domingo, 1 de janeiro de 2012

TRÊS SEMANAS A BEIRA DO MAR, SÓ COMENDO, BEBENDO E DE PAPO PRO AR”.


  Em meados de janeiro, início de fevereiro de 2005 vivenciamos quase três semanas de chuva. Neste período, puxamos o edredon, vestimos o moletom,  fomos a praia de calça comprida, tênis e meias apenas para observar, só observar.
  Vivenciamos chuviscos, chuvas finas e torrenciais.
  Nossos cabelos  foram desalinhados  pelo vento forte que transformou as vagas do mar em ondas agitadas; que balançou  os galhos das árvores e assobiou nos beirais dos telhados.
  Nosso bronzeado  adquiriu o tom difuso da pele e nossas cadeiras de praia, guarda-sol, maiôs e biquínis curtiram a paz que a chuva lhes proporcionou.
  Ficamos empanturrados de tanto comer. Guloseimas não faltaram .
  Lemos tudo o que nos caiu nas mãos. Assistimos  tudo o que as locadoras ofereceram como lançamento ou  estoque normal.
  Esse recolhimento nos deu tempo para meditação, ordenar o guarda-roupa, varrer os pensamentos mantendo a cabeça limpa  para a contemplação e valorização da vida.
  Tivemos tempo de por o avental e ir para o fogão colocar em prática aquela receita  que estava na gaveta aguardando a hora de se tornar  um delicioso prato  e ser degustado em minutos.
  Imaginem, em plenas férias  e nós as voltas  com o fogão. Mas, observando a chama  ardente  tivemos tempo de divagar. Afinal tempo foi o que não nos faltou.
  “Precisamos estar dispostas a arder. Arder de paixão, arder com as palavras, com as idéias, com o desejo de não importa o quê mas algo que apreciemos. E aí cozinhamos novas coisas,  novos rumos de dedicação a nossa arte , nossos pensamentos originais.  Sem o fogo, nossos anseios e desejos continuam crus  e nos sentimos frustradas”
  Já li que “todas as  ações ligadas às “prendas domésticas” como, cozinhar, lavar, varrer, significam  algo além do rotineiro. Todas essas imagens sugerem modo de se pensar  na vida da alma; de avaliá-la, alimentá-la, nutri-la, corrigi-la, purificá-la  e organizá-la”.
  Aproveitemos  então  para “eliminar os entulhos que cercam nossas idéias e identificar a essência e a vitalidade; escolhendo, compreendendo  e mantendo em ordem  nossa vida”.
  Afinal, o equilíbrio entre o corpo e a mente é a chave para uma vida  mais saudável e feliz.                
  O  que fizeram conosco três semanas de chuva na beira do mar, só comendo, bebendo e de papo pro ar!!!                                                                  

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