cursos que não levam a coisa alguma pois o que vemos é sempre o mesmo discurso, a mesma postura. A vereança se torna uma profissão ao invés de representação. O vereador exerce o cargo de vereança que lhe é outorgado pelo povo para, de acordo com o Dicionário “vigiar sobre a boa política da terra, reger e cuidar do bem público”. Pelo que observamos, isso é o que menos acontece.

     Sabemos que a Câmara Municipal é “um poder democraticamente instituído para atuar em representação da sociedade na produção de leis, no exercício do controle externo da administração pública local, no julgamento das contas do prefeito e na deliberação das políticas públicas a serem instaladas no município.” Os vereadores são agentes de transformação e não tem ninguém melhor do que eles para saber as reais necessidades do município. Só que o que vemos é sempre: atitudes de assistencialismo, protecionismo, cabide de emprego, indulgência aos claramente “a favor”, aos que não opõe oposição; clemencia aos coligados; exploração eleitoral. As pessoas continuam a serem vistas como possíveis eleitores e não como cidadãos.

     Cidadãos, ou seja, exercício da cidadania. A presidenta Dilma em seu discurso sobre as manifestações declarou várias vezes que “as vozes da rua precisam ser ouvidas. As vozes das ruas querem mais cidadania, mais saúde, mais educação, mais transportes, mais oportunidades”. Como querem mais cidadania? Cidadania é cidadania. Não existe mais nem menos. Se considerarmos mais cidadania, estaremos falando de privilégios. Ninguém quer mais privilégios pois assim estaríamos tratando de desigualdade.  Isso já  temos . Uma grande parte da população totalmente carente e outra pequena parte gozando de todas as benesses. Queremos cidadania na sua plenitude. Aquilo que temos por direito. Saúde na sua plenitude. Educação na sua plenitude.  Oportunidades na sua plenitude.

     Outro item que está repercutindo muito nas manifestações é a violência. Esses atos devem ser coibidos. Não vamos rebater a violência que o sistema sempre nos impingiu como morte nas filas dos hospitais, tratamento desumano na espera pelo atendimento, escolas sem as menores condições de funcionamento, corrupção; chacota de políticos quando pegos com a “mão no jarro” ou “a boca na botija” e, por aí a fora. Depredação: NÃO. Vandalismo: NÃO. Desrespeito: NÃO.

     “Ô, Ô, Ô o gigante acordou, o gigante acordou.”

      Que Deus abençoe a nossa juventude que clama por justiça, transparência e acima de tudo: pela  cidadania plena a todos nós, povo brasileiro.      

                                                                          Margarida Miranda Corrêa

sábado, 15 de junho de 2013

Dia dos Avós


                         DIA DOS AVÓS – SÃO JOAQUIM E SANT’ANA
     .

     No dia 26 de julho comemoramos o dia de São Joaquim e Sant’Ana, pais de Maria e avós de Jesus.

     Em uma época que todas as famílias eram numerosas, Joaquim que era um rico fazendeiro de Nazaré, possuía um grande rebanho mas não tinha filhos. Por esse motivo foi censurado e humilhado pelo sacerdote ao levar sua oferta de  um cordeiro ao templo: “por que vens fazer ofertas, homem inútil? Afasta-te dos demais e não irrites a Deus com tuas oferendas e sacrifícios que não são gratos a Seus olhos.”   

     Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, Joaquim retira-se para o deserto para rezar e fazer penitência. Ali, um anjo do Senhor lhe apareceu dizendo que Deus ouvira suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha aquela que havia de ser a mãe de Jesus e, consequentemente se tornarem avós de toda a humanidade.

     A chave do universo, com certeza está nas mãos dos avós.

     Essa chave só se conquista com o tempo. Tempo onde a vivência que vai se transformar em experiência, resultando em uma bagagem onde a  confiança, a paciência, a tolerância, entre outros fatores  vão compor todo um arsenal de ajustes levando ao amadurecimento, à complacência, à conexão milagrosa que é a sabedoria e à vida em sua plenitude. 

     Tudo isso é coisa de avó e de avô. Experientes, preocupados não mais no provento do dia a dia mas com o olhar voltado ao conhecimento que se renova cada vez mais. Com a  natureza que cada vez mais é agredida, com seu semelhante que em todas as fases enfrentam situações desrespeitosas: desde os embriões que em seus tempos seminais sofrem situações de aborto; as crianças que são violentadas, agredidas e abusadas; os jovens que muitas vezes se acham imortais e estão aí a mercê das drogas, da violência desenfreada; os adultos no seu afã de conquistas materiais muitas vezes passam por cima de tudo desrespeitando direitos a serem conquistados e deveres a serem vivenciados. E, os idosos que lutam pelo respeito e convivência em igualdade.       

      Mas, voltemos aos avós: doces, bondosos, pacientes, companheiros, deixam lembranças em seus netos para uma vida inteira. Quem não tem boas lembranças de aventuras de infância acobertadas pelos avós “que atire a primeira pedra.”

  

                                                                                    Margarida Miranda Correa

 

 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

CORPUS CRHISTI - Santifica nossas oferendas


                                           

     “Senhor, Vós que sempre quisestes ficar muito perto de nós, vivendo conosco no Cristo, falando conosco por Ele, mandai Vosso Espírito Santo, a fim de que nossas ofertas se mudem no Corpo + e no Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”. Eis a Oração Eucarística III que para mim retrata o perfeito significado de Corpus Christi, o Corpo de Cristo e a sua atuação entre nós.

       “Santificai nossa oferenda, ó Senhor”. Sabemos que não merecemos, que não somos dignos de Vós ó Pai pois muitas vezes o rompante toma conta de nós. A ira, a vaidade, o orgulho, a maledicência, a ganancia, o torpor, a insensatez, ou seja, tudo aquilo que nos distancia de Vós. Mas mesmo assim insistimos: toma conta de nós. Aceita as nossas oferendas Senhor.

         Que o Vosso Espírito Santo esteja sempre sobre nós, nos fortalecendo, nos energizando, nos apaziguando, aumentando sempre a nossa fé.

         Santifica nossa família dando-nos entendimento. Humildade, compreensão.

         Santifica nossos vizinhos dando-nos afetividade, amizade, paciência.

         Santifica nossos sonhos para que não nos desencantemos com tudo aquilo que está por vir.

         Santifica nosso trabalho para que sempre o realizemos com prazer e que traga abundância.

         Santifica as nossas crianças que nos encantam e nos renovam.

         Santifica nossos jovens com todo o seu entusiasmo e as suas incoerências.

         Santifica a nós adultos que muitas vezes nos achamos imutáveis e perfeitos. ”Donos do mundo”.

         Santifica aos nossos anciãos que, com suas experiências, sabem das coisas.

         Santifica as nossas tristezas, alegrias, frustrações, incertezas, tentativas, melancolias, buscas, correrias, ou muitas vezes nossa posição “encima do muro” ou mesmo quando nos alijamos, nos alienamos ou quando simplesmente ficamos alheios, entorpecidos em situações que exigem de nós toda a dedicação e envolvimento.

         Santifica os nossos momentos de tensão, angústias, ansiedades.

         Santifica os nossos momentos de lazer, desprendimento, tornando-nos mais leves e fluentes para Ti.

         Enfim Senhor, que consigamos ver sempre a Vossa face na face dos maltratados pela vida; os mais necessitados, andarilhos, aqueles que vivem de migalhas, abandonados, maltrapilhos, doentes, carentes.   E que tenhamos sempre a consciência do esplendor de Vossa face voltada para nós.                                                 AMÉM.            

 

 

 

DIA DOS NAMORADOS - "Se esta rua fosse minha"


                                               
     Imagine só o dia em que as ruas ou estradas forem totalmente asfaltadas, com meio fio, calçadas largas, antiderrapantes, niveladas e planas; ciclovias margeando-as.

     Buraco? Coisa do passado. Iluminação? De primeiro mundo.

     Sinalização perfeita, sem matagal ofuscando a visão; placas bem conservadas, sem pichação. Bueiros limpos e desobstruídos onde a água pluvial seja totalmente absorvida por uma canalização sem conexão com esgoto sanitário. Nada de esgoto a céu aberto.       

     Imagine esta rua sem terreno baldio tomado pelo lixo ou com casas abandonadas, mocós desabando ao léu e servindo de abrigo para passantes errante ou degustadores da “canabis” na penumbra da noite ou mesmo, na claridade do dia.

     Imagine o rio que porventura, cortar esta rua. Um rio com águas cristalinas; vida animal abundante, margens arborizadas, leito desassoreado.  Locais para pesca e lazer. Pontes, viadutos e passarelas de pedestres arquitetonicamente perfeitos, com toque artístico esmerado para regozijo dos olhos.

     Bela e interessante decoração marcando as distâncias de acordo com tema relacionado a história local ou algo específico. Respeito com as construções antigas e históricas mantidas em perfeito estado de conservação, preservação e restauração.

     Imagine o trato aos transeuntes. Total prioridade e o respeito à vida: condição máxima onde deficientes visuais, auditivos e cadeirantes contassem com uma estrutura perfeita de acessibilidade.  Onde os cadeirantes não sofressem o desconforto da dependência de outrem. Os deficientes visuais não trombassem em placas de propaganda, postes despojados no meio das calçadas. Ou o infortúnio de cacas de animais se instalando nas bengalas ou no solado dos sapatos.

     Imagine o usuário desta rua ou estrada. Um motorista ou motociclista educado com os transeuntes, calmo com os idosos, humanitário com os especiais, respeitador com as vagas prioritárias, atento às circunstâncias tanto com referência ao seu veículo como aos demais, conhecedor de todas as leis de transito. Solidário e humilde na hora das desavenças que porventura surgissem e principalmente: agindo sempre com amor ao seu próximo. 

     O que iríamos querer mais?

     Simplesmente:  “mandá-la ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante, só pro meu, só pro meu  amor passar.”

                                                                         FELIZ DIA DOS NAMORADOS

sexta-feira, 12 de abril de 2013

8 DE MARÇO - DIA INTERNACIONAL DA MULHER


       

      Mulher chora, se esvai em lágrimas.

      Mulher ri por coisas que homem não entende.

      Mulher passa baton, rímel, sombra nos olhos e

      blush nas bochechas para ficar bonita.

      Mulher se perfuma e muitas vezes,

      esse perfume é a sua referência.

      Mulher cozinha, limpa a casa, coruja os filhos,

      organiza tudo e as vezes se desorganiza

      mas está sempre recomeçando.     

      Mulher é ombro forte, é esteio, é decidida.

      Muitas vezes é mãe da mãe. Outras, mãe do pai.

      E assim conduz sua vida, sua rotina.

      Faz afagos, cafuné e com o rabo do olho

      sabe o que está acontecendo ao seu redor.

      Mulher externa seus sentimentos

      na busca de reciprocidade, ou contem

      toda a sua emoção como forma de preservação.

 

      Maria foi assim. Mulher doce, terna, dedicada.

      Generosa, forte e decidida e com calma, 

      disse o “SIM” para ser a mãe do Senhor,

      mesmo sabendo de todas as tribulações,

      conteve sua emoção pois sabia que

      uma “espada lhe transpassaria a alma”.

     Maria era firme na fé, no fervor.

     Tão firme que suas preces se nivelavam ao

     Altíssimo que a tornaram cheia de graça do Criador. 

     Tão sublime que recebe a visita de um anjo.

     Tão singela e pura que seu útero se torna com amor:

     A morada temporária do Redentor.

     Tão decidida, forte e corajosa,

     não titubeou diante do projeto de Deus.

     Entrando num período de gestação, mesmo

     correndo o risco de ser apedrejada pelos seus,

     assumiu inteiramente na sua condição de mulher

     Conceber o Filho de Deus.

     Tão paciente, abnegada e simples

     Maria é o modelo de mulher que na sua bravura

     Manteve a serenidade mesmo diante do Calvário.

     Mesmo na tristeza profunda, esteve sempre segura.

     Por aí vemos que Maria na sua fidelidade,

     Foi a MULHER que zelou por toda a humanidade.

 

 

terça-feira, 9 de abril de 2013

DIA DO TRABALHO


      O trabalho nos remete a Deus quando criou o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Se descansou, é porque trabalhou. Portanto o trabalho é coisa de Deus.
     Mas também reservou tarefas para o homem pois quando, ao criar a terra e viu que ainda não tinha nenhuma planta do campo, pois "não havia homem para que cultivasse o solo e fizesse subir da terra a água para regar a superfície do solo. Então Javé Deus modelou o homem com a argila do solo, soprou-lhe nas narinas um sopro de vida  e o homem tornou-se um ser vivente. Javé Deus tomou o homem e o colocou no jardim do Éden para que o cultivasse e guardasse." (Ex.2:5,7)
     Concluimos então que o cultivo e o cuidado com a terra foram as primeiras atividades às quais o homem ficou incumbido. Havia também a caça, a pesca, pois ao criar o homem Deus disse "encham e submetam a terra; dominem os peixes do mar, as aves do céu e todos os seres vivos que rastejam sobre a terra." Creio que a extração de minerais, a atividade aurífera bem como a lapidação de pedras preciosas se faziam presentes, uma vez que, de acordo com a citação de Ezequiel:  Estiveste no Éden, jardim de Deus; de toda a pedra preciosa era a tua cobertura: sardônia, topázio, diamante, turquesa, ônix, jaspe, safira, carbúnculo, esmeralda e ouro;(Ez. 28:13)   a presença de minerais  e pedras preciosas estavam lá para que o homem usufruisse dentro do  Projeto de Deus para a humanidade.
      Com o desrespeito à ordem de Deus para que o homem e sua companheira não comessem o fruto da árvore do bem e do mal, o trabalho aparece como uma maldição. Ao homem e a mulher foi dito: "Enquanto você viver, você dela" (da terra) "se alimentará com fadiga." "Você comerá seu pão com o suor do seu rosto."(Ex.3:17,19)
     Tentando imaginar a vida no jardim do Éden onde Deus passeava "a brisa do dia" e conversava com o homem e a mulher. Onde estes estavam nús mas não tinham vergonha. Onde a dor não existia. Onde a morte não existia. Onde não existia maldade, inveja, fadiga, mal estar, competição. Doença sofrimento, opressão, egoismo, miséria, desigualdade.
      Tudo era harmonioso. O homem com o compromisso de dominar e transformar o universo, participando da obra da criação. Multiplicando-se pois, ao criar o homem e a mulher Deus disse:"Sejam fecundos, multipliquem-se, encham e submetam a terra". Onde o trabalho sempre recebia a apreciação de Deus: " é bom ... muito bom".
     Transportemos esses dados para os dias atuais. Nós no jardim do Éden: a humanidade multiplicada, o trabalho acontecendo creio que modernizado pois a ordem era de que dominasse e transformasse. Deus sempre conversando conosco e apreciando o nosso trabalho pois estávamos em harmonia e mais ainda: uma população creio que já distribuida em outros planetas pois a vida é eterna. Quanto conhecimento. Quantas estratégias de trabalho. Deus nos orientando. Nos apreciando. Nos direcionando.
     Justiça? Não precisa porque não existe competição.
     Governantes?  Não precisa pois cada um é ciente de suas responsabilidades em um clima de fraternidade.
     Moeda? Dinheiro? Não precisa pois tudo está baseado na partilha.
     Classes sociais?  Não precisa pois não existe opressão, exploração, escravidão, pobreza, miséria.
     Relações sociais? em sincronismo: homens entre si e homens com a natureza.
     Síndromes? Estresse? Depressão? Insegurança? nada. "O que nos resta dizer? Se Deus está a nosso favor, quem estará contra nós?"(Rom. 8:31)
     Medo? Nada. "Não tenha medo, pois eu estou com você. Não precisa olhar com desconfiança, pois eu sou o seu Deus." (Is 41:10)
     E nós aí.Com tanta desordem, violência, corrupção, miséria, desigualdade social e tantos outros males.
     Resta-nos o consolo de que Deus na sua bondade infinita não se frustrou diante da desobediência do homem e que, mesmo diante de tantos desafios, muitos estão cumprindo com a sua ordem, trabalhando, desenvolvendo as atividades por Ele deixadas dentro dos padrões por Ele determinado que é o respeito, a justiça e a fraternidade. Que Êle nos proteja e ilumine sempre.     
                

quarta-feira, 20 de março de 2013

SER MÃE - "SEDE FECUNDOS E MULTIPLICAI-VOS"


                  

   A condição de ser mulher é algo maravilhoso, pois a dota de feminilidade e todos os sentimentos elevados a uma potencialidade máxima.

   A condição de mãe vai mais além. É a opção ou a decisão onde vai imperar a doação total. É uma vontade manifestada a partir da Criação quando Deus em uma explosão de amor, ao criar o homem e a mulher à sua imagem e semelhança disse: “Sede fecundos e multiplicai-vos”.

   A concepção é pois um ato verdadeiramente sagrado. João, no seu Evangelho consta: o nascimento do ser humano não resulta “nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.(Jo.1-12,13)

   E ainda: as preocupações de mãe com a sua prole, é um atestado da presença de Deus  em nossas vidas.

   Bem, vamos agora a fatos de nosso dia-a-dia em todos os lugares do planeta: a mulher sempre foi alvo de assédio, desrespeito, mentiras, promessas, violência e estupro; ou seja, atrocidades que muitas vezes resultaram em gravidez o que a tornou vulnerável, insegura e temerosa diante do acontecido. Seu corpo foi violado. Suas entranhas estão comprometidas não por um ato de amor, mas de terror. Sua fertilidade lhe pregou uma peça e agora o seu emocional está abalado. Estraçalhado. Como recolher os cacos do seu ser e levar a vida adiante com uma nova vida gerada nas trevas do horror descabido?

   Mesmo no amor, sua fertilidade outra vez lhe pregou outra peça: exames médicos comprovam a fecundação de um ser com uma anomalia rara do tipo anencéfalico, ou seja, aquele feto que é gerado com má formação do tubo neural ou sem o cérebro. O que fazer? Sabe-se que a saúde da mãe corre risco: pressão arterial alta, risco da perda do útero e em casos extremos, a morte da mulher.

   Aí entra toda uma polêmica onde o Supremo Tribunal Federal passou a votar uma lei de descriminalização do aborto neste caso, ou seja, permitindo o aborto desde que seja comprovada a situação de anencefalia.

   O grande motivo para tal impasse está voltado para a condição de sofrimento da mãe; de uma gravidez que está gerando apenas tristeza e sofrimento segundo eles.

   MARIA foi uma mãe que sofreu muito. Que padeceu muito. Amou, sabemos disso. Amou com tanta intensidade que não titubeou ao dizer sim a uma maternidade complicada de explicar em um tempo em que se apedrejava mãe solteira. Quando lhe foi apresentado o projeto de Deus para a vinda de Seu filho para a remissão dos pecados da humanidade através da morte na cruz, Maria, mesmo ao dizer o SIM concordando em ser a mãe de Nosso Senhor, já sabia de toda a  angústia que a afligiria. 

   Quando da apresentação de Jesus no templo após os quarenta dias de seu nascimento, a previsão transmitida por Simeão renovou outra vez a sua dor. A fuga para o Egito  devido a perseguição de Herodes, ainda em fase de seu resguardo em um tempo totalmente sem conforto algum. A ansiedade sentida quando do esquecimento de Jesus no templo, toda a via crucis do Calvário, a Crucificação e finalmente a sua deposição da Cruz onde, na imagem da PIETA, todo este sofrimento o artista tentou estampar.

   Que Maria interceda junto a Seu filho Jesus por todas as mulheres mães, vítimas de crueldade e em situações de sofrimento e angústia e lhes dê a força e a serenidade que Ela teve ao estar em pé aos pés da cruz com o coração dilacerado mas na certeza que a sua dor seria coroada pela Ressurreição.     

                                                             FELIZ DIA DAS MÃES                         

 

 

segunda-feira, 18 de março de 2013

Santa Clara Clareou

            11 DE AGOSTO – DIA DA TELEVISÃO E DA SUA PADROEIRA: SANTA CLARA

     Falou em televisão já se pensa nas novelas : Avenida Brasil, Cheias de Charme e outras mais que estão “bombando” no momento. Mas vamos nos reportar a uma que além rememorar a imigração italiana para o Brasil, se refere a terra onde nasceu, viveu e se tornou, juntamente com São Francisco,  a Santa poderosa  da cidade de Assis que foi canonizada pelo Papa Alexandre IV no ano de 1255.

    Santa Clara de Assis é considerada a protetora e padroeira da televisão porque um ano antes de sua morte, ela assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair de seu leito. O fato é atribuído às dificuldades de diversas naturezas, sendo uma de crucial importância que resultaria na destruição do mosteiro onde ela se encontrava como também no estupro e morte de todas as Irmãs da Ordem. Com bravura e fé, resistiu a tentativa de invasão do Convento pelos soldados maometanos que estavam em guerra contra o Papa. Clara que se encontrava doente, no leito pediu que fosse colocada diante da porta principal que estava fechada e mandou trazer o Ostensório de marfim com Jesus Sacramentado que estava na Igreja. Com o Ostensório na mão, e as monjas ao seu redor, rogou uma fervorosa súplica ao Senhor Deus pedindo que livrasse suas filhas da investida do maligno. Decorrido um pequeno espaço de tempo suas súplicas foram atendidas onde, com “uma voz de criança” o Menino Jesus lhe disse: -“Serei sempre o Seu Guarda”. Logo a seguir, ouviu-se o trotar dos cavalos que se retiravam do local.

      Quanto a novela, trata-se de uma trama cheia de amores e percalços que também colocou o IBOPE da TV Globo nas alturas: TERRA NOSTRA é a dita. Será que ele casa com ela?

     Mateo ama Juliana que perde Mateo para Rosana e se casa com Marco Antônio e mais tarde, volta para Mateo e Marco Antonio casa com Rosana que é irmã de Angélica que queria casar com Cristo mas acaba casando com o Dr. Augusto  que também vivia com Paola  que fica com Francesco, marido de Janete que está de olho no cocheiro  branco mas, arrastou asas para Gumercindo que no tempo da escravidão dormiu com a nega Naná, mas é casado com Maria do Socorro.

     Socorro, é isso que assistimos como forma de entretenimento a partir das 21hs.15min. e nos deleitamos  pois a trama é mais um dramalhão que, segundo o enredo se passa nos fins do século XIX em um Brasil escravista.

     Os dramas vivenciados nas novelas; não importando o cenário, a época, o pano de fundo usado como: economia , ambiente rural ou urbano;  sempre têm artistas, peso pesado encarnando o par romântico, centro das atenções. A heroína na pele de uma Cinderela “esfarrapada”, isolada em uma prisão de autocompaixão. O galã por sua vez, torna-se sapo durante longo período, fica a espreita, observando o que acontece a sua volta. Como ele é prudente, sabe esperar.

     Haja imaginação para o telespectador pois no final as coisas acontecem rapidamente , encerrando mais uma novela  onde todos vão viver felizes para sempre.         

Corpus Christi


                                  

SENHOR, eu comunguei. Foi uma comunhão especial onde, convidada pelo sacerdote a me servir da Hóstia Consagrada que é o Seu Corpo e molhá-la no vinho que é o Seu Sangue, eu comunguei.

Comunguei Convosco, mesmo sabendo que julguei o meu semelhante, que fui orgulhosa, intolerante, rompante, impaciente, omissa.

Comunguei Senhor porque preciso da energia que a Sua Hóstia me passa. Aquela energia que revigora, vitaliza, que inova, que impulsiona nas horas de agonia, de tristezas, incertezas.

Comunguei Senhor porque preciso da força que emana de Vós no meu ser. Aquela força que me acode nas horas de fraqueza, de medo e de situações conflitantes.

Preciso Senhor da paz que sinto quando após comungar, recolhida no meu refletir, ao abrir meu coração, ponho para fora todas as agruras que o dilaceram, o oprimem.     

Aquela paz que me faz sentir próxima de TÌ quando, ao questionar e apresentar o meu caminho percorrido a Vós, vejo as minhas pegadas as vezes mais profundas na areia devido a carga de descontentamento, protestos e tristezas provocadas pelas situações do dia-a-dia.

Aquela paz que consola quando sinto os espinhos que teimam em ferir e cutucar os meus pés e me deixar exposta às angústias, raivas e ansiedades.

Preciso sempre comungar Senhor pois a minha fragilidade me impõe que eu sempre renove as minhas forças que se esvaem como a areia na tempestade do deserto tornando o meu ser árido e tempestuoso.

Ao comungar me sinto revitalizada plenamente na Vossa complacência. Amém.                        

                          

                     http://cronicasdamargarida.blogspot.com/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Nossa Senhora de Guadalupe

                                         
     Virgem Morena pois possui as feições mestiça do povo latino; Patrona das Américas, denominação dada pelo Papa João Paulo II; “Senhora do Céu” – como foi chamada pelo índio  Juan Diego em suas aparições e finalmente: “Aquela que esmaga a Serpente”, como Ela mesmo se denominou ao índio devoto na sua língua nativa, nas aparições em Tepeyac, em uma montanha a noroeste da cidade do México em 1531.

     Provavelmente esta denominação se referia ao costume anual do povo azteca de oferecerem em sacrifício milhares de pessoas geralmente cativas a seus deuses na maioria das vezes em forma de serpente, sempre sedentos de sangue. Certamente, Nossa Senhora esmagou a serpente e milhares de nativos foram convertidos ao Cristianismo. 

     Foram necessárias quatro aparições a Juanito – como Ela se referia a ele – para que a igreja atendesse o pedido.  Instruído a dizer ao bispo Frei Juan de Zamarraga, da necessidade de se construir um Santuário para honra e glória de Deus naquela região tão carente.

     Na quarta aparição, quando o índio estava a procura de um sacerdote para a unção de seu tio que se encontrava gravemente enfermo, Nossa Senhora, lhe encarrega de levar para o Bispo a “prova” que este lhe havia pedido e, Juan Diego se prostra falando sobre a sua preocupação com o seu enfermo. Consolado, ele é incentivado a colher rosas no penhasco onde o frio era intenso e a época não era propícia para tal. Mas mesmo assim as rosas estavam lá, exuberantes. Elas foram acomodadas cuidadosamente em sua “tilma”- espécie de manto grosseiro feito de fibras a partir do cacto – e deveriam ser depositadas somente na presença do Bispo. Ao desenrolar o manto, as flores se espalham e eis que na “tilma” está estampada a imagem da Virgem Santíssima com todo o seu esplendor. Os presentes ficam estupefatos e, a partir daí a Virgem de Guadalupe passa a ser venerada. Ao retornar, o índio toma conhecimento do restabelecimento da saúde de seu tio.

     Os maiores milagres se encontram no próprio manto confeccionado com tecido de pouca qualidade. A “tilma” em questão não mostra nenhum sinal de desgaste depois de 480 anos. Para a coloração não existe explicação em termos da tinta e do método de pintura utilizado. Mesmo o ácido derrubado acidentalmente no manto, o prejudicou. As estrelas estampadas no manto retratam as constelações do céu da cidade do México na época; a lua aos pés da Santa está na fase minguante como se encontrava no dia da aparição. Nos olhos da Virgem, após apurados estudos de ampliações feitos por cientistas renomados, estão refletidos as imagens das pessoas que se encontravam no momento em que ao manto foi desenrolado: o índio Juan Diego, o interprete e o Bispo, retratados na retina de forma impossível de se fazer por mãos humanas. Outro fator que chama a atenção: se as estrelas no manto forem transformadas em notas musicais na forma em que elas se encontram posicionadas, resultarão em uma harmoniosa música que é considerada a melodia do universo. 

    Anualmente, Ela é visitada por 10 milhões de fiéis, fazendo a sua Basílica no México o Santuário Católico mais popular do mundo depois do Vaticano.

    “NOSSA SENHORA DE GUADALUPE, ROGAI E INTERCEDEIS POR NÓS.”
        

Nossa Senhora do Bom Sucesso


    Eis a nossa padroeira.

   Sua procedência remonta ao continente europeu de forma não muito clara.

   Um mesmo autor Frei Agostinho de Santa Maria em sua obra relata duas origens do seu surgimento em uma época onde estavam ocorrendo perseguições religiosas feitas pelos luteranos, calvinistas e outros protestantes aos católicos.

     Na primeira invocação, trata-se de uma situação específica quando um peregrino presenteia a Condessa D. Eyria de Brito em 1629 com uma imagem que passa a ser venerada com o título do Bom Sucesso por revelação que teve uma religiosa abrigada em seu convento junto com outras freiras em fuga da Irlanda devido a perseguições dos hereges.

      Outra situação encontrada na obra se refere ao achado de uma imagem escondida na fresta de uma parede da sacristia de um hospital em Lisboa.  Sua devoção estava fortemente ligada à morte feliz.

    A Companhia de Jesus, Ordem dos Padres Jesuítas tem uma participação chave na veneração a Nossa Senhora do Bom Sucesso. O padre Inácio Mascarenhas, após o achado da imagem, funda a Irmandade de  Nossa Senhora do Bom Sucesso dos Agonizantes e de Cristo Crucificado.

     Foram eles, os padres jesuítas que se encarregaram de trazer a devoção para o Brasil. Isso aconteceu inicialmente no Rio de Janeiro, Depois em São Paulo onde fundaram o Colégio de São Paulo, embrião da maior cidade brasileira.

     Em Minas Gerais, devido a atuação dos bandeirantes paulistas na atividade mineira, a Santa passa a ser a “padroeira de felicidades terrenas” e a sua devoção passa a ser em busca do bom sucesso nos negócios particulares.

    Em termos de mundo, no final do século XVI e início do XVII, Nossa Senhora previu no Equador, mediante uma série de aparições a Madre Maria de Jesus Torres, catástrofes espirituais e materiais para o século XX.

     Também ordenou que mandasse esculpir uma imagem sob a invocação de Nossa Senhora do Bom Sucesso.

     A própria Nossa Senhora indica o escultor na pessoa do Senhor Francisco Del Castilho que, ao termina-la, declarou que faltava a ultima demão de pintura. Ao voltar com o material deparou com a imagem milagrosamente acabada. Os traços tornaram-se mais suaves e a sua fisionomia celestial. Estupefato ele declara: “ –Madre ! esta imagem não é obra minha, mas angélica”.

São Francisco e os três Arcanjos haviam refeito a imagem sob os olhos da própria madre.

    A história de nossa cidade cita que é bem provável que a nossa padroeira tivesse presidido as solenidades religiosas de criação da “Vila.”

    ...“todavia podemos assegurar que Ela já espargia a benção celestial ao seu povo que sempre a venerou com muito ardor, desde o ano de 1777” como declara o nosso historiador Joaquim da Silva Mafra.

 

                                                                                

domingo, 10 de março de 2013

TEMPO DE PASCOA


                                                

Sempre que novos tempos se aproximam, esperamos grandes transformações, mudanças e efeitos milagrosos  que venham minimizar todos os infortúnios que marcam os nossos dias.

Nos tempos descritos pelo Velho Testamento, Deus respondia  às situações de seu povo. Desde a desobediência  de Adão e Eva e a conseqüente expulsão do Paraíso, avisos eram feitos, conselhos eram dados  e situações divinas eram criadas para resguardar o Seu povo dos castigos que estavam por vir. O Dilúvio; destruição de Sodoma e Gomorra; as  dez pragas do Egito. Aliança com Abrãao, Isaac e Jacó  onde Deus manifesta a sua identidade dentro do processo de formação de Seu povo. Manifestações divinas a Moisés como a sarça que queimava sem se consumir e a abertura do Mar Vermelho  para a passagem dos israelitas em fuga do Egito para a Terra Prometida. Trombetas que ecoaram no céu quando   do encontro de Moisés com Deus para a entrega da Tábua dos  Dez Mandamentos no Monte Sinai.

Já mais adiante, no Novo Testamento, anjos anunciam a José e Maria a vinda de Jesus Cristo, filho de Deus. A manifestação do Espírito Santo em forma de línguas de fogo aos apóstolos.

Todo este enunciado acontece devido a aliança deste povo com Deus onde a grande prioridade está em ”considerar só Deus como o Absoluto para que as relações entre as pessoas possam ser fraternas  e ter como centro a liberdade, a dignidade e a vida”.

E hoje, nos novos tempos em pleno ano 5 do terceiro milênio,  o que priorizamos?

 Justamente são as prioridades  dos novos tempos  as causas das mazelas, e fontes inesgotáveis  de tragédia, sofrimento e morte.

“Nações se abatem pela loucura de seus governantes”, pois os valores políticos  que deveriam nortear toda uma estrutura baseada  na ordem, moralidade e na justiça, descambam  num poço de lama  onde “chafurdam” todos estes valores.

Povos se reduzem  disputando riquezas  onde os valores econômicos estão em: “quem pode, pode; quem não pode se sacode”. E como tem gente se sacudindo.

Pessoas se aniquilam diante dos valores sociais, pois o que vigora é: “quem pode mais, chora menos”.

Jovens se anulam e famílias se estraçalham diante do poder das drogas.

Valores culturais se mesclam pois povos rechaçam o poder a paus e pedras com outros avançados em tecnologia. Estes valores se tornam obscuros pois grande parte não têm acesso a cultura, sendo totalmente lesados  nos seus direitos a cidadania  e manipulados por seus governantes de acordo com os interesses vigentes.

Endeusamos a comodidade, o consumo,  o prazer, o luxo, a posse, a beleza, a riqueza, o poder, certos hábitos e costumes e nos recolhemos dentro de nós mesmos como se nos bastássemos. Não nos conscientizamos de nossa fragilidade. “Nos enxergamos como heróis do universo”.   

  “Guarda-me, Deus, pois eu me abrigo em Ti. Os deuses e senhores da terra  não me satisfazem. Eles multiplicam as estátuas de deuses estranhos. Tu me ensinarás  o caminho da vida, cheio de alegria em tua presença, e de delícias a tua direita para sempre”.(Salmo 16-3,4,.11).

  Passemos outra vez a “considerar Deus Pai e Deus Filho para que as relações entre as pessoas  possam ser fraternas  e ter como centro a liberdade e a vida” nestes novos tempos, em pleno ano 5, aurora do Terceiro Milênio neste momento em que vivenciamos a Páscoa que é tempo de libertação, amor e vida.

“Eis que Eu estarei com vocês todos os dias até o fim do mundo.”( Mt 28,20)

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sexta-feira, 8 de março de 2013

FESTA DA VIDA E DA PÁSCOA



   Imagine uma grande festa. Um cenário todo decorado com os mínimos detalhes sendo priorizado. Tudo é milimétricamente planejado, organizado, idealizado para fazer feliz alguém que você ama e que será o centro desta festa.
   Pode ser  uma festa de 15 anos, debutantes, casamento, Bodas. Enfim, uma motivação que serve como mola propulsora voltada para o deslumbre, para algo cujo objetivo é marcar por toda uma vida. Ficar na lembrança como  algo maravilhoso.
   Um teto todo iluminado.Paredes decoradas com o tema escolhido. Personagens da decoração em uníssono com os trajes; candelabros, pratarias, cristais. Cardápio idealizado com antecedência; orquestra para que todos se divirtam ao som de afinadas canções do mais puro requinte.
  Bebidas de todos os tipos onde o que se preza e a euforia e a animação. De certa altura em diante, a bebida torna uns alegres demais; outros quietos demais. Alguns exaltados, outros afoitos e desinibidos.  Aqueles que passam para o assédio desenfreado, outros para a agressão; enfim a confusão se instala e o que era para ser pura alegria termina em frustação.
   A Criação é uma festa para a vida.
   A luz se instalando se sobrepondo as trevas.  As estrelas tornando o teto da grandiosa festa algo magnífico. Luzeiros para marcar os dias e as noites. Por aí concluimos que esta festa não tem data para terminar.
   Águas cristalinas brotando de fontes com abundância de vida em uma dança sincronizada onde seres imensos dividem espaço com seres menores.
   Água doce nos rios, lagos e lagoas também fervilhando de vida.
   Abundância de vegetais com os mais variados tamanhos desde os rasteiros como as gramíneas, até árvores imensas. Cada uma com vida animal fazendo festa com ruídos específicos de cada espécie.
   E as flores? As cores ressaltando em várias tonalidades onde pétalas macias, com formas variadas competem com a pluralidade de folhas. Desde as mais lizas e claras, até as mais enrugadas, com ferpas e acolchoadas com tons escuros e amarronzados.
   No céu, pássaros de toda espécie. Seres alados que planando, se encarregam de dar o detalhe à grandiosa decoração do espaço. Nada amarrado. Nada pendurado. Nada engaiolado. Tudo livre, solto em comemoração a vida que se instala e é festejada.
   Na relva, pequenas criaturas, algumas rápidas, outras ágeis alçando voos; outras mais lentas.  Também aquelas que se arrastam sobre o próprio corpo; outras saltitando numa dança não ensaiada mas perfeita na sua coreografia.
   E finalmente o grande homenageado. Aquele que foi criado a imagem e semelhança de seu Criador. Aquele que pensa, que sorri, que ama, que afaga. Que pondera, que divide, que compartilha. Que se comunica  e que recebeu todo o domínio para tudo que o cerca. E a festa da vida está plena.
   A música harmoniosa da criação está perfeita. O vento rossando a relva no seu entoar melodioso.  Os pássaros com seus cantos distintos; os animais com seu vozerio inquieto e traquino; as águas com as leves marolas e as ondas pesadas no seu ribombar se espalhando na areia num epocar de espumas.
   Os insetos num alvoroço de sons que irradiam as enúmeras atividades desempenhadas. Desde o chiar das cigarras até o zumbir das abelhas beijando as flores, retirando assim o seu  néctar competindo com o beija-flor, na sua dança estática farfalhando frenéticamente suas asas para, em seguida alçar voo rápido em direção as outra flores num cenário multicolorido. 
   As árvores  zoando ao vento, o respingar da chuva  em suas  folhas, tornando-as douradas pois o refletir da luz do sol se encarrega do efeito resplendoroso.
   De repente parece que algo distoa no cenário. Um ruido e toda a melodia se torna desconexa. O que está acontecendo nesta festa organizada para ser perfeita? Barulho de machado, de moto- serra. Em seguida árvores que tombam abrindo verdadeiras feridas na mata. Tiros de armas de fogo que ferem, matam e mutilam. Barulho de explsivos que abrem crateras no solo em busca de pedras preciosas; metais preciosos. Chumbo jogado nos rios para separar o ouro do cascalho. Esgoto, sujeira, lixo, espumas poluentes; tudo descambando em direção aos rios tornando-os escuros, mortos e fedidos.
   E o ar? Fumaça que saem dos escapamentos dos carros; fumaça que sem das chaminés das fábricas; fumaça da degradação das florestas. Enfim, é uma fumaceira só e coitado do ar: torna-se irrespirável.
   Os pássaros que antes voavam soltos agora estão engaiolados, trancafiados e seu canto já não tem a melodia da liberdade. Muitos animais abatidos pela busca desenfreada de: não sei o que. Enfim, tudo foi pro beleléu, como se diz.
   O festejado perdeu a noção de sua importância e do seu lugar de protagonista da festa. Confundiu quando lhe disseram que podia dominar sobre tudo. Dominar, mas não destruir tudo.
   Resta-lhe reconhecer que se embriagou na grande festa. Não da fonte da vida que é o amor do Criador mas da fonte da morte que é o orgulho, a prepotência e a sede de poder. Um poder destrutivo, avassalador que corrompe, distorce, compromete sua própria existência.
   Nova festa se aproxima. É a FESTA DA PÁSCOA. Festa da mudança, da transformação. Festa do amor e do perdão.
   Eis aí a grande chance de pedir perdão ao Criador pois Ele que está com os braços abertos para nos abraçar. Pedir uma vida nova cheia de amor. FELIZ PÁSCOA                    
  

quarta-feira, 6 de março de 2013

TRIBUTO A UM GUARATUBANO


   Pessoas que se tornam folclóricas, são personagens constantes em todos os lugares. Elas deixam marcas pelas características peculiares de displicência, insensatez, excentricidade e, muitas vezes escabrosidades.
   Uma destas figuras que marcou popularidade pela sua irrevência, foi o inesquecível Lionço Jaques. Este, muito trabalhou em lanchas que transportavam cacheta dos confins da baía para o pequeno trapiche de Guaratuba, enquanto era sadio, novo e forte.
   Dotado de desiquilíbrio mental, além de gostar de uma "caninha", sempre estava as voltas, aprontando alguma. São ou bêbado, era atiçado por todos como "Lancha Velha", apelido do qual ele tinha ogiriza. Sua reação era imediata. Saía xingando em altos brados, jamais se preocupando com os impropérios proclamado aos berros; comportamento que despertava mais ainda a intenção da provocação tanto por parte de adultos como de crianças que se encontravam por perto.
   Suas galhofas eram tão comprometedoras que mesmo as pessoas  que estavam simplesmente passando pelo local da ocorrência, levavam as sobras, sujeitando-se a ouvir os mais terríveis palavrões.   
   O Lionço despertava o carinho nas pessoas quando ria e fazia brincadeiras inocentes ou quando cantava, sonorizando  a propria canção com a mão fechada ritimando  ao peito. A música tão repetida comunicava a proximidade da Festa do Divino, exaltando-a como um evento muito grande.
    Despertando escárnio quando bêbado, pedindo comida nas portas e exigindo o que queria comer. Se não fosse atendido: sai de baixo. Jogava tudo e saia fazendo o maior escândalo.
    Provocando risos e chamando a atenção quando, de posse de um molho de chave pendurado no bolso, andava nas ruas dirigindo seu carro invisível, um "Ford" como ele dizia e parando os transeuntes com a sua sinalização de guarda de trânsito.
   Provocando a indiferença quando na sarjeta, pés enrolados em panos sujos o que veio a lhe criar grandes trantornos. Imagine que um cabeça ruim, ou vários, sei lá, se deram ao prazer mórbido  de jogar alcool em seus pés e colocar fogo. Se as coisas já não eram fáceis, imagine a partir daí.
   Nos últimos anos, já velho e doente pela vida ao relento, andava triste; não aprontava tanto escarcéu com as pessoas  que propositadamente o provocavam só para assistir os escândalos do pobre Lionço de linguajar forte e baixo, mas que também não era de ferro e não levava desaforo para casa..

ANO ZERO


    A chegada do ano 2000 causou muita expectativa em relação ao que estaria por vir.
    Falou-se em fim de mundo: os fanáticos do bug do milênio, a previsão do Calendário Maia.  Falou-se em "reveillons" fantásticos: as socialites, os empresários e administradores de cidades turísticas; enfim, passamos último ano do milênio em suspense; rezando para que Deus nos desse vida para vermos todo esse agito que marcaria a estaca zero de uma nova era.
   Deu-se a virada e...continuamos aqui. Como diz a propaganda do Fusca 2013 apresentado nos anos 60 quando a moça pergunta: -  "Ano 2013? Mas o mundo não acabou?"
   Não, o mundo não acabou. O bug do milênio foi só um susto. E o "reveillon"... Paris, cidade-luz que fez propaganda internacional foi varrida por um temporal. O blecaute foi inevitável e a cidade passou a virada na escuridão.
   Chuva em todo o planeta deram o toque de refresco a um evento que tomava proporções avantajadas. O carnaval deu  mostra de seios recheados de silicone.
   A festa dos 500 anos do Brasil - "fiasco via satélite"- onde o índio recebeu pancada; a caravela do Ministro não funcionou  e o MST se rebelou.
   Foi uma simples virada de calendário com as mesmas polêmicas:  CPI disso, daquilo; escândalos políticos em famílias famosas, Caso Color e Caso Pitta.
   Inundações devido as chuvas em abundância e lixo exagerado que não permite o seu escoamento. Mortandade de peixes devido a poluição desenfreada das águas provocadas pela caca de uma população esnobe; o derramamento de óleo onde manguezais, flora e fauna de toda uma orla foi atingida e depois, simplesmente pediram desculpas pela destruição  generalizada.
   Esperamos algo mágico deste novo milênio. Por mais que pareça algo puro, ingênuo, simples ou puro glichê, mas vale a pena repetir o que afirmavam os hippies dos anos 60: Paz e Amor para a humanidade.