"CADA COUSA EM SEU LUGAR POUPA TEMPO E MUITO FALAR." Um pano de parede, acabamento em debrum com tecido xadrez branco e azul. O seu tema bordado em ponto cruz, em fio também azul, fundo meio creme, onde xícaras estão dispostas cuidadosamente sobre os pires, bule de porcelana e açucareiro, ou seja, um aparelho para chá, passando uma idéia de zelo, ordem, capricho e muita organização. E a frase estava lá. Servindo de reforçO para toda aquela idéia.
A visão desta mensagem foi uma constante em minha infância pois este pano ficou estampado como decoração na cozinha de nossa casa durante muito tempo, enquanto durou é claro.
Foi algo que minha mente de criança fotografou e para mim ele era extraordinariamente bonito. Achava aquela frase especial. Só não entendia por que "cousa" ao invés de "coisa". Sei lá, fino requinte, deve ser.
Mas por que este palavrório a respeito de uma recordação de infância?
Culpa leitores. Pura culpa.
Ao contrário da imagem guardada e do ensinamento passado, não sou uma pessoa muito organizada, confesso.
Mas mesmo assim eu pergunto: temos que ser seres robotizados onde tudo é feito coordenadamente, sem deslize, com perfeição total?
O retrato de cada um está no toque especial que nos diferencia um do outro. Que nos leva a analisar as situações e trazer à tona "mea culpas" que nos fazem mergulhar dentro de nós mesmos em busca do grande tesouro no íntimo de nosso ser que é a nossa consciência.
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