terça-feira, 31 de julho de 2012

PORTAIS DA FESTA DO DIVINO

      Entende-se como portal uma passagem que leva a uma outra situação como por exemplo: na pré-história o homem primitivo usava as cavernas como portais para a comunicação com o sobrenatural, ou seja, ritual para uma caça abundante, ritual para cultuar seus deuses, para reverenciar seus mortos e outros rituais mais. Nossos corações são portais para a nossa comunicação com Deus. Ou então, entende-se como portal como uma entrada principal.
      Dentro deste conceito, vamos ao Portal da Festa do Divino.
      Este sempre foi um dos itens na programação da festa do Divino principalmente quando houve a expansão da festa, a trinta anos atrás.
      Já tivemos portais de madeirite recortado formando a Igreja Centenária. Já tivemos o símbolo do Divino recortado, pintado, esculpido de diversas maneiras dependendo do logotipo da festa. Já tivemos portais de lona retratando o entardecer na baía e o seu reaproveitamento no ano posterior, incluindo-se apenas a atualização do lema e o ano de realização. Já tivemos portais retratando fotos ampliadas de festeiros dando as boas vindas aos visitantes; fotos ampliadas homenagendo os foliões,  enfim um esmero nos portais a cada ano que passa. Sempre, verdadeiros artistas se sobressaíram principalmente na época do madeirite onde havia a pintura retratando aquilo a que se queria reverenciar.
      Este ano tivemos a a mídia presente em um portal tecnológico que iluminou a avenida principal sentido praia. Difundiu a mensagem de apoio e patrocínio das empresas ligadas a festa de uma maneira exuberante, criativa e ampliada o que antes ocorria através de baneres e faixas.
      Dentre as várias inovações que ocorreram neste ano tais como: inclusão das comunidades nas atividades dentro da união paroquial; mudança no comando no concurso de cinderela; inclusão de máquinas tecnológicas no comando dos caixas entre outras, o Portal de Led's teve um brilho a mais. Parabéns aos organizadores da Festa do Divino. Realmente o esmero compensou: a Festa estava uma jóia.
     De alguma maneira estes portais sempre deram passagem para se cultuar o Divino Espírito Santo e a Santíssima Trindade de maneira intensa e fervorosa pelos fiéis que o transpuseram para os reverenciar nas novenas, procissões e missas durante todos esses anos. Também para aqueles que vão simplesmente confraternizar nos espaços de alimentação e para aqueles que comparecem somente mais tarde para usufruir dos shows e das apresentações.
     Na verdade, toda a programação que compõem a festa se torna uma forma de benção dos Homenageados aos seus fiéis, devotos, visitantes ou simplesmente curiosos que dela participam desde que seja feito com respeito, carinho e alegria. Enfim uma graça recebida por nossa cidade a cada festa realizada.
                                                            Que a luz do Divino nos ilumine.     

ORIGENS DA FESTA DO DIVINO

Analisamos os três aspectos:

1- LENDA DO DIVINO ESPÍRITO SANTO - um velho pescador viu-se alta madrugada sem rumo, envolto pela cerração marítima. Remava na esperança de atingir a terra firme, mas esta parecia fugir, a medida que  avançava para o mar alto. No seu desespero, rogou ao Divino Espírito Santo que o guiasse. Surpreso, avistou ao longe um sinal luminoso. Cansado, tratou de seguir a direção da luz.
     Com o alvorecer, pode distinguir alguns rochedos e com mais algumas remadas, sua embarcação já roçava em baixios de areia. A pouca distância viu uma caixa. Ao tocar o fecho um tanto oxidado pelo sal do mar; veio a surpresa: uma pomba dourada - simbolo do Divino Espírito Santo.
      Ao correr os olhos pelo ambiente, percebeu que já haviam passados oito dias. Observou então que se achava nas proximidades da Vila de Guaratuba, a muitas milhas de afastamento de seu rancho praiano. Rumou então para a vila onde já circulava a notícia do miraculoso achado.
      "Era preciso, diziam,  lavá-lo em águas sem impurezas" o que foi feito na fonte do Itororó, hoje fonte da Santa.
2- A Festa do Divino, - cronistas e historiadores  religiosos destacam o ano de 1336 como sendo o ano em que o culto popular do Divino Espírito Santo foi introduzido no ano liturgico da Igreja por iniciativa da Rainha Isabel, com o patrocínio do Rei Dinis, reis católicos da União Ibérica - Portugal e Espanha.
     A origem da Festa de Pentecostes, chamada popularmente de Festa do Divino, como se conhece hoje, vem de Portugal no séc. XIV com uma celebração estabelecida pela Rainha Isabel  (1271-1326) canonizada com o nome de Santa Isabel - Rainha de Portugal conhecida pela sua extrema caridade, quando mandou construir  uma igreja dedicada ao Espírito Santo na cidade de Alencar. Para a inauguração dessa Igreja, toda a Corte foi convidada e as ruas se enfeitaram para receber o cortejo real. A devoção se difundiu  rapídamente e tornou-se uma das mais populares de Portugal.
     Essa festa chegou ao Brasil com os primeiros povoadores portugueses e por seus folguedos se espalhou com facilidade por todas as regiões brasileiras.
3- Ação Apostólica da Igreja - A presença do Espírito Santo é notada  desde o memorável dia que era o primeiro da semana em que o Cristo ressuscitado, pondo-se no meio do grupo dos Apóstolos, soprou sobre eles dizendo-lhes: "Recebei o Espírito Santo, aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem retiverdes, ser-lhes-ão retidos."(Jo. 20 - 22.23)
     Na Bíblia Sagrada encontramos mais de uma centena de referências e relatos que atentam a presença e a ação do Espírito Santo na história da salvação, sendo que o maior número encontramos no Novo Testamento.
     Desde os primórdios da Igreja, a ação do Espírito Santo tem sido notada na doutrina, nas obras de caridade e na vida do cristão consciente de suas responsabilidades de fé.
     As formas adotadas para homenagear a terceira pessoa da Santíssima Trindade são muitas. Mas o que mais chama a atenção e comove é a devoção popular à Bandeira do Divino.    
      
             
    

segunda-feira, 30 de julho de 2012

FESTA DO DIVINO 2006 - realização: 14 a 23 de julho.

            No ano de 2006, os festeiros: Margarida e Henrique organizaram um projeto para a elaboração da festa uma vez que todo festeiro quando recebe a incumbência treme nas bases e, mesmo tendo vivenciado a concretude do evento, quando chega a sua vez a primeira pergunta é: Por onde que nós começamos? E esse foi o nosso impasse: por onde começar? Como envolver os ex-casais festeiros? Enfim, dar o primeiro passo. A arrancada para a elaboração do evento.
           Elaborar um projeto foi o passo inicial. Com ele embaixo do braço, visitamos todos os ex-casais festeiros e na reunião, pedimos que já se organizassem para se integrar na atividade onde melhor se identificassem e que gostariam de comandar.
          No final tudo muda mais valeu a arrancada O dito projeto se desenvolveu da seguinte maneira:
                      PROJETO - ORGANIZAÇÃO E REALIZAÇÃO DA FESTA DO DIVINO 2006
                                      "O ESPÍRITO SANTO - FONTE DA COMUNIDADE"

APRESENTAÇÃO - Evento considerado como uma das maiores festas popular/religiosa  do sul do país. A "Festa do Divino Espirito Santo e da Santíssima Trindade" é um acontecimento que se realiza na cidade de Guaratuba-Pr. e tem a duração de dez dias entremeados no mês de julho, sendo a sua data determinada pelo Calendário Escolar em observação às férias. Com programação intensa, a festa é organizada pelo Casal  Festeiro Mor com apoio total da Paróquia, comunidade, Governo do Estado, Prefeitura Municipal, trabalho voluntáriado e inúmeros colaboradores.

 OBJETIVO GERAL: - tendo em vista o envolvimento espiritual como base sólida de todo o evento, consideramos os três aspectos:
Religiosidade - resgate da fé através da conscientização de que a Festa do Divino  por ser um louvor e celebração popular é manifestação de Nosso Pai através do Divino Espírito Santo;
Financeiro - arrecadação de fundos para a continuidade da construção da Igreja Matriz;
Cultural - manifestação da tradição e dos costumes da comunidade.

JUSTIFICATIVA DA META FINANCEIRA - Guaratuba -  possui a Igreja Matriz construída em 1768 e tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional. Essa casa de orações passou a não mais comportar a população crescente de nossa cidade e viu-se necessário transformar o Salão Paroquial numa Igreja que, por sua vez também não supriu as necessidades de acolher tanto a comunidade guaratubana como nossos visitantes nas temporadas pois sua capacidade era para apenas duzentas pessoas sentadas.
        Com capacidade para oitocentas pessoas, a nova Igreja Matriz está sendo construída em dois pavimentos, onde no pavimento inferior será elaborado o salão de catequese, reuniões, cozinha, banheiros etc. e na parte superior a casa de orações. No momento, como os recursos estão parcos, a prioridade está na manutenção devido a infiltrações, umidade, apodrecimento de madeirames e outros problemas que surgem com o decorrer do tempo.

FORMATO - Em um amplo espaço histórico da cidade, centrado pela Igreja Centenária, a festa reúne milhares de pessoas de diversas cidades motivadas pela programação religiosa e festiva com shows, bingos, barracas típicas,  e de entretenimento  dando ênfase aos valores locais.
          Este evento é considerado um símbolo de fé e momento de união da comunidade, visitantes e turistas numa mistura de religiosidade, responsabilidade, lazer e descontração. Podemos considerar também como uma tentativa de resgatar esta cultura que vem se mantendo a mais de trezentos anos.

CONCLUSÃO - os dez dias de festa são inebriantes e as atividades correm com o comprometimento da sociedade guaratubana. A força deste movimento espiritual, religioso, folclórico, cultural, e tradicional que é a festa do Divino Espírito Santo e da Santíssima Trindade transforma a cidade numa grande família imbuida na união pela fé e amor ao Divino Espírito Santo; no esforço em atingir a meta financeira proposta que é a construção da Igreja Matriz e na preservação da tradição que é a fonte de sabedoria e poder na sociedade.

Hoje, depois do término da festa de 2012, analisando e comparando os eventos, observo que muita coisa mudou no planejamento e na concretização da festa. Que bom que foi sempre para melhor. A estrutura foi terceirizada em troca do aluguel dos espaços inerentes a festa, ou seja, se entra na festa sem dívida o que não ocorria antes. Outro fator que considero crucial foi o envolvimento das comunidades paroquiais, cada qual conciente de que fazemos parte de um todo que é a Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, iluminados pela luz do Divino Espírito Santo e ainda cada qual fortalecida pelo Santo Padroeiro. 
    
                          

"ILUMINADOS PELA FÉ,."..FESTA DO DIVINO 2012




                O título desta crônica é para nós o tema da Festa do Divino 2012.
       A FÉ sempre foi o fator crucial dos devotos do Divino que em comunhão na crença, fortalecem a comunidade e praticam a solidariedade desde os primórdios de nossa história.  Também, foi esta FÉ que sempre povoou a mente de todas as pessoas onde, de uma maneira ou de outra fizeram os seus pedidos a fim serem atendidos nas suas necessidades e carências.
      Outrora, a festa era um acontecimento diminuto socialmente e financeiramente mas, fervilhava de espiritualidade e FÉ, uma vez que os Devotos do Divino a esperavam ansiosamente.
       Inicialmente a expectativa estava na visita dos foliões do Divino. O trabalho  pesado e imprescindível era colocado de lado, não importando o que quer que estivesse sendo feito: plantio, manutenção ou colheita na roça que podia ser de mandioca, milho, arroz ou outro produto produzido em nossos sítios; ou trabalho nas “casas de farinha” ou até mesmo uma derrubada de mata para a criação de uma nova roça; todo o trabalho era interrompido quando se ouvia o toque do tambor anunciando a chegada das Bandeiras  e convidando para a festa. 
      Eram momentos de muita devoção e louvor e até de certa antecipação da festa. Os sitiantes providenciavam comidas e bebidas para os foliões que eram recebidos com muita alegria. Eles eram convidados para pernoitarem nas residências em uma solenidade onde pedidos novos eram feitos com a colocação de papéis escritos costurados ou fixados com “pregadeiras” - espécie de alfinete de segurança muito utilizado antigamente no vestuário - e as do ano anterior eram pagas com fitas e fotos que eram colocadas nas Bandeiras. O agradecimento às benesses recebidas tanto em forma de saúde: uma boa gestação, uma boa hora no parto que geralmente era realizado por parteiras, a cura de um mal que podia ser uma dor ou uma machucadura, as doenças infantis, que era comum se agravarem em uma época de difícil vacinação; febres, enfim, todas as “feridas do corpo”. Bem como as “feridas da alma” tais como as tristezas, aflições, angustias, “pensamento mal”, as contrariedades e as agonias tanto física como mental e espiritual.
      Também as atividades e as necessidades do dia-a-dia eram motivos de pedidos ao Divino: falta de chuva, seca que eram perigos constantes para que as plantações vingassem e para que a colheita fosse boa; medo que as “queimadas”, muito utilizadas para a limpeza da terra para o plantio – “coivara” como chamavam - se expandissem com o vento e queimassem as moradias pois muitas eram cobertas de palha.
      Antigamente havia mais concentração de população nos sítios e mais dificuldade de acesso, tornando os lugares ermos. A comunicação se dava apenas pela baía em canoas a remo ou a vela que navegavam para a “vila” para a venda e compra do que se fazia necessário: remédios; artefatos de trabalho tais como ferramentas, arame farpado, velas para iluminação, querosene, sabão, tecidos para roupas e outros quesitos mais.
     Tudo era de muita penúria e carência fazendo com que a devoção e a FÉ ao Divino, acalentasse a todos e os alegrasse, dando paz as suas almas.
     Socialmente havia muita solidariedade, pode-se dizer. Praticava-se a troca e o mutirão que é a disponibilidade das pessoas no trabalho de grande porte que exige muita mão de obra, como no caso de uma grande roçada, grande derrubada de mata, construção de uma “casa de farinha” ou mesmo para a produção em “grande escala” de farinha de mandioca; alimento básico da população caiçara na época. Esse trabalho era gratuito, mas fortalecia um vínculo de amizade, união e parceria.
    Quando chegava a época da festa então... ai sim era devoção e diversão. Devoção manifestada nas novenas que na realidade eram terços com ladainhas e cânticos variados.
    A missa acontecia no domingo da festa quando o Padre que vinha de Paranaguá a realizava, às dez horas com muitos batizados e casamentos. E a procissão era o ponto alto onde a romaria acontecia em um ato de louvor e adoração ao Divino Espírito Santo. Tudo com muito respeito e muita fé.
    A diversão acontecia nos festejos onde havia principalmente os leilões com diversos produtos doados pelos fiéis. Desde cachos de banana, sacos de farinha, galinhas, gansos, patos, porcos e bolos. E a noite: os bailes. Dançava-se a noite toda nos salões próximos a Igreja. Havia também o “Salão da Cepa” – uma antiga fábrica de tamancos onde, na época da festa se improvisava um salão de baile e aí o “arrasta pé”, o “limpa banco” acontecia ao som das sanfonas e outros instrumentos da época.
      Por isso tudo, o nosso saudoso Leôncio Jaques cantava nas ruas da cidade: “Oi vai haver uma festa muito grande...” nos demonstrando hoje que realmente a festa tem que ser grande. Grande em espiritualidade, grande na união da nossa comunidade paroquial, grande na paz em nosso município, grande na prática da solidariedade, grande no zelo pelas nossas crianças e jovens e principalmente; grande na missão de sermos verdadeiramente cristãos.

 

                                                                   
     

   



                                       








CIDADE ABENÇOADA PELO DIVINO ESPÍRITO SANTO


       Não podemos negar, somos premiados com itens com os quais a natureza nos presenteou: morros estratégicos, uma baía formosa pontilhada por ilhas, mangues e vegetação característica que por sua vez, servem de “habitat” para uma profusão de tipos de vida tanto aquáticas, aéreas como terrestres que enriquecem todo este cenário.
      E, em uma visão mais aproximada e urbana, não poderíamos deixar de enaltecer uma joia que possuímos que é a nossa avenida principal.
      Vejo-a no futuro como uma grande passarela natural onde transitam livremente pessoas dos mais variados recantos desfrutando de calçadas regulares, uniformes, engajadas no respeito ao transeunte, quer sejam idosos ou aqueles com necessidades especiais como cadeirantes e deficientes visuais; sem sofrerem nenhum tipo de desconforto como o perigo de trombar com postes, canteiros ou placas de propaganda no meio das calçadas.
       Os grandes momentos estão nos dois itens que são os nossos primores: uma praia com toda a sua orla formando uma imensa concha repuxada de um lado pelo Morro de Caieiras e do outro, o Morro do Cristo que com seu braço estendido, do alto, dá a benção a toda a sua gente. E uma baía com o esplendor do seu por do sol quase tirando o fôlego daquele que o contempla.  Interligando estes dois pontos, está a avenida com toda a sua luminosidade, quer natural como artificial; transformada em um poderoso atrativo de fazer inveja a qualquer outro balneário.
      Como já vimos, somos agraciados por belezas da natureza e também urbanísticas que podem até serem mais diversificadas, tais como: embelezamento e impulsividade comercial, cultural e entretenimento no centro histórico, mais centros de lazer a céu aberto para nossa nossa cidade. 
      Agora vamos ao nosso ponto social e religioso cuja essencia está ligada a historia do nosso município: A Festa do Divino. Provavelmente sua origem está na vizinhança com São Francisco do Sul, onde se festeja o Divino de maneira tradicional como em Açores. Com a Corte, Irmandade do Divino e outros rituais mais. Sabemos que não tivemos imigração açoriana mas a boa  vizinhança com São Francisco se dá desde os primórdios, bem como impasses que surgiram devido a proximidade dos dois municípios. na delimitação da Vila de Guaratuba que inicialmente estava prevista para ser na barra do Rio Saí. Outro fator que nos liga é a posse de nossa primeira Câmara Municipal, bem como a doação de Santos para nossa Igreja como o nichio da imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso doada por uma família daquela cidade.
      Também era costume de famílias guaratubanas se deslocarem a pé pela praia até São Francisco para o pagamento de promessas feitas a Nossa Senhora da Glória. Por tudo isso e por outros motivos mais, a ligação histórica dos dois municípios sempre foi muito intensa o que provavelmente resultou na implatação da Festa do Divino aqui em Guaratuba, claro que com características próprias.
      Todo o ano, a grande expectativa está no mês de julho. Este ano, em especial caracteres de modernidade foram implementados dentro de sua logística tornando-a formosíssima. Um imponente e belíssimo Portal da Festa do Divino nos dimensionará o que teremos pela frente, de 6 a 15 de julho de 2012, enaltecendo assim o esmero do casal festeiro: Samir e Martinha.
     A partir daí, a nossa cidade se transformará, com a conotação própria da festa. Com direito a praça de alimentação, área de lazer, atrações variadas, praça com seus atrativos, e as duas Igrejas maravilhosas cada qual com o seu potencial histórico: tanto a centenária como a sua arquitetura colonial como a Matriz que foi construída para suprir a necessidade de complementação de pasto espiritual.
       O ápice do mês de julho está  na Festa do Divino cuja tradição nos mostra  a sua importância que se acentua na espiritualidade: uma população unida em um só objetivo que é louvar o DIVINO ESPÍRITO SANTO.
                                                                                                       Que o DIVINO nos ilumine.

                                                                                               

         

                                                       


  

JULHO 2012 - FESTA DO DIVINO 2000

     Já estamos no dia 30 de julho e... meu blog mudinho. Falta de Assunto? Nada! Falta de tempo. Sim o tempo flui e não sobra nem um "tantinho" para que que o acesso seja feito. Ufa! Agora sim chegou a hora do meu querido blog, viu Liliane! "Oi nóis" aqui!
      Bem vamos nos deter na festa do Divino é claro. A nossa "praia" do inverno. Por que? Ora é ela que atrai turista, visitante; a "volta daqueles que foram" para rever a "famiage"e também os devotos e fiéis. Existe motivo melhor para vir à nossa cidade nesta época?
      Este primeiro texto sobre a Festa do Divino remonta ao ano 2000 quando foi publicado na Folha de Guaratuba e mais tarde, em 2011 no Informativo da Igreja - A Voz da Paróquia. Então, vamos a ele:
                                      
                                                      A FESTA DO DIVINO

       Mês de julho: as vezes chuva, neblina, noites estreladas. Lua cintilante em um céu limpido; bom tempo.
      Sempre uma incógnita. Nunca se sabe como será o próximo. Este ano...frio...muito frio.Um vento cortante que penetra na alma e nos deixa tiritando de frio.          
      Mesmo assim, nada impede de que as pessoas passem os dez dias ao relento, festejando o ponto alto de nossa temporada de inverno: A FESTA DO DIVINO.
      Com um histórico um tanto místico e dogmático que fala sobre um velho pescador, enrigecido em lutas e perigos, viu-se alta madrugada envolto em trevas pela queda brusca de forte cerração marítima. No seu desespero, rogou ao Divino Espírito Santo que o acudisse e o guiasse para terra firme. Surpreso distinguiu logo brilhando ao longe um sinal luminoso.
      Cansado, tratou prontamente de seguir naquela direção e, após dias conseguiu a graça pedida onde encontrou uma caixa avermelhada com o fecho bastante oxidado pelo sol e pelo mar e, ao força-lo veio a surpresa: uma pomba dourada - simbolo do Divino Espírito Santo.
      Rumou então para a Vila onde circulou a notícia do miraculoso achado. A partir daí, a Festa do Divino tornou-se um marco religioso. Em Guaratuba tomou características turísticas pois converteu-se em ponto alto de uma comemoração onde a cidade é visitada , enaltecida e divulgada.
      O seu povo converge para a praça central num ápice de concentração, devoção e entretenimento uma vez que promoções não faltam para que todos se congratulem e formem uma grande família unida pelo Divino.      
     

        

segunda-feira, 18 de junho de 2012

CASAMENTO JUNINO



      Lembro que quando atuava no magistério, os sábados do mês de junho eram muito concorridos para um acontecimento especial: as festas juninas. Essa disputa se dava justamente porque o evento servia para a arrecadação de fundos que complementava a verba fornecida pela mantenedora e afrouxava assim nas despesas essenciais do dia-a-dia das escolas. Também a arrecadação de dinheiro para as festas de formatura. Esses motivos, mercenários até, não serviam para tirar o brilho do esmero que era atribuido ao esplendor do que iria acontecer.
      Sendo só quatro sábados e muitas escolas, muitas vezes esta disputa incidia e as festas aconteciam, várias ao mesmo tempo.
      Agora, um baile junino em especial ficou na minha memória e aconteceu quando eu ainda era estudante, isso nos idos de 1968 no segundo ano da escola Normal. Uma promoção do Gremio da escola.
      Um salão todo decorado com bandeirinhas coloridas. Para enfeites das mesas: maquetinhas da festa onde apareciam os adornos em forma de fogueirinhas, miniatura da dança da fita com os componentes em recorte harmónica - tiras de papel com figuras de mãos dadas, todos do mesmo tamanhinho - eram distribuidos nas salas de aula para que os alunos pintassem de acordo com a sua imaginação - completavam o pequeno cenário.
     No palco, uma "fogueira" maior com uma lâmpada vermelha no seu interior imitando fogo e um ventilador direcionado para as tiras de papel celofane que se movimentavam com se fossem labaredas. Eita tempinho "bão" que vai longe. Neste ano, acontecimentos irreversíveis e catastróficos em nosso município mudaram a vida de muita gente, principalmente a mentalidade da juventude, uma juventude um tanto ingênua mais muito madura, ciente daquilo que queria em uma cidade sem nenhuma opção de estudo e totalmente presa a conceitos sociais. Esses acontecimentos interferiram sobremaneira na estrutura material, e psicológica de, praticamente todas as famílias guaratubanas da época. Mas vamos deixar para uma próxima crônica esses momentos de terror e suas graves consequências.
     A gente ia nos bailes levados pelos pais. Vestidos a caráter, o que provocava uma certa ironia em casa na hora de se preparar para o evento pois, segundo vovó (que Deus a tenha), estávamos imitando e assim insultando os nossos antepassados, o que na realidade era apenas uma caracterização de uma fase do ano.
     Os vestidos coloridos, eram rodados e armados com anágoas engomadas, e ainda os calções bufantes, com elástico nas pernas acima dos joelhos e com rendinha na barra. Cabelos presos em "maria-chiquinha", tranças ou "rabo de cavalo" com laçarotes de fita colorida e, complemetando o visual: maquiagem exuberante.
     Bom, agora vamos às danças que eram "ensaiadas" durante muito tempo e também serviam para as paqueras nas raras saídas a noite, até no máximo as dez horas: "quadrilha", "dança do pau da fita" e o casamento caipira.
     Todas as danças eram atrações especiais mas o Casamento Caipira era o ponto alto do baile. No final da dança da quadrinha, ainda com os pares no salão, entrava o "pai" com uma espingarda na mão trazendo a filha vestida de noiva, chorando. Ele, o "pai" estava muito brabo pois o noivo se recusava a casar com sua filha depois de ter "feito mal" a ela. Imagine, que vergonha. Uma moça, sua filha, "mãe solteira". Era o fim do mundo. O que os "outros" iriam dizer?  Ela iria ficar "falada" na vizinhança. Rapaz nenhum iria casar com ela que ficaria "encalhada".
     Neste meio tempo aparecia o "padre" que tentava apaziguar o ocorrido, mas entrava o delegado e a confusão aumentava. Casa... não caso, casa... não caso e assim a cena se estendia com a inerferencia de muita gente delegando de um lado e de outro, até que finalmente o "noivo" ressolvia casar depois de ser ameaçado ir preso por um "policial". UFA!!! finalmente aconteceu o mal fadado casamento. Ninguém merece. E aí, todo mundo saia dançando e a festa ia até a madrugada.
     Nada de bebedeira, de brigas. Era só divertimento, alegria, descontração.
     Muita diversão num tempo de muita inocência e encantamento numa Guaratuba sem "drogas", sem ameaças às crianças e à juventude da época. Bons tempos aqueles.             

terça-feira, 12 de junho de 2012

DIA DOS NAMORADOS - Tudo o que eu quero da vida

                              

                            Tudo o que eu quero da vida
                            É estar com o meu namorado gostoso
                            Cheio de candura, amoroso
                            Lindo, terno, atencioso,
                            Que me faça feliz nesta lida.

                            Por que eu não pensei nisso antes?
                            Em homenagear o meu fofinho
                            Com muito amor e carinho
                            Para que ele não faça beicinho.

                            “Meu namorado é um sujeito ocupado
                            Não manda recados”
                            mas gosta de muito chamego
                            Naquele ninho de aconchego
                            Onde a ternura, o carinho e o apego
                            São atributos em momentos de sossego.

                            Com a moda do “fiquei”
                            Lá se foram os namorados
                            Agora é o rala e rola
                            Tudo feito com muita pressa
                            Logo a barriga ressalta
                            Por falta de conhecimento...Será?
                            Não acredito... “Sem essa!”
                            Com tanta publicidade
                            Advertência para todas as idades
                            Talvez falta um pouco de consciência
                             E muita responsabilidade.

                            Mas nada disto tem a ver
                            O que importa realmente
                            E esse sentimento irradiante
                            Que vai fundo na alma da gente
                            Onde todo o ser vibra e se acalma
                            Onde a confiança, a troca, o olhar
                            Tudo transmite a necessidade de junto se estar
                            O coração descompassado emite sem dano
                            Um amor que vem do ser
                            Que diz: Você é o meu bem querer
                            Meu amor, minha vida, te amo.
                            Obrigado meu Santo Antonio.
                                   MARGARIDA MIRANDA CORRÊA. 




APAGÃO




      Descrevendo sobre o risco de apagão em que está incorrendo o Japão devido ao Tsunami que afetou as usinas atômicas fornecedoras de energia descrito no texto anterior, lembrei de um outro texto sobre o apagão aqui no Brasil no início de 2000. Aí vai:

      Está se fazendo um grande alarme à volta do lampião. Será que isto é progresso ou retrocesso?
      Não tenho nada contra os lampiões. Inclusive eles me trazem muitas lembranças pois me criei iluminada por lampiões a querosene, água colhida em torneira comunitária na esquina, banho de bacia, fogão a lenha, forno para assar pão daqueles domésticos no quintal onde se queimava lenha para aquecê-lo.
      Travesseiro feito de marcela. Roupas feitas em máquina de costura a mão; casa de madeira com sapatas onde no porão, muitas vezes para não apanhar devido algumas travessuras, nos escondíamos lá.
      Rádio na prateleira bem alta onde só meu pai e minha mãe mexiam. A escola era um lugar para se estudar realmente. O trabalho e a ajuda aos pais eram vistos com naturalidade. Soltar pipas era uma brincadeira inocente sem cerol.
      Mas, foi-se o tempo e esse estilo de vida era da época.
      Hoje em dia fala-se em apagão devido a uma crise de energia provocada pelo que mesmo? Seca e consequente falta de água nos mananciais para o girar das turbinas. Falta de potenciais energéticos alternativos. Falta de verbas porque houve superfaturamento nas construções das mega hidreléticas.
      O apagão começa em primeiro de junho e vai até março do ano seguinte pois na época das campanhas eleitorais para governador e presidente, a economia já terá sido suficiente. Suficiente para que? Tomara que seja suficiente para iluminar a cabeça dos eleitores em relação a verdade verdadeira, não aquela que diz respeito ao senado e aos políticos que pleiteiam cargos sem respeitarem a verdade do povo.                 

sábado, 9 de junho de 2012

INVERNO - FRIIIIOOOOO


          No inverno, muita proeza tem que ser feita para enfrentar o desconforto que o frio proporciona. Deitada, embaixo das cobertas, muitas vezes fico a pensar em tantas situações extremas de frio e a penúria vivida por aqueles que sem recursos, sem teto, sem calor humano, sem afeto e sem aconchego vivem. Mas como diz o ditado: "Deus dá o frio conforme o cobertor", acho que cada um cria o seu estratagema e por ai a história humana segue o seu curso.
         Já que falamos em História, um dos grandes marcos da existência da humanidade foi a sobrevivência ao frio. De acordo com as descobertas da ciência, o homem surgiu nas savanas da África e dali se espalhou para os outros continentes. "A espécie humana não é fisiologicamente adaptável a qualquer meio físico em particular. Sua adaptação é assegurada pelo equipamento adequado. Ferramentas, fogo, roupa, casas e alimentação adquada permitem ao homem suportar o frio ártico e o calor tropical com a mesma facilidade.
      O aparecimento do homem e a confecção da primeiras ferramentas podem ser colocados a cerca de 500.000 anos, época considerada como do início da era plistocena, a última antes do holoceno, ou período atual, que deve ter começado há 10.000 anos e está longe de sua conclusão. Portanto, o homem presenciou modificações substanciais na paisagem e na configuração na superfície do seu planeta.
      Alterações catastróficas no clima afetaram sem dúvida toda a terra. Três ou quatro Idades Glaciais seguiram-se umas às outras nas latitudes altas, e foram acompanhadas de períodos de chuvas torrenciais em zonas subtropicais, hoje áridas. A maioria dos geólogos admite hoje quatro principais Idade do Gelo, alguns chegam a admitir um número ainda maior de Periódos Glaciais e Interglaciais; separados por três intervalos de clima quente.
      Nesse meio tempo o homem viu surgirem novas espécies de animais que sobreviveram graças à seleção natural ou simplesmente desapareceram.
     A mais curiosa de todas as espécies que surgiram foi, porém o próprio homem. Um momento crítico do seu desenvolvimento foi aquele em que ele aprendeu a controlar, e mais tarde a provocar o processo químico da combustão - o uso das terrível flor vermelha de que fugiam aterrorizados os outros habitantes da selva.
     Somente em fins do Plistoceno Médio, ou pela nossa cronologia, há cerca de 140.000 anos o quadro de vida de nossos ancestrais começa a se tornar claro para o arqueólogo, permitindo-lhe esboçar a sua economia. Ao se aproximar a última  grande idade glacial, o homem já estava bastante bem equipado para  expulsar outros moradores das cavernas, tomando-lhes o lugar. Foi ali que encontrou verdadeiras moradias.
     As várias sociedades caçadoras que ocupavam a Europa tinham ainda de enfrentar os rigores de um clima subártico, pois um grande lençol de gelo cobria as planícies do norte. Mas, preparados para enfrentar essas desvantagens, penetraram num território de estepes e tundras, onde grandes manadas de mamutes, renas, bisões, bois e cavalos selvagens proporcionavam uma presa fácil para as caçadas organizadas.
     A proteção artificial contra o frio era proporcionada pela tendas, provavelmente de peles, ou mesmo por substanciais "casas", cavadas no solo maciço e cobertas com peles e palhas, à semelhança das habitações dos caçadores árticos de hoje. Sendo escassa a madeira, os caçadores queimavam ossos para se aquecerem - os montes de ossos substituem as pilhas de lenha - e construiram fogões com saída para a fumaça. Faziam roupas de peles, pois possuiam raspadoras para prepará-las e agulhas para cozê-las."
      É claro que diante deste quadro somente os mais fortes, valentes e detentores de um DNA específico sobreviveriam. E, estamos aqui. Nesta bola que flutua no universo, graças a estes corajosos desbravadores e perpetuadores desta grande aventura que é o viver.
      Hoje, o Japão está numa "sinuca de bico" que foi a destruição das usinas nucleares na época do tsunami. Usinas estas que são responsáveis pela grande maioria da energia elétrica do país. Com medo do vazamento da energia radioativa, a população está em constante movimento para que as usinas que estão paradas não voltem a funcionar. Isto está incorrendo em um grave risco para a população japonesa: o fenômeno do apagão. Agora, como no Japão, o verão é intensamente quente, pondo em risco a vida principalmete dos idosos, parcela grande da população japonesa, o apagão será um grande risco pois não deixará os aparelhos de ar condicionado funcionarem tornando assim impossível praticamente a vida destes anciãos. Eles lá com medo do verão e nós aqui tiritando com um pouquinho de friiioooo. Vá entender esta espécie humana.   
                                

sexta-feira, 8 de junho de 2012

CORPUS CHRISTI


      Ontem vivenciamos o Dia de Corpus Christi. Foi maravilhosa a procissão onde as comunidades demonstraram o espírito de fé, alegria, união e religiosidade.
                                           
                                                             UM PEDACINHO DE PÃO

     Senhor, que este pedacinho de pão que acabo de comungar ao ser recebido em minha boca, que a torne purificada, cerrada de toda calúnia, injúria e impropério.
     Que a minha língua, ao tocá-lo se liberte de toda a maldade que eu possa proferir.
     Que, descendo pela minha garganta, esta Hóstia consagrada a limpe de todas as impurezas que a afetam.
     Ao atigir a minha faringe, laringe, ao percorrer todo este canal que ele seja abençoado e protegido de qualquer doença que porventura eu possa contrair.
     Que ao chegar no meu estômago, este se torne imune a toda e qualquer chaga tão comum hoje, neste mundo de enfermidades.
     E, finalmente Senhor, quando tocares o meu coração, que ele se encha do mais puro sentimento e que este não fique contido em suas paredes, porque, aí, para nada serviriam.  Que transborde e se derrame fartamente em todas as direções iluminando o meu ser com a aura da felicidade.
     Que eu consiga repassar a todos que me cercam o sentimento de bondade, tranquilidade, esperança, confiança, fé e humildade.
     E que a alegria seja uma constante em minha vida onde, superando todas as dificuldades tão comuns no dia-a-dia, eu me sinta sempre perto de Vós. Amém.
          Texto publicado em junho de 2011 no Jornal A VOZ DA PARÓQUIA - GUARATUBA -Pr.        

terça-feira, 5 de junho de 2012

A ÚLTIMA FOLHA VERDE DO PLANETA


                    O solo árido ainda que reclame
                    Não se movimenta e bem pouco respira
                    Deixa-se abrasar pelo sol infame
                    Que lhe arranca os frágeis sinais de vida!

                   Neste chão, agora, andam a rolar pérolas
                   E diamantes reluzentes... todos espalhados
                   Sem nenhum valor, sem nenhum feitiço.
                   Podem mesmo aos porcos serem dados.

                   Ouro e prata no planeta se amontoam...
                   Ou apenas jazem sob os pés
                   Dos homens ávidos de terra férteil
                   Como a Terra Prometida a Moisés!

                  O ar infecto fecha-se e se condensa
                  Do pó suspenso numa cortina escura
                  Mas um vento inesperado afasta esta cortina
                  E alí transcende o Senhor das alturas.

                 A humanidade sequiosa, acode
                 E ouve ainda  mais sobre a triste nova
                 Diz o Senhor: de uma frágil folha ao vento:
                 "Eis aí, todo o verde que te resta agora!"

                 A folha bailando, vai ao chão e o Senhor se eleva...
                 Fecha-se a cortina de fumaça espessa
                 E os homens vergam-se à destruição completa!
                 E choram pela última folha verde do planeta.
                     ARLETE PEREIRA DO NASCIMENTO    
                   

5 DE JUNHO - DIA DO MEIO AMBIENTE


       Lendo uma antiga revista Veja, vi um artigo que se insere na data que estamos comemorando: o dia do Meio ambiente.
       No artigo "Vingança da Natureza", achei interessante um dito sobre o aparecimento do homem na terra. Segundo Carl Sagan, astrônomo: "se toda a história do universo pudesse ser comprimida em um único ano, os seres humanos teriam surgido na Terra há apenas sete minutos.
       Nesse período, ele se desenvolveu ao máximo de acordo com o que vivenciamos no dia-a-dia. Mas, foram também os sete minutos em que a natureza foi mais agredida em todos os tempos.
       É como se a espécie humana estivesse em uma campanha suicida, pois está pondo em risco os seus bens mais preciosos como a água e o ar".
       A humanidade produz e despeja na natureza 30 bilhões de toneladas de lixo no ano.
       Vamos transportar esses dados para nossa cidade e nos situarmos, uma vez que Guaratuba é uma cidade de pequeno porte, mas com recursos naturais intensos. Temos em nosso município a localização da Mata Atlântica, a qual está reduzidíssima. Também os rios que descem da Serra do Mar e desaguam em nossa Baía que é um poderossissimo ecosistema onde milhares de tipo de vida marinha proliferam. Margeada pelos mangues, que são berçários desta vida marinha, estes mangues, já reduzidos, correm o risco de desaparecer devido o amontoado de lixo e os aterros para construção de marinas.
       Fator importante é a presença de uma fatia do Oceano Atlântico em nossa costa onde, usufruimos com o turismo, fonte de lazer e da pesca mas, que muitas vezes não respeitamos e deixamos o esgoto a céu aberto desaguar na areia da praia e contaminar a água do mar. Aí no verão, o "bicho pega".
       O lixo também se constitui em fator preocupante pois, produzimos 30 toneladas ao ano fora de temporada. O Instituto Ambiental de Guaratuba - IAG - está em uma campanha maravilhosa em relação à consciencia ambiental no sentido de coleta, armazenamento e reciclagem de todos os resíduos que constitui essa grande massa a qual desprezamos mas para o município se torna um motivo preocupante de administrar neste novo milênio ao qual estamos adentrando.
       Desde a ponta do cigarro jogada na areia, o esgoto a céu aberto, a quantidade de lixo produzido e o seu destino não deve ser só um problema dos órgãos publicos e sim de todos nós.             
                                                   Artigo publicado em junho de 2001 no jornal Folha de Guaratuba  

segunda-feira, 4 de junho de 2012

INVERNO - O QUE HÁ DE MELHOR



       Ainda sobre o inverno. Tá certo que ele só começa no final do mês, mais especificamente no dia 20. Mas, já estamos vivendo tudo aquilo ao qual ele faz jus: roupas quentes e pesadas: jaquetas, casacos, botas de todos os tipos. Cachecóis, mantas ou echarpes muito fashion: lisas, com aplicações, com franjas, os mais variados estilos. O que está imperando é o colorido. Nada de tons escuros ou sisudos. A ordem é: colorido, muito colorido.
       Agora o que realmente encanta no inverno é a COMILAAANNNÇAAA.
       Buffet de Sopas: hummmm, que delícia. Sopas fumegantes, deliciosas, os mais variados sabores tais como: Caldo verde- (Couve), Slava (cubos de carne com legumes engrossada com creme de leite), Espanhola - (costelinha defumada com creme de ervilha), Canja, Carne seca com aipim, de feijão, alemã - ( salsicha com repolho), russa - (creme de beterraba), húngara - (músculo com legumes), holandesa -(Calabresa com repolho), francesa - (cebola com queijo) e outros tipos como a de frutos do mar denominada Caldeirada. Tem ainda a Vichyssoise que não é fumegante porque é servida fria de acordo com a Nina da novela Avenida Brasil, mas pelo bafafá causado na família Tufão, ela deve ser muito boa. Vamos aos acompanhamentos: pense em cremes, molhos, vários tipos de pães e torradas. Os verdinhos triturados e o queijo ralado para complemento. Nossa, Nossa, assim você me mata...
     Outra tentação: Feijoada com todo o seu entorno. Eita, assim não tem balança que aguente.
     O que dizer de um cafe colonial. De preferencia aqueles de origem alemã ou italiano. Ninguém merece ou, pelo contrário, todos nós merecemos.
     Vamos cometer outra tentação à gula. Que tal: QUEIJOS E VINHOS? Tudo de bom né?
      Agora o principal de tudo: os amigos. Participar de algo assim no singular não tem a menor graça. Acompanhado dos amigos, a vida torna-se muito melhor. Já é boa. Imagine, estamos respirando. Estamos vivos. Isso por sí só já é uma festa. Com a família ou com os amigos, aí sim, ninguém desanima.
      Um bom papo, risadas e assuntos soltos. Nada sério, apenas jogar conversa fora. Você se aquece, aquece a alma e aquece a amizade. Não vivemos sem ela. A amizade é algo fundamental. Algo imprescendível.
       Que vivamos o inverno na maior alegria, estreitando os laços de amizade e degustando os cardápios deliciosos que o inverno nos propõe.  Ih! faltou uma boa música!  Som ambiente ou som ao vivo. Não importa. O que importa é o que fica: o prazer de vivenciar situações que nos trazem alegria e descontração. E viva o inverno!!! 

domingo, 3 de junho de 2012

MÊS DE JUNHO E SEU PANORAMA

       Junho chegou e com ele o inverno, onde os dias são cinzentos, o ar gelado, os ventos constantes e o frio... há o frio, este é intenso e úmido.
       Na maioria das vezes, chuva. Chuva fininha, constante, persistente. Névoa que atrapalha os motoristas nas estradas, os pilotos no ar e os controladores de voo que ficam as cegas, tendo que tomar medidas que congestionam os aeroportos e provocam caos na vida dos passageiros, ou seja eles têm que simplesmente cancelar os voos até que tudo se normalize.
       Neblina que encobre o visual parecendo querer circear os olhos curiosos dos turistas ou dos simples mortais impedindo assim que se inebriem com as paisagens da natureza.
       E as chuvas. Aquelas chuvas torrenciais que lavam, curam, purificam e restauram toda a natureza embebedada pela poluição, poeira e desamor humano. Esse fenômeno que derrama grandes quantidades de água sobre a terra provocando inundações, prejuízos e tristezas pelos bens perdidos, encharcados e destruídos. Por que isso acontece? Quem sabe? Creio que o próprio ser humano que não toma os devidos cuidados com aquilo que não é seu e sim do Criador e extrapola derrubando matas, assoreando rios, entupindo com entulhos, construindo em lugares reservados à natureza e não utilizando a grande capacidade que Deus nos deu que é a inteligência para diferenciar o que está correto e o que não está, dando assim origem a esses desatinos que incorrem em destruição e calamidades.
       Mas, voltando às coisa boas do inverno: estação do amarelar e cair das folhas. Dos galhos das árvores expostos provocando uma visão fantasmagórica como se estivessem se deslocando em busca de alguma vitalidade.
       Estação do hibernar dos animais. Do descanso, da reposição ou a manutenção de calorias em uma época de frio e excasses de alimentos. Caso dos ursos que praticam uma hibernação mais ou menos profunda, ou seja, acordando se algo externo ocorrer. Mesmo assim, a mamãe ursa dispende muita energia e caloria devido a preferencia desta época para ter as sua crias e amamentá-las, passando assim por transformações fisiológicas no organismo. Esses bebezinhos ursos, só irão hibernar no inverno seguinte na companhia de suas mães.
       Bom, mas voltando ao inverno, acho que é uma forma de refrigeração que o Criador adotou para resguardar todo o belo de Sua criação, fortalecendo-a para a primavera - estação que virá na sequência.          

terça-feira, 15 de maio de 2012

DIA DAS MÃES

               
                         Para ela flores
                         Pacotes de várias cores
                         Do seu bem, filhos e netos.
                         Genros, noras e bisnetos
                         Que são os seus amores.

                         Pacotes dourados que trazem alegria
                         Púrpura, recheados de euforia
                         Azuis de tranquilidade
                         Amarelo com muita magia.

                        Aqueles de prata encantados
                        Ou mesmo vermelho encarnado
                        Que passam fogo de tanta energia
                        Para a mamãe valente no seu dia-a-dia.

                        Pacotes rosas com laçarotes
                        Para a mamãe a qual a vida é um dote
                        Escarlate, marrom ou marinho
                        Com dobras, enfeites, recortes com jeitinho
                        Que transmitem ternura, afago, carinho.

                        Também podem ser caixas coloridas
                        Embaladas em papéis enfeitados
                        Com conteúdos singelos e adocicados
                        Como frutas passas, beijos e amendoados.

                        Todos os recheios, gostos e sabores;
                        A delicadeza dos licores
                        A mensagem na fita bonita
                        A beleza das embalagens
                        Nada importa, apenas o que fica
                        É a mensagem do amor, da paz,
                        Da luz e da força que gratifica.

                        Qualquer que seja o mimo ofertado
                        Também pode ser um abraço apertado
                        Aquele amor que se estende no ano
                        E a mensagem gostosa: Te amo!











    
  
                       

MARIA, MÃE E RAINHA

                  
                       Ave Maria
                       Cheia de graça!
                       Anuncia à Virgem
                       O Anjo que passa.

                       Bendito é o fruto
                       Que está no teu ventre!
                       Bendita serás
                       Maria. Para sempre!

                       Tu, Mãe protetora
                       Do ungido de Deus
                       Reinarás soberana
                       Na terra e nos céus.

                       A jovem Maria
                       Sorriu com Jesus
                       Guiou seu Menino
                       E viu sua luz!

                       Buscou nos caminhos
                       Seu amado Jesus
                       E lá no Calvário
                       Chorou sob a Cruz!
                      
                       Da Cruz o augúrio
                       Sublime, profundo:
                       Serás Mãe Redentora
                       Amparo do mundo!

                       Seu povo a aclama
                       Nas ruas e praças
                       Salve Rainha
                       Cheia de graça!

                       Arlete Pereira do Nascimento.    







MAIO MÊS DE MARIA

      
Têm aquelas que emanam luz
Como as Lúcia, Glória,
Esmeralda,Cristal, Aurora,
Clara, do Céu, Teodora,
Aparecida, Bernadete, Fátima
Ou Maria de Jesus.

Aquelas forte que passam energia
Maria Augusta, Tereza, Luci, Luzia.
Nanci, Renata, Joaquina,
Raquel, Renata, Ambrosina  
Madalena, Benedita, Bonita.
Carmem, do Rocio, Inês, Maria Rita.
As dos sonhos: Sueli, Suelen, Suelena.
As das rosas: Roseli, Rosália, Roselena.
Maria de Lourdes ou Lurdes
Maria Célia, Ofélia, Amélia
Iracema, Helena, Pequena
Constância, Hilda, Ricarda.
Ivone, Ione, Iara, Maria Laura.

MariaOlinda, Linda, Lindaura.
Betânia, Libânia, Epifânia.
As tristes Marias Chorosas:
Das Dores, Do Parto, Encarnação.
Inocências, Iludidas, Desiludidas, Sofridas.
Com Cruzes, cicatrizes, feridas.
Do Calvário, Consagrada, Conceição.
Certamente Maria Bendita,
Mãe do Menino, fortaleza.
Aquela dentre todas a escolhida
Por ser uma mulher especial, com certeza.

O que de grandioso tinha Maria
Que Deus a olhou e fez alvo
Para que o mundo fosse salvo.
Deu-lhe um filho amoroso: Jesus
Que derramou seu sangue na Cruz.

Mês de maio, mês de Maria
Do Rosário, da Noite, do Dia.
Das horas alegres, tristes, insossas.
Maria Velha, Criança ou Moça
Maria mãe, avó, irmã ou tia.
Maria esposa, colega, companheira, amiga
Que sejam benditas todas as Marias.   
                       Margarida Miranda Correa

sexta-feira, 11 de maio de 2012

MÃE - "AQUELA QUE NÃO "BATE BEM"


     Muitas vezes, nós mamães "corujas" temos atitudes para com  nossos  filhos tais como: conversa descontraída, brincadeiras, risos e até muitas vezes de "acobertar" as suas "traquinagens" ou outras situações que muitas vezes provocam situações conflitantes na relação familiar, podendo "abalar a tranquilidade reinante". Até parece!
      Na cabeça de muitas pessoas, respeito significa atitude sizuda, muito formalismo que torna velada uma relação onde não existe liberdade, descontração, amizade.
      Como é ser mãe neste início de terceiro milênio onde estão acontecendo transformações maciças e grandiosas que por sua vez marcam e caracterizam as crianças tornando-as muitas vezes mestras de seus próprios pais e até dos professores quando se trata de informatização e manuseio dos recursos tecnológicos?
      Como é ser mãe nestes tempos de "face book", mensagens eletrônicas, Internet onde muitas vezes os pais não têm conhecimento dos contatos de seus filhos e estes, quando questionados, são evasivos ou apenas com um "clic" no "mouse" tiram da visão aquilo se que gostaria de saber não por xeretice mas, por peocupação mesmo?
      Como é ser mãe hoje? É controlar, não deixar fazer, cobrar? É estar sempre as voltas com atitudes desconfiadas ou diálogo lacônico onde o que impera é aquilo que se quer que seja feito ou vivenciado?
     Como é ser mãe hoje? É ter aquela atitude de amizade, com cuidado, sincronizando vigília com responsabilidade? É a certeza de que tudo pode ser feito de forma amistosa? É a troca de idéias, conversa franca? É procurar viver a realidade da criança ou do adolescente não a sua própria na época em que se encontrava nestas fases? É viver com  os olhos adaptados à situação e ao esclarecimento do que convém dentro da sua experiência já vivida? Creio que agindo desta forma, a relação fica mais leve e menos conflitante, trazendo benefícios; não circeando a liberdade, dando-se assim  um suporte forte, maduro, confiante, seguro de que sempre estaremos alí, não importa o que aconteça. "Assim eu gosto!"
      Mãe é aquela que, como diz a propaganda: "não bate bem", pois morre de amores durante uma gestação onde sua barriga cresce desmesuradamente; engorda até uns vinte quilos ou mais, e no auge da gestação, sofre dores intensas mas mesmo assim, no final, dá um grito de felicidade quando vê aquele serzinho que saiu de dentro dela todo sujinho de sangue e todo ensebado, com carinha "de joelho", todo enrugadinho mas MARAVILHOSO, LINDO, FOFO, provocando lágrimas de felicidade e dando início assim a noites e noites mal dormidas, seio dolorido e, muitas vezes empedrado e ferido mas... o que é isso diante do milagre da vida e do grande presente de Deus?               
                                                                     FELIZ DIA DAS MÃES.
     






FELIZ DIA DAS MÃES

     Podemos avaliar a retumbância causadas pelos avanços e transformações principalmente no modo de vida quando conversamos com nossos filhos e eles comentam com uma pontinha de ironia: -"Isso é do tempo das cavernas"!
     Os comentários que fazemos muitas vezes são sobre os horários que vivenciávamos para nos divertir, ou seja, a maneira de viver de quarenta anos atrás. Como nos divertíamos. O que "curtíamos". Como namorávamos. Os filmes que assistíamos na televisão ainda em preto e branco. A tela colorida que comprávamos para colocar na frente do vídeo e deixar as imagens coloridas. Êta tempinho!
     A maneira como agíamos diante de nossos pais. A forma como respondíamos nas raras vezes em que éramos questionados. A distância imposta pelo respeito para com os mais velhos.
     A Jovem Guarda era nossa paixão. As serenatas: um galanteio. Assistir Bonanza, Rin-Tim-Tim, Zorro, Jambo e Ruivão, e muito outros filmes e desenhos animados: uma delícia. Os festivais da Record uma lembrança. Lembrando que na época o canal entrava no ar das 17 horas em diante até no máximo a meia-noite.
     As festinhas no Clube do Ipiranga ( localizado onde hoje está o Santo Canto - na esquina do antigo mercado) Ipiranguinha como chamávamos: hum! Muito bom. A reunião com os amigos. Com os "paqueras". O Ipiranga era o nosso "point" de final de semana. Lembro que certa vez uma colega, hoje sessentona ia fazer uma festa de quinze anos e, como era no meio da semana, minha mãe de jeito nenhum deixou eu ir. Chorei demais. "Desse jeito desanima". Até que convenci meu pai, e adivinhe o que aconteceu? Mesmo de cara inchada de tanto chorar, lá fui eu com minhas amigas para a festa. É claro que com hora marcada para chegar em casa.
    Tudo isso está tão distante no tempo e nos costumes. O "fiquei" prepondera.
    As voltinhas na praça ao entardecer depois da missa na Igreja Centenária onde as "fofocas" eram colocadas em dia pelas amigas.
    O aconchegante de todas essas conversas são as recordações que elas nos trazem, o papo gostoso que se bate e as sonoras risadas que nos aproxima e nos une, derrubando as barreiras  entre pais e filhos e nivelando tudo em uma profunda e gostosa amizade.                    

terça-feira, 1 de maio de 2012

SONHO DE UM TRABALHADOR




            Era uma vez seis números. Números que representam datas gostosas. Números marcantes em época de escola. Datas específicas de natalícios. Placas de carros que fizeram parte de nossa vida.
            Foram sempre evocados, lembrados, festejados. Já faziam parte do cotidiano, do imaginário e das festas aguardadas.
            Pela sua representatividade, eles estavam sempre presentes na fézinha de toda a semana na tentativa de "se tirar o pé da lama". Cartelas e cartelas apostadas. Reais e reais investidos sempre por uma boa causa. Apostas feitas, expectativas levantadas e...frustradas.
           Quando se resolvia dar um tempo nos números de sempre para deixá-los "fertilizar" um pouco, a idéia era fazer combinações tipo: pegar um número inical e a partir dele, dobrando-o, somando-lhe mais dois, multiplicando, dividindo: enfim, "doidera" é o que não falta na hora de se preencher a cartela. Ainda mais quando a acumulada é uma tentação.
          Depois disso tudo, continua acumulada. "Oh vida, Oh azar".
Ou então, toda essa bolada fica nas mãos de um sortudo cujas datas natalícias, placas de carro, combinações  "os cambau" interpretação de sonhos, cujas previsões "deram a dica" e foi realizado o sonho tão sonhado. E um ou dois, três, sei lá vão repartir a tão sonhada fortuna. E, milhões de trabalhadores que sonharam em faturar a "bufunfa"começam tudo outra vez..
          Castelos no ar, viagens mirabolantes, sonhos de grandes realizações. Cruzeiro marítimo com musica ao som de piano, instrumentos de corda; festas, aquisições, colocar as contas em dia e não fazê-las nunca mais.           
           Mas... de repente, vira-se na cama, acorda-se e a realidade aparece nua e crua. Não foi desta vez. Mais uma vez.
           Mas, e daí? É só  partir para o trabalho e continuar tentando. Quem sabe na próxima a sorte vira e as coisas acontecem!
           Talvez na outra "fézinha" Quem sabe. Um dia talvez. Mas não esqueça: tem que jogar.