domingo, 29 de janeiro de 2012
sábado, 28 de janeiro de 2012
UM POUQUINHO DE HISTÓRIA
Como professora de História,convivi e trabalhei com alunos de 5a. a 8a. série e Segundo Grau durante todo o tempo de minha vida na área pedagógica. Algo que sempre fiz com o coração. Não que fosse fácil pois paralelo a escola, havia os filhos pequenos, casa e demais responsabilidades que incorriam na época, mas mesmo assim eu sempre me realizei na minha atividade profissional da qual estou aposentada, graças a Deus porque hoje os tempos são outros.
Mas como paixão é paixão, e um pouco de História não faz mal a ninguém, vamos lá então: comecemos pelos
ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA;
No século XVIII, imperava na França um sistema de governo absoluto onde o rei, defendendo uma teoria muito conveniente chamada "teoria do direito divino", difundia a idéia de que ele havia recebido o poder das mãos de Deus e que somente a Ele deveria prestar contas de seus atos.
É claro que vários pensadores, filósofos e uma cambada de "puxa saco" balançavam a cabeça para o rei, concordando com a grande barbaridade. Deitavam e rolavam.
A corte era luxuosa. Os trajes riquíssimos. Os banquetes fartos. O requinte de tudo estava no ritual onde até o ato de iniciar e degustar uma taça de vinho era algo que consumia horas.
E o povo? Coitado do povo. Esse povo que era constituido por lavradores, artesãos, soldados, oleiros, sapateiros, ferreiros, comia o "pão que o diabo amassou".
Muitos dormiam com os animais para se aquecerem do frio intenso. O alimento era escasso, a habitação precária. Jornada de trabalho de sol a sol. Ainda havia os impostos, tributos e taxas de proteção.
As Vilas eram imundas, nojentas; não tinham as mínimas condições de higiene. As pestes e hipedemias eram frequentes.
Aí daquele que se manifestasse contra o governo ou que não pagasse suas obrigações. Era preso na Bastilha que era uma prisão, símbolo do poder real. Ali o sujeito simplesmente passava a pão e água; convivendo com ratos, piolhos, na escuridão de um cárcere úmido e sujo.
Com todo este sistema sufocante, o clima de revolta foi tomando forma, se incorporando e um dia explodiu. É o famoso episódio da Revolução Francesa: a Queda da Bastilha onde o povo libertou os presos e todos foram às ruas pondo por terra todo o sistema político imperante da época.
Entrou-se em uma fase de horror onde reis, rainhas, filósofos, pensadores foram mortos na guilhotina. Muitas cabeças rolaram. O clima de violência tomou conta das estradas, caminhos e lugarejos.
Mas como paixão é paixão, e um pouco de História não faz mal a ninguém, vamos lá então: comecemos pelos
ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO FRANCESA;
No século XVIII, imperava na França um sistema de governo absoluto onde o rei, defendendo uma teoria muito conveniente chamada "teoria do direito divino", difundia a idéia de que ele havia recebido o poder das mãos de Deus e que somente a Ele deveria prestar contas de seus atos.
É claro que vários pensadores, filósofos e uma cambada de "puxa saco" balançavam a cabeça para o rei, concordando com a grande barbaridade. Deitavam e rolavam.
A corte era luxuosa. Os trajes riquíssimos. Os banquetes fartos. O requinte de tudo estava no ritual onde até o ato de iniciar e degustar uma taça de vinho era algo que consumia horas.
E o povo? Coitado do povo. Esse povo que era constituido por lavradores, artesãos, soldados, oleiros, sapateiros, ferreiros, comia o "pão que o diabo amassou".
Muitos dormiam com os animais para se aquecerem do frio intenso. O alimento era escasso, a habitação precária. Jornada de trabalho de sol a sol. Ainda havia os impostos, tributos e taxas de proteção.
As Vilas eram imundas, nojentas; não tinham as mínimas condições de higiene. As pestes e hipedemias eram frequentes.
Aí daquele que se manifestasse contra o governo ou que não pagasse suas obrigações. Era preso na Bastilha que era uma prisão, símbolo do poder real. Ali o sujeito simplesmente passava a pão e água; convivendo com ratos, piolhos, na escuridão de um cárcere úmido e sujo.
Com todo este sistema sufocante, o clima de revolta foi tomando forma, se incorporando e um dia explodiu. É o famoso episódio da Revolução Francesa: a Queda da Bastilha onde o povo libertou os presos e todos foram às ruas pondo por terra todo o sistema político imperante da época.
Entrou-se em uma fase de horror onde reis, rainhas, filósofos, pensadores foram mortos na guilhotina. Muitas cabeças rolaram. O clima de violência tomou conta das estradas, caminhos e lugarejos.
BICHO ESTRANHO
Nossas águas tropicais
Não são tão frias assim
Mas lá de vez em quando
Quando menos esperamos
Aqui temos focas e piguins
Nos idos de sessenta
Leão marinho levou fama.
O grande bicho exposto
Com porte exagerado
Nas fotos documentados
Na antiga banca da Lapeana.
Com o ibope do Uga Uga
Tivemos na década de setenta
Uma grande tartaruga.
Curiosos de todas as idades
Viram no bicho melento
Cenário de fotos para a prosperidade.
Quem não lembra da baleia
Que encalhou lá no Nereidas
Foi um grande corre corre
Para ter a sua vida salva
Mas sem habilidade e com falha
O bicho morreu na areia alva.
Os golfinhos que nas ondas
Fazem festa com os banhistas.
Sentado nas pedras, você olha
E os vê em grandes bandos
Vão e voltam deslizando
Competindo com os surfistas.
Mais além, já bem recente
Apareceu um jacaré
No jornal virou notícia
E a Baía passou em revista.
Não se assustem se um dia
Um bicho novo aparecer.
Não vamos ficar parados
Repetindo os erros do passado
E deixa-lo perecer.
Não são tão frias assim
Mas lá de vez em quando
Quando menos esperamos
Aqui temos focas e piguins
Nos idos de sessenta
Leão marinho levou fama.
O grande bicho exposto
Com porte exagerado
Nas fotos documentados
Na antiga banca da Lapeana.
Com o ibope do Uga Uga
Tivemos na década de setenta
Uma grande tartaruga.
Curiosos de todas as idades
Viram no bicho melento
Cenário de fotos para a prosperidade.
Quem não lembra da baleia
Que encalhou lá no Nereidas
Foi um grande corre corre
Para ter a sua vida salva
Mas sem habilidade e com falha
O bicho morreu na areia alva.
Os golfinhos que nas ondas
Fazem festa com os banhistas.
Sentado nas pedras, você olha
E os vê em grandes bandos
Vão e voltam deslizando
Competindo com os surfistas.
Mais além, já bem recente
Apareceu um jacaré
No jornal virou notícia
E a Baía passou em revista.
Não se assustem se um dia
Um bicho novo aparecer.
Não vamos ficar parados
Repetindo os erros do passado
E deixa-lo perecer.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
PÁSSAROS MARINHOS II
Veja os pássaros dispersos em bandos
A imigração constante dos biguás
Os manguezais se encolhendo
Pois o "progresso" se estendendo
Onde quase causou a extinção dos guarás.
O socó que sobrevoa
E se alimenta dos bichinhos
Que habitam as coroas.
Também a saracura
Que se parece com o inambú
Que nos mangues buscam caranguejinhos,
Parati, oveva, ambore,
Caratinga e robalinho.
O inhaçam, outra ave com ar singelo
Habita os pirizais e vive aos berros.
Seu banquete preferido é com requinte
O que não deixa para o dia seguinte
O conhecido camarão ferro.
Garapinhé, ave de pequeno porte,
Ainda o Trinta Réis e o mergulhão.
Com seu vôo ligeiro
Busca nas águas limpas e sujas
Os cardumes de manjuvas.
Também a batuíra pernalta
Com seu rumo certeiro
E sem levantar vôos tortos
Corre ágil atrás da minas
Que são os peixinhos mortos.
O bem-te-vi fofoqueiro
Usando o seu linguajar
Não entregando aquele
Que vive em bando "nos Currais"
O bonito tesoureiro.
A imigração constante dos biguás
Os manguezais se encolhendo
Pois o "progresso" se estendendo
Onde quase causou a extinção dos guarás.
O socó que sobrevoa
E se alimenta dos bichinhos
Que habitam as coroas.
Também a saracura
Que se parece com o inambú
Que nos mangues buscam caranguejinhos,
Parati, oveva, ambore,
Caratinga e robalinho.
O inhaçam, outra ave com ar singelo
Habita os pirizais e vive aos berros.
Seu banquete preferido é com requinte
O que não deixa para o dia seguinte
O conhecido camarão ferro.
Garapinhé, ave de pequeno porte,
Ainda o Trinta Réis e o mergulhão.
Com seu vôo ligeiro
Busca nas águas limpas e sujas
Os cardumes de manjuvas.
Também a batuíra pernalta
Com seu rumo certeiro
E sem levantar vôos tortos
Corre ágil atrás da minas
Que são os peixinhos mortos.
O bem-te-vi fofoqueiro
Usando o seu linguajar
Não entregando aquele
Que vive em bando "nos Currais"
O bonito tesoureiro.
PÁSSAROS MARINHOS I
Nossa baía é um recorte
Incrustado no leste do mapa
Em suas paragens e sítios
Nos pântanos, coroas e ilhas
A presença de aves marinhas
Embelezam o município.
Veja a competição cerrada
Que empreende com orgulho
O faceiro Martin Pescador
Com sua visão de louvor
Caindo em certeiro mergulho.
Também aquelas aves escondidas
Longe dos meios urbanos
Se desnvolvem e se expandem
Longe dos olhos humanos
É o caso do Pai João
Cinza e bem grandão
Colhereiro com seu bico singular
Cata na superfície o camarão
E na falta deste, muda de lar.
Socó da noite tipo coruja
Com seu vozerio forte
Com sua visão desumana, olha a presa
Tenta espantar o consorte
Na busca de sua mesa.
O gavião macaco
Habitante dos bancos de areia
Briga pelo alimento
Mas na falta e sem descontento
Come as aves que na natureza
São da espécie, suas companheiras.
Nesta disputa de vida constante
Os bandos andam dispersos
Buscando em grandes fontes
Alimento, bichinhos aos montes
Enriquecendo as paisagens deste universo.
Incrustado no leste do mapa
Em suas paragens e sítios
Nos pântanos, coroas e ilhas
A presença de aves marinhas
Embelezam o município.
Veja a competição cerrada
Que empreende com orgulho
O faceiro Martin Pescador
Com sua visão de louvor
Caindo em certeiro mergulho.
Também aquelas aves escondidas
Longe dos meios urbanos
Se desnvolvem e se expandem
Longe dos olhos humanos
É o caso do Pai João
Cinza e bem grandão
Colhereiro com seu bico singular
Cata na superfície o camarão
E na falta deste, muda de lar.
Socó da noite tipo coruja
Com seu vozerio forte
Com sua visão desumana, olha a presa
Tenta espantar o consorte
Na busca de sua mesa.
O gavião macaco
Habitante dos bancos de areia
Briga pelo alimento
Mas na falta e sem descontento
Come as aves que na natureza
São da espécie, suas companheiras.
Nesta disputa de vida constante
Os bandos andam dispersos
Buscando em grandes fontes
Alimento, bichinhos aos montes
Enriquecendo as paisagens deste universo.
domingo, 22 de janeiro de 2012
São Francisco de Assis e as FAÇANHAS DE UM MARTIM PESCADOR
A sintonia de São Francisco de Assis com a natureza era intensa. Conta-se que estando em oração nas margens de um lago, um martim-pescador e uma truta, de tamanho regular vinham todos os dias, pontualmente à mesma hora, para pedir-lhe a bênção.
Aqui vai uma singela homenagem a este grande homem e santo:
Façanhas de um martim-pescador
Eu vi, vou contar, eu prometo
Pois disso eu tenho certeza
Um pássaro cinza de bico preto
Com esforço levando a presa.
Em um mergulho certeiro
Após um vôo rasteiro rápido
Desceu ligeiro tático
E subiu todo faceiro.
O peixe atravessado no bico
De modo desproporcional
Apertado no torniquete forte
Dominado pelo pequeno porte
Se debatia infernal.
Sabia que não teria chance
Pois o almoço era o lance
Do destemido predador
O tranquilo Martim Pescador
Bicho pequeno e com jeito
Não deu corda pra manjuva
E ainda de lambuja
Teve plateia para o feito.
Todos observavam o furo
Do destemido Martim Pescador
No parapeito do muro.
Os passantes queriam ver o desfecho
Das peripécias do banquete
Daquele que estava causando furor.
Mas eis que um enxerido
Menino intrometido
Vai espreitar curioso
Aí o arisco pássaro
Se manda com sua presa
Para se deliciar sozinho
Longe dos olhos vizinhos
Daqueles que estavam a observar
A cena e o seu desfechar.
Aqui vai uma singela homenagem a este grande homem e santo:
Façanhas de um martim-pescador
Eu vi, vou contar, eu prometo
Pois disso eu tenho certeza
Um pássaro cinza de bico preto
Com esforço levando a presa.
Em um mergulho certeiro
Após um vôo rasteiro rápido
Desceu ligeiro tático
E subiu todo faceiro.
O peixe atravessado no bico
De modo desproporcional
Apertado no torniquete forte
Dominado pelo pequeno porte
Se debatia infernal.
Sabia que não teria chance
Pois o almoço era o lance
Do destemido predador
O tranquilo Martim Pescador
Bicho pequeno e com jeito
Não deu corda pra manjuva
E ainda de lambuja
Teve plateia para o feito.
Todos observavam o furo
Do destemido Martim Pescador
No parapeito do muro.
Os passantes queriam ver o desfecho
Das peripécias do banquete
Daquele que estava causando furor.
Mas eis que um enxerido
Menino intrometido
Vai espreitar curioso
Aí o arisco pássaro
Se manda com sua presa
Para se deliciar sozinho
Longe dos olhos vizinhos
Daqueles que estavam a observar
A cena e o seu desfechar.
O NOSSO GUARÁ
Nossa baía é um recorte
Incrustrado no leste do mapa
Em suas paragens e sítios
Busca-se o guará
Ave que deu nome ao município.
Sinto falta do nosso guará
Que sumiu destas paisagens
Por certo lá na Amazônia está
Ou no Mato Grosso pantaneiro
Com o seu voar altaneiro
Sendo da beleza mensageiro
Com sua bela plumagem
A enfeitar a paisagem.
Nossas ilhotas e restingas
Ficaram sem sua presença
Pois o homem travou a sentença
E como se fosse doença
Violou seus ninhos toscos
E para nós veio o grande desgosto
Que foi o destino da mingua.
Vendo a literatura
Tudo para nós indica
Que o guará, ave abundante
Do tupi "tuba" significante
Juntou e originou Guaratuba.
Nosso município está carente
De sua raiz ecológica
Pois extinta da baía, em suas margens
Fica só a mensagem
De uma ave para nós mitológica.
Incrustrado no leste do mapa
Em suas paragens e sítios
Busca-se o guará
Ave que deu nome ao município.
Sinto falta do nosso guará
Que sumiu destas paisagens
Por certo lá na Amazônia está
Ou no Mato Grosso pantaneiro
Com o seu voar altaneiro
Sendo da beleza mensageiro
Com sua bela plumagem
A enfeitar a paisagem.
Nossas ilhotas e restingas
Ficaram sem sua presença
Pois o homem travou a sentença
E como se fosse doença
Violou seus ninhos toscos
E para nós veio o grande desgosto
Que foi o destino da mingua.
Vendo a literatura
Tudo para nós indica
Que o guará, ave abundante
Do tupi "tuba" significante
Juntou e originou Guaratuba.
Nosso município está carente
De sua raiz ecológica
Pois extinta da baía, em suas margens
Fica só a mensagem
De uma ave para nós mitológica.
sábado, 21 de janeiro de 2012
SALIÊNCIAS DA NATUREZA
Morro do Pinto, Cabaraquara, do Araraquara, Morro Feio, Morrete, do Cristo, Morro Grande e muitos outros. São as saliências remanescentes nas encostas litorâneas que aqui em Guaratuba se encarregam de complementar um cenário composto de reentrâncias e depressões como a baía e os vários rios que descem da serra.
Esses rios que serpenteiam por entre os montes do planalto, deslizam em seus leitos as vezes arenosos, outras vezes pedregosos mas nada impedindo que suas águas sejam límpidas e cristalinas.
Somente, é claro, nas épocas chuvosas; essas águas tornam-se barrentas, avermelhadas ou lamacentas devido as chuvas torrenciais que caem copiosamente em suas nascentes.
Desses grandes e volumosos montes, os rios vão desaguar na baía, que por sua vez leva essas águas ao grande mar aberto que é o Oceano Atlântico.
Essas montanhas podem ser consideradas os grandes berçários fluviais cujos córregos, ao engrossarem vão suprir por sua vez toda uma população ribeirinha com suas águas, peixes berbilhões e crustáceos, hidrovia e mais volume para a baía, com suas águas benditas.
Morros que observados de frente da baía, não dão a idéia de sua imensidão e grandiosidade por onde, contornos irregulares, as vezes esbranquiçados pela neblina denotam uma supremacia que ao longe se impõe sem que imaginemos todo o potencial de vida que emana de sua cobertura vegetal.
Um...Dois...TRÊS...
morros, cumes e montes
Bendito seja quem te fez!
Esses rios que serpenteiam por entre os montes do planalto, deslizam em seus leitos as vezes arenosos, outras vezes pedregosos mas nada impedindo que suas águas sejam límpidas e cristalinas.
Somente, é claro, nas épocas chuvosas; essas águas tornam-se barrentas, avermelhadas ou lamacentas devido as chuvas torrenciais que caem copiosamente em suas nascentes.
Desses grandes e volumosos montes, os rios vão desaguar na baía, que por sua vez leva essas águas ao grande mar aberto que é o Oceano Atlântico.
Essas montanhas podem ser consideradas os grandes berçários fluviais cujos córregos, ao engrossarem vão suprir por sua vez toda uma população ribeirinha com suas águas, peixes berbilhões e crustáceos, hidrovia e mais volume para a baía, com suas águas benditas.
Morros que observados de frente da baía, não dão a idéia de sua imensidão e grandiosidade por onde, contornos irregulares, as vezes esbranquiçados pela neblina denotam uma supremacia que ao longe se impõe sem que imaginemos todo o potencial de vida que emana de sua cobertura vegetal.
Um...Dois...TRÊS...
morros, cumes e montes
Bendito seja quem te fez!
terça-feira, 17 de janeiro de 2012
POR DO SOL NA BAÍA
Há muitos anos atrás, eu ainda lecionava e meu irmão estudava a noite. Qual foi a minha surpresa quando olho no edital da sala onde estava trabalhando e vejo uma redação exposta com o seguinte comentário:"Muito bom. Esta redação está linda. Parabens". Na realidade era um texto feito pelo meu irmão Luca. Me apaixonei pelo texto. Depois do tempo que a redação teria que ficar exposta eu, irmã coruja a peguei e a conservei entre meus guardados. Mais tarde a publiquei no jornal onde eu tinha uma coluna e hoje a transcrevo neste espaço.
POR DO SOL
"Olho a Baía, o sol quase se pondo por detrás da serra, dando uma forte tonalidade avermelhada, refletindo imensamente na água cor de fogo. A brisa leve e agradável toca o homem que rema macio e demoradamente, como sem se importar com o tempo da chegada. Talvez, formadas pelos efeitos das marés surgem algumas marolas que, vindas do meio da Baía, aproximam-se levantando e abaixando alguns barcos ali ancorados e, por fim, batendo carinhosamente contra o muro. O sol desce mais, pondo-se pela metade atrás das grandes montanhas do planalto, resultando em uma paisagem mais escura e e de cor violeta rosado. Agora até mesmo as montanhas parecem em brasa, tornando o visual intenso.
Se retratado fosse por um artísta, talvez muitos não acreditassem, mas estava lá.
De repente, a tonalidade cheia de reflexos vermelhos vai sumindo gradativamente, a claridade já no fim dá lugar à noite. O sol que a pouco já sumiu, levou tudo consigo. Resta-me esperar agora o amanhecer. Um...,dois...,três...Por do sol magnífico, Bendito seja quem te fêz.
LUCA
POR DO SOL
"Olho a Baía, o sol quase se pondo por detrás da serra, dando uma forte tonalidade avermelhada, refletindo imensamente na água cor de fogo. A brisa leve e agradável toca o homem que rema macio e demoradamente, como sem se importar com o tempo da chegada. Talvez, formadas pelos efeitos das marés surgem algumas marolas que, vindas do meio da Baía, aproximam-se levantando e abaixando alguns barcos ali ancorados e, por fim, batendo carinhosamente contra o muro. O sol desce mais, pondo-se pela metade atrás das grandes montanhas do planalto, resultando em uma paisagem mais escura e e de cor violeta rosado. Agora até mesmo as montanhas parecem em brasa, tornando o visual intenso.
Se retratado fosse por um artísta, talvez muitos não acreditassem, mas estava lá.
De repente, a tonalidade cheia de reflexos vermelhos vai sumindo gradativamente, a claridade já no fim dá lugar à noite. O sol que a pouco já sumiu, levou tudo consigo. Resta-me esperar agora o amanhecer. Um...,dois...,três...Por do sol magnífico, Bendito seja quem te fêz.
LUCA
domingo, 15 de janeiro de 2012
CLAMOR DE UMA GARÇA
Eu sou uma garça triste
Que olho a baía parada
Estática, como sem ação
Mas, olhando com atenção
Vejo tudo o que em volta existe.
Vejo o revoar das gaivotas
Brancas, travessas, brejeiras
Na sua busca constante
De sua presa ligeira.
Aquelas cinzas que migram
Do Mato Grosso distante
Vêm para essas águas no outono
Em busca de abrigo e alimento
Sem dono.
Tudo observo e noto
Na minha postura pernalta
Ao voar esticada e comprida
Ou pousada, quieta e tranquila,
Com o pescoço em alça.
Minhas companheiras pequenas
Estão sempre a perscrutar
Sobre o muro de arrimo atentas
Quando vêem um barco que entra
Disputam as sobras de iscas
Que os pescadores estão a jogar.
Neste ambiente de tanta fartura
A continuidade da existência é o dote
Que se garante a presença através da postura
E a vinda de seus filhotes.
Nesta luta de sobrevivência
E também na preservação da espécie
É fundamental que não haja
O predador intruso
Que dos seus instrumentos faz uso
Destruindo tudo, pondo em desuso
O que nos deu a Divina Providência.
Que olho a baía parada
Estática, como sem ação
Mas, olhando com atenção
Vejo tudo o que em volta existe.
Vejo o revoar das gaivotas
Brancas, travessas, brejeiras
Na sua busca constante
De sua presa ligeira.
Aquelas cinzas que migram
Do Mato Grosso distante
Vêm para essas águas no outono
Em busca de abrigo e alimento
Sem dono.
Tudo observo e noto
Na minha postura pernalta
Ao voar esticada e comprida
Ou pousada, quieta e tranquila,
Com o pescoço em alça.
Minhas companheiras pequenas
Estão sempre a perscrutar
Sobre o muro de arrimo atentas
Quando vêem um barco que entra
Disputam as sobras de iscas
Que os pescadores estão a jogar.
Neste ambiente de tanta fartura
A continuidade da existência é o dote
Que se garante a presença através da postura
E a vinda de seus filhotes.
Nesta luta de sobrevivência
E também na preservação da espécie
É fundamental que não haja
O predador intruso
Que dos seus instrumentos faz uso
Destruindo tudo, pondo em desuso
O que nos deu a Divina Providência.
BELEZA LITORÂNEA
De toda beleza que existe
Podemos citar diversas
As marolas que encrespam as vagas
A brisa leve ou o vento que afaga
A presença da luz solar ofuscante
Fazendo reflexos dourados
Que mais parecem seres alados
Dançando em ritmo hilariante.
As árvores e casas ribeiras
Refletidas nas águas enfeitam a paisagem
Tornando estas como se fossem miragens
Que esticam ou encolhem as suas imagens.
Os mangues com sua vida fecunda
Lamacentos onde o pé afunda
Atrás dos caranguejos matreiros
Que se enfiam nas tocas ligeiros.
Os pirizais balançando ao vento
Zoando como se fossem tormentos
Dos caiçaras que adormeciam em esteiras
Feitas deste junco que cresce ao relento.
Os sambaquis feitos pelos gentios
Amontoados de moluscos, restos e ossos
Vasos e pontas de lanças evocam
Proezas e lutas dos carijós bravios.
Por todos esses enfoques
Compondo uma coletânea
Onde Deus com o seu toque
Transformou em santuário
Esta beleza litorânea.
Podemos citar diversas
As marolas que encrespam as vagas
A brisa leve ou o vento que afaga
A presença da luz solar ofuscante
Fazendo reflexos dourados
Que mais parecem seres alados
Dançando em ritmo hilariante.
As árvores e casas ribeiras
Refletidas nas águas enfeitam a paisagem
Tornando estas como se fossem miragens
Que esticam ou encolhem as suas imagens.
Os mangues com sua vida fecunda
Lamacentos onde o pé afunda
Atrás dos caranguejos matreiros
Que se enfiam nas tocas ligeiros.
Os pirizais balançando ao vento
Zoando como se fossem tormentos
Dos caiçaras que adormeciam em esteiras
Feitas deste junco que cresce ao relento.
Os sambaquis feitos pelos gentios
Amontoados de moluscos, restos e ossos
Vasos e pontas de lanças evocam
Proezas e lutas dos carijós bravios.
Por todos esses enfoques
Compondo uma coletânea
Onde Deus com o seu toque
Transformou em santuário
Esta beleza litorânea.
quinta-feira, 12 de janeiro de 2012
ASPECTOS GEOGRÁFICOS - PAISAGENS E ANIMAIS MARINHOS
Nas crônicas expostas até aqui, nos detivemos em rasgação de seda com pessoas queridas como minha neta e filhotes, também com temas relacionados a homilias que marcaram mas principalmente com o tempo decorrente no início do milênio marcando o primeiro verão do século XXI. Quanta emoção ter vivenciado algo tão especial. Claro que no contexto observamos a energia chuvosa que prevalece nos verões mas o calor prepondera e a animação também.
Na sequência vamos para a característica especial do litoral que é a sua geografia e a sua vida marinha que é rica e magnífica. Comecemos por algo estraordinário que possuimos:
A NOSSA BAÍA - BAÍA BONITA
Baía bonita e pequena
Pontilhada de ilhas e ilhotas
Só competindo com os barcos
Os mergulhões e as gaivotas.
A tarde é um jogo incessante
Pois suas cores dependem da luz
Do azul ao verde calmo e sereno
Do amarelo intenso em brasa ao rosado
Passando para o vermelho afogueado
Mais além, o púrpura imenso seduz.
A noite a Baía se torna
Uma imensa mancha escura
Onde o perscrutar dos insetos
Afugenta qualquer desafeto
Que não contente com o dia
Continua sem fadiga
Com uma lanterna em porte
O que considera um esporte.
Os dias de verão calorosos
Incitam ao prazer os ociosos
O navegar rápido do turista
O remar preguiçoso do sertanejo
Ou a vela que o vento conquista
O timoneiro que põe em revista
As andanças dos caranguejos.
No inverno a paisagem muda
A neblina se torna constante
As garças preguiçosas aparecem
Os morros e ilhas se entorpecem
Com uma névoa esfumaçante.
Demonstrando o poder do seu Criador.
Os peixes no seu "habitat" constumeiro
São pescados com todo desatino
Tarrafas, redes e arrastos
Ou manjubas em anzóis disfarçados
Dos potentes molinetes importados
Dão a extensão do extermínio.
Anos e anos se passam
E o homem no seu fazer incessante
Com suas matanças constantes
Se torna o grande predador .
Mesmo assim a natureza reage,
E a Baía com suas correntes interage
Na sequência vamos para a característica especial do litoral que é a sua geografia e a sua vida marinha que é rica e magnífica. Comecemos por algo estraordinário que possuimos:
A NOSSA BAÍA - BAÍA BONITA
Baía bonita e pequena
Pontilhada de ilhas e ilhotas
Só competindo com os barcos
Os mergulhões e as gaivotas.
A tarde é um jogo incessante
Pois suas cores dependem da luz
Do azul ao verde calmo e sereno
Do amarelo intenso em brasa ao rosado
Passando para o vermelho afogueado
Mais além, o púrpura imenso seduz.
A noite a Baía se torna
Uma imensa mancha escura
Onde o perscrutar dos insetos
Afugenta qualquer desafeto
Que não contente com o dia
Continua sem fadiga
Com uma lanterna em porte
O que considera um esporte.
Os dias de verão calorosos
Incitam ao prazer os ociosos
O navegar rápido do turista
O remar preguiçoso do sertanejo
Ou a vela que o vento conquista
O timoneiro que põe em revista
As andanças dos caranguejos.
No inverno a paisagem muda
A neblina se torna constante
As garças preguiçosas aparecem
Os morros e ilhas se entorpecem
Com uma névoa esfumaçante.
Demonstrando o poder do seu Criador.
Os peixes no seu "habitat" constumeiro
São pescados com todo desatino
Tarrafas, redes e arrastos
Ou manjubas em anzóis disfarçados
Dos potentes molinetes importados
Dão a extensão do extermínio.
Anos e anos se passam
E o homem no seu fazer incessante
Com suas matanças constantes
Se torna o grande predador .
Mesmo assim a natureza reage,
E a Baía com suas correntes interage
UM OLHAR SOBRE A BAÍA
A maré vaza, a maré enche, a maré empanturra, fica crespa, lisa, com marolas; enfim a cada momento uma situação nova configurando uma paisagem eterna.
Entreaberta continente a dentro, até os confins, forma um imenso tapete líquido que contenta tanto aos ribeirinhos que dela tiram o seu sustento como ao turista que nela faz o seu lazer.
Esta é a nossa baìa que ora está mais alta, ora mais baixa deixando a mostra berbilhões, ostras e cracas, formando um contraste exuberante de vida onde aves conpetem entre si na busca de alimentos.
Voando sorrateiramente sobre a superfície, as gaivotas perscrutam a sua presa que é "pescada" vorazmente. Garças esperam estáticas; biguás e mergulhões passeiam demoradamente sobre a superfície, desaparecendo em mergulhos vasculhadores e certeiros.
E, para complementar todo esse cenário o homem procura para o prazer utilizar de todos os esportes aquáticos nas suas paragens que pode ser desde o passeio preguiçoso do caiaque, o frenético deslizar do jet sky, o potente e rápido navegar nos iates, ou simplesmente o carregar de toda a "traia" para se deliciar em uma pescaria relachante.
Entreaberta continente a dentro, até os confins, forma um imenso tapete líquido que contenta tanto aos ribeirinhos que dela tiram o seu sustento como ao turista que nela faz o seu lazer.
Esta é a nossa baìa que ora está mais alta, ora mais baixa deixando a mostra berbilhões, ostras e cracas, formando um contraste exuberante de vida onde aves conpetem entre si na busca de alimentos.
Voando sorrateiramente sobre a superfície, as gaivotas perscrutam a sua presa que é "pescada" vorazmente. Garças esperam estáticas; biguás e mergulhões passeiam demoradamente sobre a superfície, desaparecendo em mergulhos vasculhadores e certeiros.
E, para complementar todo esse cenário o homem procura para o prazer utilizar de todos os esportes aquáticos nas suas paragens que pode ser desde o passeio preguiçoso do caiaque, o frenético deslizar do jet sky, o potente e rápido navegar nos iates, ou simplesmente o carregar de toda a "traia" para se deliciar em uma pescaria relachante.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
NATUREZA NADA NOSTÁLGICA
Bem diz o ditado que "não importa a platéia pois o nascer do sol que é tão belo e resplandescente, acontece todos os dias e a maioria das pessoas ainda está dormindo".
Previligiadamente nos gratificamos com presentes que a natureza nos fornece quando estamos atentos.
Certo dia, estava ainda escuro quando cheguei no trabalho. Chovia. Gotículas de água formavam uma névoa sobre a baía, que dariam o toque exuberante para completar o espetáculo. Instantes após, o horizonte começou a ficar afogueado pois o majestoso estava nascendo. No oeste, a baía ainda estava dormente mas os barcos captavam a luz do sol e pareciam fosforescentes. No meio de todo esse esplendor, no fundo da baía, entre o Morro da Sepultura e os morros do planalto, um grande arco-íris se impõe completando todo este cenário com seu círculo colorido sobre as nuvens ainda carregadas que perdurariam durante o dia todo mas, não seriam suficientes para encobrir toda a beleza e a luminosidade do sol que se encarregaria de tornar o dia quente e ensolarado.
Um, dois, três...natureza. Bendito seja quem te fez.
domingo, 8 de janeiro de 2012
UMA TARDE ESPECIAL
Em pleno verão, era uma tarde de domingo. Minha neta começou a me cobrar uma ida à praia pois queria brincar de castelos de areia para colocar em suas "portinhas" os bichinhos de brinquedo que seriam os "guardiões" do "castelo". Colocamos toda a "traia" no carro e rumamos para o lazer.
Gente simplesmente passeando, outras sentadas apreciando o movimento das marolas e dos passantes, outras jogando frescobool, a criançada brincando, comendo, se banhando e nós, passamos a integrar esse cenário. Sentamos e logo começamos a fazer os amontoados de areia.
Letícia eufórica. Brincava, conversava, corria até a água, moldava o "castelo" e cavocava as suas portinhas para que os personagens tomassem seus postos. Estava elétrica de tanta energia.
Mas como estava um presságio de tempo atravessado, não deu outra. O céu para oeste, em direção à serra começou a escurecer e para leste passou a ficar iluminado por relâmpagos que cortavam e riscavam o azul roial que se instalou além da linha do horizonte, fazendo fundo à aquela imensidão de água crespa.
Essa transformação se dava lentamente e ninguém ousava arredar o pé, pois o espetáculo era mavilhoso. Era como se o Morro do Cristo, que adquiriu uma tonalidade verde amarelada, se projetasse para adiante do seu local original e estivesse bem perto de nós, que estávamos na praia central.
Só deixamos tudo isso para trás quando pingos grossos de chuva começaram a cair esparsamente para dar tempo a todos que, com sua xeretice, queriam se intrometer neste espetáculo.
Desmontamos os castelos, recolhemos os brinquedos mas os "guardiões" permaneceram invisíveis, zelando por essa natureza bendita.
Gente simplesmente passeando, outras sentadas apreciando o movimento das marolas e dos passantes, outras jogando frescobool, a criançada brincando, comendo, se banhando e nós, passamos a integrar esse cenário. Sentamos e logo começamos a fazer os amontoados de areia.
Letícia eufórica. Brincava, conversava, corria até a água, moldava o "castelo" e cavocava as suas portinhas para que os personagens tomassem seus postos. Estava elétrica de tanta energia.
Mas como estava um presságio de tempo atravessado, não deu outra. O céu para oeste, em direção à serra começou a escurecer e para leste passou a ficar iluminado por relâmpagos que cortavam e riscavam o azul roial que se instalou além da linha do horizonte, fazendo fundo à aquela imensidão de água crespa.
Essa transformação se dava lentamente e ninguém ousava arredar o pé, pois o espetáculo era mavilhoso. Era como se o Morro do Cristo, que adquiriu uma tonalidade verde amarelada, se projetasse para adiante do seu local original e estivesse bem perto de nós, que estávamos na praia central.
Só deixamos tudo isso para trás quando pingos grossos de chuva começaram a cair esparsamente para dar tempo a todos que, com sua xeretice, queriam se intrometer neste espetáculo.
Desmontamos os castelos, recolhemos os brinquedos mas os "guardiões" permaneceram invisíveis, zelando por essa natureza bendita.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
NATUREZA DECIDIDA - INÍCIO DO MILÊNIO
É claro que já estamos no ano de 2012, amanhecer do dia quatro de janeiro e o prenúncio é de muito calor pois está abafado e no céu, alguns pontinhos de estrelas aqui e ali. Vamos ver o que vai acontecer durante o dia.
Mas, como não é qualquer geração que teve o privilégio de viver o início do milênio e o que se apresentou no verão decorrente.
Podemos dizer que o início do milênio está exibindo tudo de bonito que pode existir. Muitos verões foram chuvosos, outros catastróficos. Outros com pouco movimento. Enfim, sempre algum contratempo.
Neste primeiro verão da década, o calor está no ponto: sol maravilhoso durante o dia; a tarde, brisa e chuva para refrescar e a noite, uma lua exuberante em um céu pontilhado de estrelas. Chega-se até ao extremo de termos num dia só, várias manifestações da natureza para abrilhantar ainda mais esta estação de férias. Por exemplo: no dia 4 de janeiro o dia amanheceu ensolarado. De repente, o mar trouxe uma neblina que adentrou a baía e foi tomando conta das ilhas até os confins da serra. A chuva foi certa; pingos grossos e indecisos que deixavam os pescadores incertos da pescaria a ser realizada.Veio então a definição: chuva a cântaros. Choveu tudo o que tinha direito. Abriu o tempo e às nove horas já estávamos com um lindo arco-íris passando a mensagem que a partir daí o sol reinaria e os pescadores, veranistas e trabalhadores poderiam continuar a tarefa interrompida ou que ainda estava por começar.
No dia sete, outra manifestação quando, após o sol reinante o céu passou a ser formado por nuvens carregadas que deram a conotação do temporal que viria. E veio.Relâmpagos, trovoadas, vento e chuva, muita chuva. Mas, trinta minutos após, tudo já estava límpido outra vez. Êta natureza decidida.
Mas, como não é qualquer geração que teve o privilégio de viver o início do milênio e o que se apresentou no verão decorrente.
Podemos dizer que o início do milênio está exibindo tudo de bonito que pode existir. Muitos verões foram chuvosos, outros catastróficos. Outros com pouco movimento. Enfim, sempre algum contratempo.
Neste primeiro verão da década, o calor está no ponto: sol maravilhoso durante o dia; a tarde, brisa e chuva para refrescar e a noite, uma lua exuberante em um céu pontilhado de estrelas. Chega-se até ao extremo de termos num dia só, várias manifestações da natureza para abrilhantar ainda mais esta estação de férias. Por exemplo: no dia 4 de janeiro o dia amanheceu ensolarado. De repente, o mar trouxe uma neblina que adentrou a baía e foi tomando conta das ilhas até os confins da serra. A chuva foi certa; pingos grossos e indecisos que deixavam os pescadores incertos da pescaria a ser realizada.Veio então a definição: chuva a cântaros. Choveu tudo o que tinha direito. Abriu o tempo e às nove horas já estávamos com um lindo arco-íris passando a mensagem que a partir daí o sol reinaria e os pescadores, veranistas e trabalhadores poderiam continuar a tarefa interrompida ou que ainda estava por começar.
No dia sete, outra manifestação quando, após o sol reinante o céu passou a ser formado por nuvens carregadas que deram a conotação do temporal que viria. E veio.Relâmpagos, trovoadas, vento e chuva, muita chuva. Mas, trinta minutos após, tudo já estava límpido outra vez. Êta natureza decidida.
domingo, 1 de janeiro de 2012
"E A CHUVA CONTANDO PRA TERRA AS COISAS DO AR"
Nos tempos de chuva, temporais; os rios sobem, as enxurradas devastam, as chuvas tudo cobrem, o vento serpenteia transportando gotículas que mais parecem pedregulhos ou fagulhas de vidro bombardeando tudo o que vem pela frente.
Que coisas inóspitas são estas do ar que as chuvas trazem para a terra onde embarcações são emborcadas, plantações viradas,casas destruídas, arrastadas, árvores arrancadas, postes derrubados, fios arrebentados, deixando toda uma população às escuras?
Talvez seja a grande mágoa do ar motivado pelos desmoronamentos, onde as encostas ficam descobertas provocando deslizes de terra para o leito dos rios que assoreados, não contém toda a água provinda das nascentes e transbordam, provocando esta copiosa destruição. Ou o fato de que esses mesmos desmoronamentos quebrem todo o processo de evaporação contida, desregulando a densidade das chuvas.
Talvez, motivados pelo "progresso", nós "civilizados" deixamos o lixo em qualquer lugar; ou, para nossa comodidade usamos tudo descartável como se descartando algo, isso não se transformasse em entulho lá na frente contaminando, poluindo, contagiando, entopecendo, obstruindo; tornando o ar nocivo e magoado. Daí só resta para ele fazer todo esse berreiro na terra.
Que coisas inóspitas são estas do ar que as chuvas trazem para a terra onde embarcações são emborcadas, plantações viradas,casas destruídas, arrastadas, árvores arrancadas, postes derrubados, fios arrebentados, deixando toda uma população às escuras?
Talvez seja a grande mágoa do ar motivado pelos desmoronamentos, onde as encostas ficam descobertas provocando deslizes de terra para o leito dos rios que assoreados, não contém toda a água provinda das nascentes e transbordam, provocando esta copiosa destruição. Ou o fato de que esses mesmos desmoronamentos quebrem todo o processo de evaporação contida, desregulando a densidade das chuvas.
Talvez, motivados pelo "progresso", nós "civilizados" deixamos o lixo em qualquer lugar; ou, para nossa comodidade usamos tudo descartável como se descartando algo, isso não se transformasse em entulho lá na frente contaminando, poluindo, contagiando, entopecendo, obstruindo; tornando o ar nocivo e magoado. Daí só resta para ele fazer todo esse berreiro na terra.
Eu, minha sacola e DEUS
Caminhar, ir em frente, sempre foi a minha luta.
Trabalhei 25 anos no Magistério, do qual tenho muitas saudades. Saudades dos meus amigos, meus alunos, muitos hoje já pais e avós.
Atuei com minha família no comércio voltado ao ramo de restaurante durante muitos anos. Foi uma experiência e tanto e uma escola também. Convivemos com funcionários e clientes, pessoas maravilhosas cuja amizade será eterna. Hoje minha filha e meu genro dão continuidade a esta atividade com o Restaurante Pelicano.
Mas a aposentadoria chega e ela funciona como um tipo de reclusão onde você se sente distante de tudo e de todos, numa inércia enclausuradora.
Aí aparece a política. Esta política vivenciada de várias maneiras mas que não deixa de ser atraente e convidativa ao convívio, à chance da troca de idéias com os amigos, parentes e pessoas da cidade.
Gosto de sair, manter contato, conversar, visitar, rever pessoas. Atividades que renovam e vitalizam. Fiz isso em 2000 como candidata pelo PPS, em 2006 quando fomos convidados para Casal Festeiro da Festa do Divino (Margarida e Henrique – Pelicano), uma bênção em nossa vida e agora, estou retornando como candidata mais uma vez pelo PPS.
Portanto, retornei aos lares. Eu, minha sacola e DEUS. Em todos que entrei, com todas as pessoas que conversei, a receptividade foi intensa. Revi novas paragens na cidade. Percorri vários caminhos. Conheci novas pessoas. Muitas não pude visitar pois o tempo urge e as parcas condições financeiras servem como empecilho para um trabalho mais agilizado. Mas amigos são amigos, estão sempre no coração e a consideração por todos será para sempre.
Agradeço o apoio que recebi e peço seu voto. O voto de confiança. Pois esta é a maneira de representar a minha cidade na Câmara de Vereadores e ser o seu representante diante do Poder Legislativo de nosso município .
Obrigado mais uma vez em meu nome e de toda a minha família.
O NOVO
Certa vez, um mestre e seus discípulos em suas andanças chegaram a um casebre onde um homem maltrapilho os recebeu. Pedindo um lugar para descansar e água para beber, o mestre e seus discípulos foram acolhidos.
Interrogado sobre a maneira de sobrevivência pois não havia plantação alguma, criação nenhuma e o cenário era de total pobreza, o homem apontou para uma vaquinha dizendo que esta fornecia o leite usado no sustento e o restante era vendido para a compra do complemento para a alimentação de todos, sendo esta uma família numerosa.
O mestre e a sua comitiva, após descansarem, se restabelecerem, e se alimentarem do pouco alimento que lhes foi oferecido, se despediram e voltaram para sua caminhada.
Ao se retirarem a uma certa distância, o mestre falou para um de seus seguidores que voltasse ao casebre e jogasse a vaquinha no precipício. O discípulo indignado com a tarefa se negou a faze-la argumentando que a vaquinha era a única fonte de sustento daquela pobre família.
O mestre por sua vez disse ao discípulo, que se ele não o atendesse não teria mais razão de o continuar o seguindo.
O discípulo achou descabida a tarefa de jogar no precipício um animal que representava a única fonte de renda de uma família miserável que os acolheu e onde foram bem tratados, mas acabou cedendo as ordens de seu mestre e cumpriu com a sua missão.
Passaram-se os tempos e um dia, o discípulo já mestre com os seus seguidores, passaram por aquelas antigas paragens e ainda com a lembrança do ato cometido, queria se certificar do que acontecera àquela pobre família.
Depararam-se com uma casa bonita, confortável e foram recebidos por pessoas bem vestidas. O terreno em volta estava recoberto de plantação, e ainda havia diversidade de criação.
Interrogados sobre o destino da família que habitava o antigo casebre, um senhor respondeu que eram eles a quem o mestre se referia.
Atônito o mestre tomou conhecimento que após o acontecido com a vaquinha, diante das dificuldades que surgiram, a família teve que tomar novos rumos e partir para novas idéias para garantir a sobrevivência e o resultado estava ali no novo cenário que se descortinava diante de todos.
(Mensagem da missa de alguns anos atrás rezada pelo padre Álvaro no encerramento das Missões)
PARTILHA
Em uma reunião comentávamos sobre serviço comunitário tais como: arrecadação de livros para a formação ou implementação de uma biblioteca; distribuição de cestas básicas; arrecadação de uniformes escolares; confecção e organização de enxovais de bebê para serem doados às gestantes carentes, enfim assuntos desta ordem. Isto me fez lembrar do tema de uma missa que assisti há muitos domingos atrás. Era referente a partilha.
A parte do Evangelho e a Primeira Leitura se referiam ao milagre da multiplicação de cinco pães e dois peixes ofertados por um menino onde Cristo dando graças distribuiu e saciou a fome de quinze mil pessoas que estavam reunidas para escutarem a Sua palavra.
Na Omilia, o sacerdote comentou que não foi uma mágica feita por Jesus onde de repente aparecem milhares de pães e milhares de peixes. Se isto acontecesse na realidade hoje em dia , dois mil anos após já estaria no esquecimento pois mágicos e mágicos se passaram e não há enaltecimento nenhum de seus feitos.
O que realmente aconteceu foi o milagre da partilha onde na época era comum as pessoas levarem consigo um farnel com pães e peixe seco.
Jesus pegou os cinco pães e os peixes, os partiu e começou a distribuí-los aos que estavam mais próximos. Os demais, vendo este ato, começaram também a levar a mão aos seus farnéis, cortavam seus pães e peixes e os distribuiam aos seus companheiros. Este foi o grande milagre da multiplicação e da partilha onde as pessoas com certeza tiveram o seu interior modificado naquele momento e o seu coração transformado.
Será que simplesmente arrecadar cestas básicas e entregá-las às famílias carentes motiva uma modificação interior?
De que forma poderíamos incentivar o dom da partilha? Com certeza por mais pobre que a pessoa seja, mas uma riqueza interior, um dom ou uma especialidade ela possui que certamente poderá ser compartilhada com as demais.
Afinal, cada um de nós tem consciência do seu dom?
O que temos que poderemos compartilhar para tornar este mundo um pouco melhor?
PAZ E SOLIDARIEDADE
Me criei andando mais de 5 Km . para ir à missa.
Era rezada em latim e nós decorávamos todas as rezas pois éramos crianças e crianças têm facilidade para isso, mesmo não sabendo o significado.
Fomos educados a não olhar para trás na igreja pois se Jesus Cristo estava no altar e nós estávamos ali para reverencia-Lo, não havia então motivo de se ficar “saçaricando” e conversando na igreja.
Quando nos mudamos para Guaratuba, início dos anos 60, fomos morar em frente da praça, sendo só atravessá-la para se chegar a Igreja. Mas como já estávamos crescidos e a preguiça tomou conta, era uma briga todo o domingo para ir-mos à missa cujo horário das 9:30 era das crianças.
Apesar dos “transtornos”, quase não faltávamos. Rezávamos, cantávamos, e já bem mais sem vergonhas, olhávamos para trás e tagarelávamos o tempo inteiro para infortúnio da catequista que queria estabelecer a ordem e a disciplina no ritual que ainda era rezado em latim em um ambiente muito severo e rígido.
Hoje as missas são maravilhosas. Demonstram que existem várias maneiras de se reverenciar a Deus e a Seu Filho. Cantando, rindo, batendo palma, batendo o pé, dando voltinhas, se abraçando, cumprimentando, enfim, numa interação com o próximo onde o amor se manifesta e a paz é exaltada. Uma paz onde Cristo disse:” Eu vos dou a paz, Eu vos deixo a minha paz.”
Não atinamos o verdadeiro sentido desta paz assim como não é fácil ser solidário. “Não se trata apenas de distribuir favores aos que necessitam. Ser solidário é algo mais profundo, envolve emoções, intenções, e disposição. Imperfeitos que somos, temos os olhos voltados, na maioria da vezes para nós mesmos, o que resulta em atitudes egoístas e intolerantes”.
“Se a solidariedade fosse praticada? Haveria uma dose extra de felicidade. A humanidade agiria em uníssono, cada pessoa buscando compreender, participar ajudar o próximo. Seriam retirados dos ônibus os adesivos de “reservado para idosos”, pois deixariam de ser necessários. Na fila do banco não teria o caixa preferencial para gestantes ou mães com crianças no colo. No fim dos jogos de futebol, as torcidas se reuniriam e quem ganhasse pagaria a festa com discursos reconhecendo e elogiando a bravura do adversário. Muitos confundiriam solidariedade com educação, outros com respeito, ou com outros valores. Mas todos seriam mais felizes.”
“Somos seres relacionais: nascemos de uma relação profunda com alguém que olhou para nós, nos acolheu e nos permitiu viver. A solidariedade exige a coragem de olhar para o outro, acolhê-lo e permitir-lhe a vida.”
TRÊS SEMANAS A BEIRA DO MAR, SÓ COMENDO, BEBENDO E DE PAPO PRO AR”.
Em meados de janeiro, início de fevereiro de 2005 vivenciamos quase três semanas de chuva. Neste período, puxamos o edredon, vestimos o moletom, fomos a praia de calça comprida, tênis e meias apenas para observar, só observar.
Vivenciamos chuviscos, chuvas finas e torrenciais.
Nossos cabelos foram desalinhados pelo vento forte que transformou as vagas do mar em ondas agitadas; que balançou os galhos das árvores e assobiou nos beirais dos telhados.
Nosso bronzeado adquiriu o tom difuso da pele e nossas cadeiras de praia, guarda-sol, maiôs e biquínis curtiram a paz que a chuva lhes proporcionou.
Ficamos empanturrados de tanto comer. Guloseimas não faltaram .
Lemos tudo o que nos caiu nas mãos. Assistimos tudo o que as locadoras ofereceram como lançamento ou estoque normal.
Esse recolhimento nos deu tempo para meditação, ordenar o guarda-roupa, varrer os pensamentos mantendo a cabeça limpa para a contemplação e valorização da vida.
Tivemos tempo de por o avental e ir para o fogão colocar em prática aquela receita que estava na gaveta aguardando a hora de se tornar um delicioso prato e ser degustado em minutos.
Imaginem, em plenas férias e nós as voltas com o fogão. Mas, observando a chama ardente tivemos tempo de divagar. Afinal tempo foi o que não nos faltou.
“Precisamos estar dispostas a arder. Arder de paixão, arder com as palavras, com as idéias, com o desejo de não importa o quê mas algo que apreciemos. E aí cozinhamos novas coisas, novos rumos de dedicação a nossa arte , nossos pensamentos originais. Sem o fogo, nossos anseios e desejos continuam crus e nos sentimos frustradas”
Já li que “todas as ações ligadas às “prendas domésticas” como, cozinhar, lavar, varrer, significam algo além do rotineiro. Todas essas imagens sugerem modo de se pensar na vida da alma; de avaliá-la, alimentá-la, nutri-la, corrigi-la, purificá-la e organizá-la”.
Aproveitemos então para “eliminar os entulhos que cercam nossas idéias e identificar a essência e a vitalidade; escolhendo, compreendendo e mantendo em ordem nossa vida”.
Afinal, o equilíbrio entre o corpo e a mente é a chave para uma vida mais saudável e feliz.
O que fizeram conosco três semanas de chuva na beira do mar, só comendo, bebendo e de papo pro ar!!!
Assinar:
Postagens (Atom)