De toda beleza que existe
Podemos citar diversas
As marolas que encrespam as vagas
A brisa leve ou o vento que afaga
A presença da luz solar ofuscante
Fazendo reflexos dourados
Que mais parecem seres alados
Dançando em ritmo hilariante.
As árvores e casas ribeiras
Refletidas nas águas enfeitam a paisagem
Tornando estas como se fossem miragens
Que esticam ou encolhem as suas imagens.
Os mangues com sua vida fecunda
Lamacentos onde o pé afunda
Atrás dos caranguejos matreiros
Que se enfiam nas tocas ligeiros.
Os pirizais balançando ao vento
Zoando como se fossem tormentos
Dos caiçaras que adormeciam em esteiras
Feitas deste junco que cresce ao relento.
Os sambaquis feitos pelos gentios
Amontoados de moluscos, restos e ossos
Vasos e pontas de lanças evocam
Proezas e lutas dos carijós bravios.
Por todos esses enfoques
Compondo uma coletânea
Onde Deus com o seu toque
Transformou em santuário
Esta beleza litorânea.
Nenhum comentário:
Postar um comentário