Em uma reunião comentávamos sobre serviço comunitário tais como: arrecadação de livros para a formação ou implementação de uma biblioteca; distribuição de cestas básicas; arrecadação de uniformes escolares; confecção e organização de enxovais de bebê para serem doados às gestantes carentes, enfim assuntos desta ordem. Isto me fez lembrar do tema de uma missa que assisti há muitos domingos atrás. Era referente a partilha.
A parte do Evangelho e a Primeira Leitura se referiam ao milagre da multiplicação de cinco pães e dois peixes ofertados por um menino onde Cristo dando graças distribuiu e saciou a fome de quinze mil pessoas que estavam reunidas para escutarem a Sua palavra.
Na Omilia, o sacerdote comentou que não foi uma mágica feita por Jesus onde de repente aparecem milhares de pães e milhares de peixes. Se isto acontecesse na realidade hoje em dia , dois mil anos após já estaria no esquecimento pois mágicos e mágicos se passaram e não há enaltecimento nenhum de seus feitos.
O que realmente aconteceu foi o milagre da partilha onde na época era comum as pessoas levarem consigo um farnel com pães e peixe seco.
Jesus pegou os cinco pães e os peixes, os partiu e começou a distribuí-los aos que estavam mais próximos. Os demais, vendo este ato, começaram também a levar a mão aos seus farnéis, cortavam seus pães e peixes e os distribuiam aos seus companheiros. Este foi o grande milagre da multiplicação e da partilha onde as pessoas com certeza tiveram o seu interior modificado naquele momento e o seu coração transformado.
Será que simplesmente arrecadar cestas básicas e entregá-las às famílias carentes motiva uma modificação interior?
De que forma poderíamos incentivar o dom da partilha? Com certeza por mais pobre que a pessoa seja, mas uma riqueza interior, um dom ou uma especialidade ela possui que certamente poderá ser compartilhada com as demais.
Afinal, cada um de nós tem consciência do seu dom?
O que temos que poderemos compartilhar para tornar este mundo um pouco melhor?
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